Após muitos pedidos do meu amigo Pietro. Eu, Nicolas Muniz, estou aqui para narrar um fato que ocorreu no mês de junho, no fim do meu quarto semestre de psicologia. O motivo da história ser narrada pelo meu ponto de vista, foi porque o Pietro não pode acompanhar tudo por completo, mediante aos motivos que vão ser apresentados mais para frente. Então, com o auxilio de Pietro e suas habilidades, eu escrevo esse acontecimento e espero que mergulhem nos sentimentos desta história.
A luz do sol leve e radiante, que anunciava o começo de um final de semana calmo, iluminava timidamente o apartamento em que estava. Na minha frente estava Ayla, com seu recentemente curto cabelo loiro escuro e levemente ondulado que iam até seus ombros. Seus lindos olhos castanhos estavam voltados para a janela que mostravam o quão perdida estava em seus devaneios. Ao voltar dos seus pensamentos, seus olhos se voltaram para mim e ela mordeu levemente seus lábios.
-Então é isso Nicolas.
-E é uma notícia maravilhosa, Ayla! No final deste ano você já vai se formar em astronomia, não teve nenhum problema durante o curso e a partir do ano que vem você vai para Portugal fazer um mestrado e ainda com emprego garantido por lá.
- Pois é Nicolas, nem acredito... estou ficando velha.
- Você sempre foi uma mulher responsável, desde que entrou no ensino médio sempre se esforçou, ao sair conseguiu entrar direto em uma universidade para cursar astronomia. Não foi igual a mim que ficou um ano e meio trabalhando por aí sem saber o que fazer da vida.
- As maiorias das mulheres são bastante determinada assim.
- Eu não acredito que tem algo haver com o sexo, mas com a forma que a pessoa viveu, e já que infelizmente a realidade neste mundo é mais dura para as mulheres, elas ficam responsáveis mais rapidamente. Causa e consequência.
-Ai Nicolas, como dizer que sentirei falta dessas suas filosofias – Disse Ayla com um sorriso bobo no rosto.
- Você terá mais seis meses disso.
Seus olhos voltaram para a janela e seu sorriso sumiu lentamente.
- Lembro quando a gente observava estrelas no campinho, vivíamos falando em explorar outros planetas. Planetas esses onde não teria preocupações e nem medo.
- Se existir um, eu ainda vou querer ir para lá – Brinquei.
- Sabe Nicolas, isso tudo é muito bom para mim. Mas não quero pensar em viajar e ficar longe de tudo. Você aparecer nessa universidade foi realmente a melhor coisa que me aconteceu, consegui me distrair e conversar com alguém que realmente conheço. Te deixar agora neste momento, sua mãe doente e suas notas no curso... – A interrompi imediatamente.
- Ayla, por favor, não deixe os seus sonhos por uma pessoa como eu. Eu estou sofrendo com meus atos e nem sempre você vai está perto para fazer algo. Agora siga o que você quer e o que sempre quis. Não estrague isso por minha causa.
Ayla voltou a ficar quieta e respirou fundo. No silêncio da sala ela me lançou um olhar, e por um breve momento nossos olhares se cruzaram. Era os famosos minutos que demonstrava que um olhar fala mais que mil palavras.
- Bem, era sobre isso que vim te avisar – Ayla se levantou do sofá e ajeitou sua camisa simples com a logo da nasa que ficava de baixo do casaco preto que usava. O dia era ensolarado, mas o frio da manhã indicava o inverno que estava próximo – Então em dezembro, se tudo der certo e vou me formar. Espero te ver lá.
- Vai dar tudo certo e eu vou está lá – Me levantei junto e fui até a porta com Ayla.
Ao puxar a porta para Ayla sair, Pietro estava do outro lado empurrando-a para abrir e ele entrou na sala se mostrando intrigado com uma carta em mãos. No mesmo instante Pietro percebeu nossa presença e nós cumprimentamos rapidamente.
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O Mundo Que Não é Meu
Teen FictionNo atual Brasil do século XXI, o estudante de letras Pietro Lancaster irá passar por diversas situações incomuns durante o período de estudo na Universidade Federal Stephen William Hawking, com seu companheiro de quarto Nicolas Muniz, um estudante d...