Um copo de café

A "Grande Teia"

                             Eu percebi que Vânia não me falara toda a verdade, dava pra ver nos olhos dela que ainda tinha algo a contar, então tentei persuadi-la a falar a história toda, eu disse:

- Vânia, me diga de verdade o que aconteceu, você não está me contando tudo, está escondendo algo de mim, da pra ver nos seus olhos, você sabe que quem fez isso com seu irmão não está de brincadeira, você ainda corre perigo, me diz o que sabe.

- Tá vou te contar tudo do início, bem tudo começou na operação no Afeganistão meu irmão e o grupo anti narcóticos foram convocados pra descobrir um cartel de drogas que distribuía drogas pelo mundo era uma operação simples eles já sabiam a cidade era só localizar o local. Eles não demoraram a achar o local estava na mata da cidade eles seguiram um suspeito até lá, o grupo do meu irmão era muito bom era um dos melhores grupos da polícia e por isso foram convocados, eles acharam o lugar e foram ate lá pela madrugada para verificar, chegaram no local estava tudo muito quieto eles arrombaram a porta e entraram meu irmão comentou com seus colegas que era estranho não ter ninguém de vigia no local, um colega do meu irmão disse que havia festa na cidade no dia por isso podem ter ido todos a festa, eles entraram e acharam um cartel de drogas com balanças de precisão algumas drogas embaladas, tudo muito típico de um cartel, junto dessas coisas tinha uma pasta vermelha meu irmão tratou de guardar em uma mochila que carregava, de repente começaram a chegar carros no cartel eram a facção que estava chegando da festa da cidade eles perceberam que a porta havia sido arrombada e chegaram lançando granadas e atirando eles eram muitos, toda equipe do meu irmão morreu menos ele, ele tomou um tiro na perna, ele tinha caído atrás das caixas ele se arrastou e conseguiu se esconder dentro de uma pequena canoa que havia lá e puxou uma lona para cobri-lo, a facção entrou para conferir se todos estavam mortos e saíram logo dali meu irmão percebeu que haviam deixado o local e saiu da canoa ele percebeu um papel no chão e o pegou era um mapa do local e o guardou, ele ficou deitado perto de uma árvore, a facção chegou minutos depois com galões de gasolina e derramou pelo local e ateou fogo no galpão, meu irmão ficou lá parado sem poder fazer nada vendo o corpo de seus amigos e colegas sendo queimado, ele se levantou e foi andando o tiro na perna deixava um rastro de sangue onde ia e com medo de eles ainda vasculharem o local  ele retirou um cinto da bolsa que carregara e amarrou na perna para conter o sangramento, ele foi até o local onde estavam hospedados, tinha um médico com eles e um enfermeiro, que retiraram a bala e fizeram um curativo, na mesma noite embarcaram para o Brasil, meu irmão ficou com medo em quem confiar, após o retorno pro Brasil, ele se aposentou, voltou estranho, após o desaparecimento da minha irmã ele ficou mais tranquilo. Algum tempo depois ele me garantiu que a gente estava em segurança, que não havia motivo pra se preocupar, ele fora ameaçado, mas estava tudo bem agora, que ele cumprira sua parte no acordo, e ficou tudo bem por um tempo, até você me ligar me informando da morte dele.

- Hum então "eles" não cumpriram sua parte no acordo...

- Sim, infelizmente não.

- Ok Vânia eu preciso te colocar sobre proteção policial, mas vou resolver isso logo, eu prometo.