Capitulo 7

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- Podemos nos livrar desse trabalho desnecessário?

- Não.

- Mas eu não gosto dela!

- Você não é obrigada a gostar Toga, é obrigada a seguir ordens.

- Todoroki você é tão chato!

Consegui ouvir vozes longe de onde eu estava e pouco a pouco fui identificando quantas pessoas estavam perto. Duas? Três?

- Ei Midoriya~

A voz feminina ficou mais fina e se aproximou, fazendo o meu coração disparar e manter os olhos fechados fingindo estar incosciente.

- Nós podemos matar essa garota?

- Toga.- A voz de Todoroki saiu baixa e um arrepio minhas costas.- Você sabe que não podemos mata-lá ainda.

- Mas...!

- Quieta.- Reconheci a voz do vilão e automaticamente meu corpo tremeu.- Eu já não aguento mais ouvir o som da sua voz.

- Humf!

- Me deixem sozinho com ela.

Os passos lentamente se afastaram e ouvi a porta se fechando enquanto a voz feminina reclamava.

- E então princesa, até quando vai fingir estar dormindo?- Meu coração quase parou e ouvi uma risadinha baixa.- Não me diga que virou "A Bela Adormecida" agora? Vou ter que acordá-la com um beijo?

Suspirei e abri os olhos já me sentindo irritada, Midoriya estava com um pequeno sorriso nos lábios.

- Me diga Bela, não está se sentindo desconfortável com essas correntes nas pernas e nos pulsos?

- Até que não, está bem divertido para dizer a verdade.- Rolei os olhos impaciente enquanto sentava com as mãos para trás.- E então? O que vai acontecer agora?

- Essa é uma boa pergunta, particularmente eu adoraria te torturar mas, não sei se o meu "herói" iria permitir isso.- Midoriya se sentou no chão de frente para mim com as pernas cruzadas.- Ainda está sentindo dor?

Depois que perguntou, me lembrei que estava muito machucada e com o braço congelado antes de desmaiar nos braços de Todoroki. Procurei marcas mas não achei.

- Os machucados sumiram...- Sussurrei não acreditando e me senti confusa.- Se sou uma prisioneira, por que cuidar dos meus ferimentos?

- Exatamente.

- Que?

- Ninguém aqui cuidaria de você.- Seus olhos brilharam quando fiquei mais confusa e o garoto riu.- Você não conhece o seu próprio poder?

- Meu próprio poder? Como assim?- Voltei a olhar os lugares que antes estavam machucados.- Você está querendo dizer que eu me curei?

- Nenhum vilão aqui possui esse poder, então pense comigo.- Midoriya apoiou o queixo na mão em cima de sua perna e me olhou divertido.- Não seria seguro achar que ao alterar a realidade dos outros, seria possivel alterar a sua própria?

- Minha própria realidade...?

- Parece que você não está me entendendo muito bem.Deve ser porque acabou de acordar... Vamos fazer um teste então.

Midoriya se aproximou e esticou o braço machucado pelas explosões do Bakugou em minha direção. Ele estava coberto por ematomas e queimaduras.

- Faça o que quiser com esse braço.

- Você está louco?

- Talvez.

- E se eu quiser quebrar ele?

O que eu fiz?Onde histórias criam vida. Descubra agora