23h08 - [BLACKINNON]

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Oi gente :)

Não shippo Sirius e Marlene mas me pediram e aqui está :)

Se tiver algum pedido só me falar :)

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Um assobio baixo é o que a fez se virar, seguido por: "Tem mais um desses para mim?"

Não que ela esteja surpresa em vê-lo; ela sabia que ele iria encontrá-la eventualmente. Ela havia deixado a festa há quase meia hora para clarear a cabeça, tomar um pouco de ar fresco. Era só uma questão de tempo.

"Pensei que você tinha parado", diz ela, olhando o corpo dele de cima a baixo.

Sirius sorri, caminhando em sua direção e tentando pegar o cigarro na mão dela. Ela está inclinada para trás na borda da varanda com os cotovelos apoiados em ambos os lados, o cigarro preso preguiçosamente entre os dedos. Ela se vira, uma mão estendida para impedir os avanços dele, a outra balançando o cigarro sobre a borda.

"Oh, vamos lá, Lene, você é tão ruim quanto eu." Ele investe para a mão dela, mas ela só se inclina para trás ainda mais.

"Eu nunca afirmei que estava parando", ela diz friamente. Ele aperta a mandíbula com isso e ela pode ver que a paciência dele estava se esgotando.

"Eu afirmei?" Sua voz igualmente fria, mas seus olhos queimando nos dela. Ela se força a não desviar o olhar.

"Sirius, tem sido - o que, dois dias? Nem mesmo isso. Eu vi James te dar um ontem, depois do jogo de Quadribol."

"Sua pequena-"

"Cai fora", diz ela, afastando a mão dele quando ele tentou beliscar sua bochecha. Tentando aliviar o clima, fugindo do problema real.

"Esse é o último", diz ele com um toque de desespero. "E depois de hoje eu vou parar." Ele levanta as mãos em forma de rendição, mas ela balança a cabeça.

"Eu não acredito em você", diz ela, olhando-o nos olhos com o desafio mais suave que ele já viu.

"Marlene."

"Não", diz ela. "E eu não me importo se você vai parar ou não. Não é sobre isso."

"Então me dá-" O cigarro escorrega dos dedos dela, desaparecendo no escuro da noite. "Por que você está sendo assim?"

"Por que você não mantém sua palavra?"

Ele ri amargamente - mais como uma tosse seca do que qualquer coisa. Ela odeia esse som.

"Eu não estou fazendo isso, Marlene", diz ele enquanto se afasta, balançando a cabeça. Simples assim.

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É um pouco depois da meia-noite quando ele volta. Ela está congelando - não que ela fosse admitir isso. É óbvio pela maneira como os braços dela estão cruzados sobre o material fino de sua blusa, abraçando-a ao lado do corpo; seus lábios azuis e seus dentes batendo um no outro.

"Marlene", uma voz baixa chama. Ela não se vira. Ela está olhando para fora, para a noite escura que parecia que poderia engolir tudo.

"Vamos, Lene." Ela pode sentir sua respiração na parte de trás do seu pescoço. Sua mão esfregando seu ombro, persuadindo-a a se virar. "Você não está enganando ninguém - você está congelando. Eu não sou idiota..."

Ela olha para ele incisivamente enquanto ele se afasta, revirando os olhos.
"Pega minha jaqueta."

Antes que ela pudesse protestar, ele estava colocando o casaco pesado sobre seus ombros e a conduzindo de volta para dentro. É Marlene quem quebra o silêncio.
"Decidiu que me ama de novo?"

Para sua surpresa, ele pára completamente de andar. Quando ela olha para ele, a última coisa que ela esperava ver em seus olhos era mágoa. "O que?"

"Sirius", diz ela com um suspiro. "Esquece isso, eu não-"

"Só porque tivemos uma discussão não significa que eu parei de amar você."

Ela pressiona os lábios juntos em um sorriso fino e se força a olhar para ele novamente. A mágoa em seus olhos se foi, completamente preenchido com paixão, carinho. "Eu sei", ela diz baixinho.

Quando ele a beija, é lento, deliberado - como se ele estivesse tentando provar o quanto a ama. Como se estivesse tentando compensar todas as vezes que ela pensou que ele havia deixado de amá-la. Suas mãos segurando seu rosto com firmeza e suavemente ao mesmo tempo. Ela solta uma das mãos do cabelo dele, e desliza por baixo de sua camisa.

"Porra, você está congelando!" Ele salta quando suas mãos frias tocam suas costas. Ela ri, desembaraçando a outra mão do cabelo dele e pressionando-a contra a pele dele.
"Para!"

"Você está quente", ela diz simplesmente e ele revira os olhos. Ele ergue as mãos dela, trazendo-as à boca e soprando nelas. Ela se arrepiou com o contato, o hálito de sua respiração esquentando seu corpo. Ele beija os dedos dela antes de soltar. Seus dedos se encontrando novamente enquanto continuam a andar.

De volta ao dormitório dele, Marlene senta na cama enquanto Sirius se troca, vestindo calças de pijama e uma velha camisa. Ela já está usando uma das favoritas dele - azul e verde com as palavras "Acampamento de Verão - Dias Felizes" nas costas.

"Os dias mais felizes da minha vida", ele disse a ela seriamente, a primeira vez que ela o viu usando. Bobagem - era algum lugar trouxa de que ele nunca ouviu falar. A camisa era de um brechó; James tinha uma que dizia "10º Danville Dash anual", com uma lista de nomes de trouxas nas costas.

Quando ele se volta para a cama, ela está segurando um cigarro. Ele ri e balança a cabeça, fazendo-a soltar os ombros com um suspiro.
"Sirius, eu realmente não me importo se você vai parar."

"Tudo bem", ele diz enquanto sobe na cama. Deitando de lado, apoiando-se no cotovelo para encará-la. "Eu vou dar uma pausa por um tempo. Prometi a uma garota que eu daria." Ele pisca e ela tenta reprimir um sorriso.

Em vez disso, ela revira os olhos e aceita seus braços abertos, deixando-o envolvê-la enquanto ela se deita de costas para o peito dele.
"Ela parece ser uma chata mandona e irritante", ela murmura.

"Oh, ela é", diz ele, apertando os braços em volta dela para que ela não possa se virar e dar um tapa nele. "Ela me deixa louco - sempre me incomodando, reclamando de tudo. Também é muito teimosa."

"Mas ...?" Ela diz com expectativa.

Ele sabe que ela está sorrindo. Ele não fala imediatamente, sabendo que ela está praticamente se contorcendo de impaciência, esperando a brincadeira acabar.

"Mas", ele suspira dramaticamente, esticando a palavra. "Ela é a minha chata mandona e irritante. E eu não sei o que faria sem ela."

Ele a abraça um pouco mais apertado, pressionando um beijo no ombro dela, fazendo-a cantarolar com satisfação. Ele sorri enquanto fecha os olhos, respirando o cheiro do xampu dela.

"Provavelmente morreria de câncer de pulmão."

"Ah, vai dormir, Lene."

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