Boa tarde!! Voltei com capÃtulo novo! Ah!! Não deixem de assistir ao vÃdeo acima. "Adeus" é um texto meu e ganhou vida pela imaginação da talentosa Laura Gomes.
Não esqueçam, de deixar comentários e estrelinhas para a EN. (euzinha)
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O estrago foi apenas material. Meu carro foi levado por um guincho para oficina e eu perderia meu bônus na próxima renovação do seguro, pois fui culpada. Fora isso, apenas uma dor no peito pela pressão do cinto de segurança e pequenas marcas.
Cheguei em casa desanimada e querendo saber onde encontrei tanta capacidade de fazer tudo errado.Â
Somente quando meu ainda noivo entrou, foi que me lembrei da aliança sobre a mesa da sala, mas era tarde. Além de repostas sobre o que fazia naquele lugar onde me acidentei, ele também queria saber os motivos das joias estarem fora de meu dedo. Como se fosse crime. Não estava com vontade de discutir, nem de explicar nada. Estava sem forças e arrependida por não ter sido clara o suficiente para que ele entendesse que não haveria casamento e não faria aquilo, naquele momento.
Tão logo consegui convencê-lo de que precisava, e não era mentira, ficar sozinha, corri para o computador. Não havia mensagens, nem sequer um "oi". Resolvi deixar uma:
"Espero que possa me perdoar. Não sei o que deu em mim, mas quero voltar."
Não houve resposta. Nem àquela noite e nem depois. Ele havia desistido de mim, porém eu não desistiria dele. Deixei um novo recado, avisando que estaria lá, no mesmo dia da semana e horário combinado da outra vez. Eu sabia quando ele costumava estar só e não perderia, de novo, a oportunidade.
Daquela vez, não me produzi tanto. Meu rosto ainda trazia os sinais dos pequenos cortes provocados pelos vidros estilhaçados no acidente. Foi o meu único dano, eu tinha que agradecer.
Peguei um táxi e fui com esperança de ter um pouco mais de sorte.
Era começo de noite quando, finalmente, cheia de coragem, eu cheguei lá. Ao contrário da outra vez, o portão se manteve fechado. As luzes da frente estavam apagadas, porém eu me recusava a acreditar que era tarde demais. Toquei o interfone. Nada! Silêncio total. O único som existente era da poluição causada pelo vai e vem dos carros apressados, na avenida e, vozes misturadas a passos pesados pela calçada, atrás de mim. Era a vida correndo sem dó e nem piedade. Insisti, pousando o dedo por um longo tempo no botão, de novo e de novo. Já desistia quando o som da fechadura sendo destravada imobilizou-me as pernas.
Empurrei o portão de pedestres, com as mãos trêmulas. Coloquei-me para dentro e, com passos decididos, deixei que o mesmo se fechasse atrás de mim. Não pensei muito no que estava fazendo, para não correr o risco de mudar de ideia.
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APENAS UMA NOITE
Short StoryEla, ainda uma menina, linda, virgem e descobrindo, pela primeira vez, o poder da sedução. Ele um homem bonito, inteligente, irresistível, mais velho e quase perdendo a razão. A volúpia aflorava de cada parte do corpo, feminino, jovem e perfeito e e...