Capítulo 27

4.8K 398 168
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Caminho por um lugar todo florido, o cheiro de rosas me deixa feliz.

- Mãe, estou aqui.- a voz de Carla me faz sorrir, olho para o lado que vem a voz e a vejo, linda, sorrindo com seus cabelos de cobre esvoaçando por causa do vento. Caminho para ela, abrindo meus braços, ela sorri ainda mais e abre os braços para mim.

- Quando te pegar, vou te fazer cocegas.- isso a faz gargalhar, caminho mais rápido, mas o que era apenas uma brisa, fica mais forte, tão forte que tenho que colocar força em meus passos para permanecer no chão.

- Mãe.- ela começa a chorar, isso dói dentro de mim, caminho mais rápido, mas uma lufada de vento a derruba no chão.- Mãe.- a voz dela é alta agora.

- Carla!- grito ao vê-la ser levada pelo vento, desesperada começo a correr e chorar. Minha menina tão linda...

- Ana, Flor.- a voz de Christian e seu abraço me faz acordar.- calma.- beija meus cabelos.

Sinto-me suada e com os olhos cheios de lágrimas, solto um gemido de lamento e cansaço.

Queria tanto que isso acabasse, que essa dor fosse embora...

- Vou tomar um banho.- falo me livrando do abraço dele, levantando-me e indo correndo para o banheiro, arranco a camisola e a jogo no chão, ligo o chuveiro e entro debaixo, o jato de água fria me desperta, mas não alivia a dor.

Sinto a água esquentando, mas isso não muda nada, meu coração continua frio, frio, tal qual no dia que descobri que perdi minha filha. Tal qual no dia que Christian me contou que me escolheu em vez de minha filha.

Durante a operação, tive uma parada cardíaca, minha pressão disparou e minha filha não resistiu, fora que tive uma hemorragia tão forte, que tiraram meu útero para que eu sobrevivesse.

Fiquei dias em coma, quando acordei, ainda demorou um pouco para me contarem tudo o que aconteceu, apesar de estar viva, me sentia morta por dentro.

Morta como a minha filha.

Desligo o chuveiro, me seco, visto a camisola e volto para o quarto, penso em ir até a cozinha e tomar algo, estou com sede.

Ao chegar ao quarto, Christian está em pé, me encarando, desvio meu olhar. Tenho ressentimento por tudo o que ele fez.

50 Tons- ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora