Capitulo 5

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Depois de finamente descansar fui para a sala dos professores conversar com o Aizawa, com o coração batendo forte em meu peito.

- Com licença.- Bati levemente na porta antes de entrar.- O senhor queria falar comigo?

- Sim.- Arrumou alguns papéis em cima da mesa e soltou um suspiro cansado.- Você sabe o que um herói faz?

- Ajuda e salva as pessoas.

- Exato.- Arrumou a posição em que estava na cadeira e me encarou.- Você acha que ficar impossibilitado em campo faz parte dos princípios de um herói?

Abri e fechei a boca algumas vezes pensando na resposta. Ficar incapacitado no meio de um confronto é um peso a mais para se carregar, principalmente para outros herói. Um erro grave.

- Entendeu agora? O trabalho de um herói é salvar as pessoas, não atrapalhar o trabalho dos outros. Entre eles  diferenciar a posição em que se encontra é o básico.

Escutei os conselhos e as broncas em silêncio e finalmente consegui  aceitar. Um profissional deve ser forte o bastante para se defender sozinho, ou pelo menos inteligente o suficiente para não se tornar um peso.

- Mas... É ai que entra o trabalho em equipe. Ninguém consegue fazer tudo sozinho, alguma hora atingir o seu limite se torna inevitável.- Seus olhos brilharam e um sorriso apareceu em seu rosto. - Confiar nos outros também é o trabalho de um super herói.

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- Como foi?- Bakugou estava me esperando em frente ao portão.

- O professor me deu alguns conselhos.

- E?

- Algumas broncas.- Não consegui evitar fazer bico, lembrando da carranca do Aizawa.

Ele era assustador quando queria.

- Normal.- Sorriu e voltou a me olhar curioso.- Passou na simulação? Você vai realmente ser expulsa?

- Não e não.- Sorri.- Terei que refazer, mas continuo na U.A.

- Então está tudo bem.

Senti um frio na barriga, quando seu olhar cheio de carinho se encontrou com o meu e me lembrei... As pessoas que conheço não são exatamente as mesmas e, nesse caso a pessoa que eles conhecem pode não ser realmente eu.

" ... estou incorrigivelmente apaixonado por você. " 

Entramos no metrô e aquele frio na barriga não me deixava de jeito nenhum.

- Você está muito quieta.- Olhos vermelhos apareceram em meu campo de visão e engasguei.- Está tudo bem?

- S-Sim! P-Por que não estaria?- Minha voz saiu bem mais aguda que o normal e ao perceber senti meu rosto esquentar.

- Você está mais quieta que o normal e está suando agora. Ainda está se sentindo mal?- Sua mão veio em direção a minha testa e no reflexo me afastei.

- E-Eu estou bem! E como assim? N-Normalmente sou tagarela?- Um riso esquisito escapou dos meus lábios.

- Tavez?- Os lábios do loiro se curvaram em um sorriso rápido, com minha reação afobada.

- Que resposta mais vaga! Você que devia me dizer, é a pessoa que me escuta.- Fingi estar irritada para disfarçar e cruzei os braços.

Não queria admitir, mas depois que Bakugou praticamente se declarou antes de sair da enfermaria, meu coração tem estado bem agitado. Essa situação de personalidades diferentes, Midoriya líder dos vilões, Ka como meu namorado... Não sabia exatamente o que pensar sobre, pelo menos estava me sentindo um pouco mais calma com a presença do loiro explosivo.

O que eu fiz?Onde histórias criam vida. Descubra agora