Harry Potter E Outras Histórias

Um Não Poderia Existir Sem O Outro [Chapéu Seletor]

E vamos de acabar com a rivalidade das Casas :)))

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Ele cometeu erros antes. Centenas de anos de serviço e, oh, ele cometeu erros. Ele assumiu riscos. Ele havia se questionado. Ele tentou calcular o futuro. Mesmo aqueles que pareciam ser uma certa pessoa, escondiam facetas de si mesmos sob a superfície. Às vezes, ele se perguntava se era muito cedo, se onze anos era cedo demais para decidir o que realmente vai no coração de alguém.

O trabalho do Chapéu Seletor é selecionar, isso é óbvio. Dividir os alunos entre as quatro casas. Aqueles cheios de coragem e ousadia, aqueles cheios de lealdade e compreensão, aqueles cheios de inteligência e criatividade e aqueles cheios de desenvoltura e determinação. Os corajosos, os honestos, os sábios e os ambiciosos. Um não podia sobreviver sem o outro. Cada um sendo inestimável do seu próprio jeito.

Mas tinha mais coisas nesse trabalho, ele entendia isso. Mais do que ele preferiria. Uma casa define uma pessoa tanto quanto uma pessoa deve definir uma casa. As pessoas que ele colocava juntas às vezes importavam mais do que onde ele as colocava. Embora ele nunca admitisse isso, às vezes ele aumentava suas qualificações porque acreditava que alguém precisava aprender os talentos de outra casa. Às vezes, sua aposta valia a pena, e outras não, com consequências desastrosas.

Albus Dumbledore sempre se convencera de que era um Grifinório nato, ousado e corajoso, mas o Chapéu sabia a verdade. Ele quase não foi colocado lá. Seu desejo de ter sucesso e certeza em suas habilidades o deixavam muito próximo da Sonserina. Mas ele pediu, e o Chapéu nunca decepcionava uma criança que pedia.

Seu irmão foi muito mais fácil, ele esperava que sua irmã também seria. Grifinória por toda parte, não importa o que Aberforth dizia a si mesmo. Quando a hora chegou, ele entrou, sem questionar, na linha de fogo por uma causa que ele pensava estar morta.

Tom Riddle só usou o Chapéu por segundos antes de ser declarado Sonserino. Esses poucos momentos foram mais do que o Chapéu jamais desejou ver em sua mente. Era o poço mais escuro e vazio que o Chapéu já vira. Sem amor, sem carinho, apenas desejo e uma ambição ofuscante por poder. Ele mal se encaixava no molde da Sonserina; ele mal se encaixava no molde de humano, mas não havia outro lugar em que ele pudesse se aventurar.

Seu querido Newt Scamander era Lufa-Lufa, e um dos melhores que ele já conheceu. Verdadeiro e corajoso como um Grifinório, inquisitivo e imaginativo como um Corvinal, determinado e adaptável como um Sonserino. Todos eram nada em comparação com seu coração, cujo núcleo estava cheio de lealdade e amor.

Houve momentos em que o Chapéu Seletor se perguntou se estava errado ao colocar Minerva McGonagall na Casa da Grifinória. Ela teria se saído bem na Corvinal com seu intelecto e talento notáveis, mas no fundo ele sabia que era inegável. Mesmo quando criança, ela tinha um fogo aceso que a alimentava e coragem correndo por suas veias. O modelo da Grifinória.

Rubeus Hagrid era meio gigante, mas todo Grifinório. Às vezes, os híbridos eram difíceis de ler e Rubeus não fora diferente. Ele não era da Corvinal, apesar de sua sabedoria surpreendentemente inerente, e não tinha disposição para a Sonserina. Rubeus deveria ter sido um óbvio Lufa-lufa com sua natureza e compaixão, mas o Chapéu podia ver embaixo de tudo isso. Em seu coração, ele era um Grifinório.

A família Black era há muito tempo patrocinadora da Sonserina. Ele não questionou quando Andrômeda e Narcissa foram enviadas para lá, cheias de charme e brilhantes habilidades de autopreservação.

Bellatrix o perturbou tanto quanto Tom Riddle. Sua mente não estava vazia como a dele, mas caótica. Ela quase tinha sido um hatstall, não porque fora difícil de selecionar, mas porque ele mal conseguira entender sua mente. Ela foi enviada para Sonserina no momento em que ele acalmou seus sentidos o suficiente.