Ela, ainda uma menina, linda, virgem e descobrindo, pela primeira vez, o poder da sedução. Ele um homem bonito, inteligente, irresistível, mais velho e quase perdendo a razão.
A volúpia aflorava de cada parte do corpo, feminino, jovem e perfeito e e...
Oi, gente! Estamos chegando ao final do nosso conto. O tempo passou e parece que o destino vem fazendo pegadinhas com nosso casal protagonista, quentinho. Mas, será que eles merecem essa tão sonhada noite? Vamos descobrir! E não esqueçam, de deixar uma estrelinha brilhante para eles. Beijos!!
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Sou uma mulher madura. Realizada em vários aspectos. Gosto de mim e do que me tornei. Aos 38 anos, mirava-me no espelho e via ali um rosto muito mais bonito do que eu tinha aos dezoito. Todas as lágrimas derrubadas ao longo do tempo me fizeram crescer. Choraria ainda por alguns dos mesmos motivos, já por outros, apenas conseguia rir da minha exagerada veia dramática.
Como esperado, meus sonhos com o "mestre do beijo" foram se dissipando com o tempo. Tornaram-se raros, mas aquele homem acompanhou-me durante aqueles anos, devidamente, acomodado em meu coração. Era certo que ele havia sido uma parte importante de minha juventude e não tinha como não recordar dos anos que estivemos próximos, no mínimo, com saudade.
Vivi novos relacionamentos, e naquele momento, estava de casamento marcado para o final daquele ano. Ainda diante do espelho, perguntava-me o que me levara a assumir um compromisso tão sério e quase definitivo. Uma sentença para a vida, ou para marcas fatais no âmago, se algo desse errado. Logo eu, tão independente e determinada a não me fazer propriedade de mais ninguém, desde que fui traída pelo falecido vivo. Já fazia tanto tempo, que nem mesmo Roxy, nosso gato amado, testemunha e único fruto de nossa relação, sobrevivera ao tempo. Morreu dormindo, já idoso, despedaçando meu coração. Aquilo só me fazia, cada vez mais, ter certeza de que, tudo se perde e acaba, o bom ou ruim. Na vida, tudo um dia deixará de existir, só nos restando viver, intensamente.
Vivíamos uma nova era. O mundo estava se conectando com muita força, via internet. Dizem que foi em 1990, que um cara chamado Ozires fez a primeira ligação por um aparelho de celular, do Rio a Brasília. As primeiras redes sociais foram inventadas e por que precisei falar sobre isso aqui? Simplesmente, porque navegando por aquele mundo novo, fiquei fascinada com a possibilidade de ter todos os amigos reunidos num mesmo lugar.
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Pessoas novas surgiram em minha vida. Gente que ainda ouvia Renato Russo, Cazuza e Paralamas, que gostava de artes, viagens, vinhos, chocolate. Eram fantásticas todas aquelas descobertas.
Mas, e o passado? Sim, ele também poderia nos alcançar na mesma velocidade que as ondas de rádio que nos permitiam navegar nas redes. Não foi muito difícil descobrir aquilo.
E eis que o meu doce "mestre do beijo" havia me encontrado e aquela poderia ser a minha ruína.
Fiquei entre a cruz e espada. Força para fugir ou coragem para enfrentar? O que fazer?
