Ela, ainda uma menina, linda, virgem e descobrindo, pela primeira vez, o poder da sedução. Ele um homem bonito, inteligente, irresistível, mais velho e quase perdendo a razão.
A volúpia aflorava de cada parte do corpo, feminino, jovem e perfeito e e...
Será que a nossa dupla quente, finalmente, assumiu o desejo que os devorava?
Hoje, eu quero dedicar esse capítulo, para uma amiga muito especial, que está sempre ao meu lado, apesar de morar tão longe. Val Gonçalves, obrigada pela amizade, carinho e dedicação a mim e ao meu trabalho. Você é um daqueles pacotinhos que Deus coloca na vida da gente, com os melhores presentes! Gratidão!
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Eu estava em pé e aquele homem incrível entrou com os olhos vidrados nos meus, feito um jato em minha direção. Fui recuando até me apoiar na mesa, onde poderia segurar, caso minhas pernas resolvessem dobrar. Ele foi se aproximando como um predador, e então, inclinou-se sobre mim. Segurou meu rosto entre as mãos e colou os lábios nos meus. Não me lembrava de nenhum beijo tão desesperado, desejado e gostoso. Fechei os olhos e ele me puxou para perto de si. E só então, eu caí em mim e comecei a corresponder.
Matei a vontade de tocar em seus cabelos e enfiei os dedos pelos fios escuros, massageando sua nuca. Senti uma excitação tão grande, que podia me entregar para aquele ser, ali mesmo.
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Sua boca invadiu a minha, molhada, quente, ousada, e eu achei que fosse me engolir, tamanha era sua fome, sua gula. Abri os olhos e ele diminuiu a intensidade e roçou seus lábios nos meus. As pálpebras cerradas, o peito arfando e, novamente, enterrou sua língua em mim como se quisesse tocar a garganta.
Estava sendo beijada com maestria pelo "mestre do beijo". Ele era todinho meu, estava enlouquecido, devorando-me.
Quando se afastou, evitei seus olhos, fiquei completamente inibida, estava em chamas, com os cabelos espalhados e o batom borrado. Ele tinha um sorrisinho meio torto nos lábios, os olhos reluzindo um brilho intenso, que jamais vislumbrei. Parecia satisfeito. Ajeitou os cabelos para trás e, com o polegar limpou meus lábios, esmagando-os. Deslizou a mão por meu pescoço, ombro, braço, apertou meus dedos, e avisou-me que voltaria depois.
Fiquei leve, mole e desnorteada. Meu coração estava tão feliz que não batia, mas se jogava de um lado a outro do peito. Meu corpo todo tremia e meus lábios se curvaram num sorriso involuntário. Fiquei por algum tempo imóvel. Eu havia gostado. Não, eu havia adorado e queria mais, muito mais! Estava inebriada com o cheiro dele, sentia seu gosto e a pressão de suas mãos em meu corpo.
Tentei continuar o meu trabalho, tarefa praticamente impossível, depois daqueles beijos longos, quentes e úmidos. Peguei minha bolsa e corri em direção as escadas, torcendo para que o eco do "toc toc" dos meus saltos, não despertasse a sua curiosidade. Eu não podia continuar ali. Precisava de ar. Fugi.
Eu não consegui dormir naquela noite. Tocava meus lábios e não parava de pensar naquela boca me devorando. Foi muito melhor do que todos os sonhos que tive. Jamais fui beijada com tanta intensidade, com tanto desejo. Nunca imaginei sentir tanta atração por alguém. Ninguém havia me despertado pensamentos tão libidinosos.
