Abandonada [Andrômeda Black Tonks]

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Andrômeda conta a sua família sobre Ted.

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Suas mãos se fecham sobre um pequeno colar de prata, e ela o aperta com força, segurando-o perto do peito. Seus olhos estavam fechados e apenas uma pequena lágrima escapou, rolando pela bochecha já manchada de lágrimas. Ela soltou o aperto no colar e soltou um suspiro. Seus olhos se abriram e ela olhou para o seu eu quebrado no espelho, olhos marejados, tristes, devastados.

Suas mãos trêmulas levaram o colar até o pescoço, e ela o prendeu, olhando no espelho enquanto a corrente de prata pendia de seu peito. Ela pegou a escova de cabelo na mesa na frente dela, e lentamente começou a escovar seus longos cabelos castanhos claros. Não havia nós, mas ela sabia que só estava escovando o cabelo como uma desculpa para adiar a conversa que teria que ter a seguir.

Finalmente, ela se levantou e caminhou ao redor de sua cadeira em direção a sua grande cama de mogno. Estava arrumada ordenadamente, e ela se sentiu quebrando novamente com o pensamento de que ela provavelmente nunca iria dormir lá novamente.

Sobre a cama havia um baú grande, totalmente lotado e pronto para ser recolhido, se ela precisasse de uma fuga rápida. Ela tinha certeza de que o baú seria útil. Ela passou a mão sobre a madeira lisa e sentou-se ao lado dele. Ainda podia ver seu reflexo no espelho e deu um sorriso triste e meio indiferente.

"Você pode fazer isso. Seja corajosa", ela sussurrou para si mesma, enquanto se levantava e saía de seu quarto.

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Ela enrolou nervosamente uma mecha de cabelo em volta do dedo enquanto ficava na porta da sala de jantar. Era uma sala magnífica, repleta de belas cadeiras de madeira dourada, todas posicionadas em volta de uma igualmente bela mesa de mármore branco. Sobre a mesa havia cinco pratos empilhados de comida. O telhado estava gravado com fotos, datadas de muito tempo atrás, e um enorme lustre de vidro estava pendurado, iluminando a sala em uma luz branca brilhante.

Quatro pessoas já estavam sentadas ao redor da mesa, imersas em suas conversas. Na cabeceira da mesa, um homem grande, com cabelos escuros até os ombros, estava sentado. Ele tinha sobrancelhas muito grossas e um bigode pontudo. Ele tinha uma expressão muito entediada enquanto observava a mesa, ocasionalmente tomando um gole de sua taça.

No lado oposto da mesa havia uma linda mulher com longos cachos loiros pendurados nas costas. Ela mantinha uma expressão muito séria, como o homem, enquanto comia sua comida em silêncio.

Uma jovem de uns dezoito anos era a terceira pessoa na mesa. Ela era um completo contraste com a mulher e tinha mais semelhança com o homem. Ela tinha longos cabelos negros desgrenhados, que caíam sobre o rosto dela. Suas sobrancelhas arqueavam elegantemente sobre os olhos com as pálpebras pesadas, e ela sussurrava algo para a garota ao lado dela.

Uma menina mais nova estava sorrindo e rindo do que a mais velha estava dizendo a ela. Ela tinha cabelos loiros e um rosto muito bonito, e tinha uma semelhança muito marcante com a mulher, que só podia ser mãe e filha.

"Desculpe o atraso", disse Andrômeda em voz alta, quando ela finalmente decidiu fazer a sua presença conhecida. Ninguém se virou para olhá-la quando ela se sentou na frente das duas jovens garotas.

"Não importa", disse o homem em tom monótono. "Você terá que lidar com o jantar frio."

Ela assentiu, olhando para o jantar. O simples pensamento de comê-lo fez seu estômago se revirar. Ela estava nauseada com o pensamento do que iria fazer.

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