Te julgam pela veste,
Modo de falar, ou se expressar.
Por suas escolhas pessoais.
Mas se é de cor, já era.Suas chances são reduzidas.
Logo já pensam o pior.
Uma associação da nossa cor,
As coisas ruins.
Não me julgue
Pelo o que pensa que sou.
Sou muito mais
Do que o seu olho
Pode ver.
Se eu uso um tênis novo,
Pensam que é roubado.
Quando ando na calçada,
Já começam os olhares.
Basicamente abraçam suas bolsas,
E apertam o passo.
Julgaram-me de ladrão.
Pelo meu bermudão.
Simplesmente pelo meu tom.
Preto,
Negro...
Mas hoje na televisão,
A quadrilha organizada,
Não era da quebrada.
Usava terno chique.
De alta estirpe.
Falava bacana,
E a dinheirada manga.
O dinheiro que era nosso.
Fruto de nossos esforços.
O meu, o seu, o nosso suor.
Mal foi pego,
Já saiu do xilindró.
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Enxergando na Escuridão
PuisiEu tenho uma pergunta para você, o que você deseja? Ser Livre, ou Ser Triste? Presos em uma caixa rodeados por marionetes tristes onde o sistema dita regras e pa-drões de uma realidade distorcida, travando batalhas e mais batalhas, criando manobras...