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  Bakugou bombardeou o ruivo de xingamentos a base de " Perdedor de merda!! ". Midoriya fora nocauteado por uma mulher de movimentos rápidos, mas mesmo assim o esverdeado resistiu até ela ser obrigada a usar sua melhor habilidade. O garoto foi para a arquibancada junto a Kirishima, o loiro e Todoroki ficaram um do lado do outro esperando para a última luta. De acordo com o narrador, os dois enfrentariam grupos de híbridos, não se enfrentariam já que o Representante da Guarda Real invadiu o campo protegendo o príncipe. Bem, as notícias da brutalidade de Katsuki se espalhara rapidamente entre os homens amantes de lutas e sangue, já que o explosivo deixara os outros competidores em estado grave e matara dois.
   Muitos viram Bakugou como um assassino, mas todos reconheciam que seus inimigos foram com violência para cima do loiro e sua única reação foi derramar sangue.
   Os grupos adversários entraram com armas pesadas e escudos, Todoroki e Katsuki seriam os únicos a não usarem nada além de suas espadas. O narrador soltou um berro e os homens cercaram o explosivo, que tirou sua lâmina da bainha, ficou no homem magro e armado até os dentes, se impulsionou e lhe deu uma rasteira, derrubando-o e cortando suas pernas. Com uma abertura no círculo correu para fora e se posicionando para mais ataques com uma sorriso desafiador, três vieram juntos e tiveram as mãos cortadas e sangrentas. Bakugou deu alguns passos para trás e ficou contra uma parede gelada e pontiaguda. O príncipe congelara parte dos seus adversários e lutava contra outros cinco.
   O loiro quase teve a cabeça decepada quando uma espada foi cravada no gelo. O primeiro homem que derrubara se levantou com dificuldade, Katsuki percebeu que era o magrelo que Kirishima enfrentara mais cedo pelos seus braços que começaram a se remexer maleáveis. Os joelhos do homem tremeram e foi de encontro ao chão, fazendo o explosivo rir e brandir a espada contra uma parede de músculos ambulante.  Faltavam poucos e Todoroki já se posicionava para atacar seu último oponente, Bakugou ficou distraído enquanto quatro homens lhe cercavam lentamente, lentos demais na opinião do loiro, mas isso fora um erro.
   Um membro melequento agarrou suas pernas e o puxou para baixo, os outros lhe arrancaram a espada e foi arrastado no chão de terra. Com xingamentos na ponta da língua, Katsuki fora suspenso na forca pelos tornozelos, sua capa pendeu para baixo e foi puxada. As lâminas cortaram seus braços e abdômen, os homens riram ao ver Bakugou fazer uma tentativa de agarrar uma das espadas:
   - Vão para o inferno, seus merdas! - Gritou, desviando das lâminas.
   - Você não matou quatro de nós, esquentadinho? - Um deles riu, provocando. - Não é nada sem uma espada. - E cortou o ombro do loiro, o sangue escorria e sua cabeça doía e girava. Fez o esforço de procurar pela arquibancada de onde viera a voz de Midoriya gritando pelo ruivo.
   Eijirou pulou por cima das pessoas até chegar ao campo, arrancou suas espadas da bainha e atirou a primeira em um homem que cutucava Bakugou como uma saco de batatas. A segunda atingiu os tentáculos que seguravam suas pernas e o homem recolheu-as com um guincho escorado na madeira. O loiro agarrou a primeira espada que viu no chão e rasgou o estômago de um deles, mas em troca levou um chute na costela. Kirishima derramou sangue, o sorriso que vira algum tempo atrás se transformara em um maxilar trincado, o olhar divertido se tornou agressivo e brilhava violência. Parecia estar fora de si :
   - Sai daqui, saco de merda! - Berrou contra o ruivo, já de pé, mas com a cabeça latejando de dor. - Essa luta é minha e desses perdedores! - Tudo a sua volta estava mais lento e só conseguia rebater as espadas que iam em sua direção.
   Kirishima fitou o loiro com um olhar hesitante e desesperado e Bakugou quis rugir contra ele ao ver uma fumaça cinza escapar de sua pele, como se estivesse prestes a explodir. As escamas de suas asas começaram a percorrer suas costas e os chifres - antes com menos de cinco centímetro -, que estavam diminuindo com o tempo, se alongara em um formato curvado e pontudo apontado para o céu ensolarado. O seu tamanho duplicou e triplicou, as unhas deram lugar à garras afiadas. O que era uma híbrido se tornou um grande e majestoso dragão vermelho carmim, como a cor de suas íris. O narrador que dizia animado sobre a invasão do ruivo engasgou e gaguejou, mandando todos saírem pelo portão principal.
   E foi obedecido, em completa desordem e caos, um rosnado rouco saiu da garganta da criatura que abriu a boca demonstrando seus dentes pontiagudos. Em uma rajada de luz e calor, as chamas abraçaram madeira e carne dos apavorados, os adversários de Katsuki não se encontravam mais em canto algum e o único a continuar ao seu lado eram Todoroki e Midoriya - que descera da arquibancada atrás de um Kirishima furioso :
   - Aquele é o... Kirishima? - O príncipe perguntou de boca aberta. O dragão não se importou com os gritos agoniantes, não quis ouvir o esverdeado gritando o seu nome e não se conteve em matar inocentes que antes apreciavam as lutas.
   - Kirishima! - Bakugou urrou ao escamoso, finalmente chamando sua atenção. - Eles não tiveram nada com isso! - Eijirou se virou abaixando a enorme cabeça. - Então, para com essa merda e volte ao normal, porra! - E com seu jeito gentil, o loiro fez com que o dragão abaixasse a cabeça e a encostasse em seu peito de olhos fechados e a respiração quente, quase insuportável. Bufou e afagou o focinho, lhe era estranho ver o animal escamoso e o comparar ao garoto que sorria feito um idiota.
   - Kirishima-kun, está tudo bem? Se você tivesse dito antes poderíamos ter ido à Midnight e ela reverteria o seu corpo. - O esverdeado começou a falar como um louco e cada vez mais rápido. - Ou até encontrar alguma forma de você mudar a sua forma várias vezes, mas como foi que ficou assim? Bruxas fazem os melhores feitiços e a transformação...
   - Cala a boca, nerd de merda! - Bakugou o cortou, ríspido. - Eu estava levando ele para Uraraka. - Todoroki se manteve calado mas seu olhar confuso lhe denunciava. - Midnight vai fazê-lo de cobaia.
   Kirishima fez um teste com as asas e conseguiu levantar vôo. Os três saíram do campo, as pessoas tinham as expressões de pânico mas ainda esperavam ver a criatura assassina. Elas cochicharam quando apareceram no portão e logo se calaram - a cor esvaindo dos rostos - ao ver a sombra do dragão. O grupo montou nos cavalos e foi em direção ao pé  montanha. O ruivo voltara ao normal, com sua consciência e lembrança humana, morreu de alívio já que esse era o seu medo que não contara a ninguém. Não queria se esquecer dos humanos que lhe ajudaram quando mal sabia andar sobre duas pernas e carregar asas que arrastavam no chão.
   Além disso, não queria deixar de lembrar de Bakugou, não quando estava começando a se acostumar e gostar de toda sua brutalidade.

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  Postei mais um para compensar a última semana. Espero que vocês gostem, então comentem e até o próximo capítulo ^^

Coração de dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora