Harry Potter E Outras Histórias

'Triângulo Amoroso em Hogwarts?' Por Rita Skeeter [Albus & Minerva & Severus]

Oi oooi :)))

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Rita Skeeter gostava de pensar que era uma das repórteres mais afiadas e dedicadas do mundo. Ela nunca deixava nada atrapalhar uma boa história, nem mesmo pequenos detalhes bobos, como fatos e veracidade.

As pessoas não queriam a verdade, queriam histórias sórdidas sobre as quais pudessem fofocar enquanto tomavam o chá ou café da manhã. Elas queriam ouvir os segredos de outras pessoas e balançar a cabeça com arrependimento alegre pela moral negligente das celebridades cujas vidas elas seguiam avidamente nos jornais.

Rita, orgulhava-se de poder dizer, que dava aos leitores exatamente o que eles queriam. Ela amava seu trabalho.

De fato, não havia muita coisa que Rita quisesse da vida que ela já não tinha. Ela era atraente, procurada e bem conhecida. Na verdade, não tão conhecida como alguns dos que ela criticava em seus artigos, mas isso, ela tinha certeza, mudaria. Harry Potter, o querido garoto, certamente mudaria isso. A entrevista definitiva! Ela já podia ver as manchetes:

O Menino Que Sobreviveu:
Harry Potter fala em entrevista exclusiva com Rita Skeeter

Esse seria grande. Esse seria o artigo que faria seu nome conhecido de uma vez por todas e lhe traria toda a fama que ela merecia. A repórter que conseguisse a entrevista não precisaria de mais nada em seu currículo - e Rita estava determinada que ninguém mais, além dela, conseguiria.

Por isso, ela estava passeando em seis pernas no parapeito de uma janela de madeira, reclamando mentalmente sobre o mau reparo (não só a pintura estava descascando de maneira mais horrorosa, mas a madeira estava podre!). Tentar encontrar o garoto estava sendo mais difícil do que ela esperava, porque a escola estava cheia de salas de aula cheias de alunos e apesar de toda a prática que ela havia feito desde que ganhou sua forma animaga (e realmente era tolice chamá-la de ilegal - afinal, ela nunca causou nenhum dano real) olhos de besouro simplesmente não eram os melhores para decifrar os traços humanos.

A tarefa ficava ainda mais difícil pelo fato de que ninguém sabia como era o garoto Potter. Ele só estava em Hogwarts há um mês e, embora os boatos sobre ele tivessem se espalhado por cartas de seus colegas, ninguém ainda pensara em tirar uma fotografia.

Essa era a tarefa atual de Rita. Tudo o que ela queria hoje era uma foto; a entrevista seguiria naturalmente depois disso. Até mesmo ser a primeira a imprimir uma foto dele lhe daria algum cachê, e ela acrescentaria um artigo tão simpático que o garoto imediatamente iria gostar dela. Assim que ela lhe enviasse uma cópia, é claro. Ela não podia esperar que uma criança de onze anos semiletrada exercesse o esforço mental de ler seu trabalho sem alguém lhe dizer.

Mas ela enviaria uma cópia adorável do jornal com o artigo dele (na primeira página? Ela esperava que sim), acompanhada de uma carta encantadora, e um pedido para uma entrevista. Sendo ingênuo e lisonjeado, ele naturalmente a concederia - e então ela a teria. Sua chave para o sucesso duradouro, e não apenas a notoriedade fugaz que durava apenas o tempo que levava para um jornal ser relegado ao fundo da gaiola de uma coruja.

As pessoas eram tão inconstantes, Rita resmungou consigo mesma ao decidir que os alunos que ela estava observando miopicamente eram velhos demais para serem da turma do garoto Potter. Ela criava deliciosos escândalos para eles e em uma semana ninguém se lembrava! Ou se, por acaso, eles se lembrassem do escândalo, não se lembravam de que fora ela quem havia trabalhado sua Pena de Repetição Rápida para trazê-lo para eles.

Mas o Menino Que Sobreviveu! Ninguém o esqueceria, e se ninguém o esquecesse, ninguém a esqueceria. Ela poderia até tirar uma foto com ele. Sim, isso seria uma boa ideia. Os dois juntos na primeira página do Profeta Diário, para que ninguém esquecesse quem lhes trouxe uma história tão deliciosa.