second shot

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O caminho foi um completo silêncio, e mesmo sendo longo os dois de trás não conseguiram dormir, a adrenalina percorria o sangue e os deixavam atentos a qualquer movimento de Jaehyun.

Pro quarto, de joelhos na cama e apenas com a saia – o Jung foi ríspido, grosso e rápido ao falar, estava puto da vida por ter que voltar mais cedo para casa por culpa do coreano e do tailandês.
Saíram do carro e seguiram para dentro da casa, os empregados já haviam sido dispensados por conta do horário então não viram o quão atônitos eles estavam. Fizeram o que Jaehyun mandou e esperaram pelo mais velho.

Obrigado – Taeyong sussurrou com medo de mais alguém ouvir.
Pelo quê? Eu me ferrei também seu bocó.
— Eu gosto disso, da punição, você sabe.
— Seu palerma, e eu fico como?
— Relaxa, ele vai pegar leve com você – Taeyong calou a boca e abaixou a cabeça assim que ouviu a maçaneta da porta fazer barulho.

Aquele não era o quarto de Jaehyun, muito menos dos outros dois, era o quarto que usavam para punições. Se Taeyong quisesse, ele teria um cartão fidelidade daquele quarto, o frequentava quase toda semana e pelos mesmos motivos, desrespeito. Mesmo que Jaehyun tenha investido bastante em se tornar o primeiro a ter tantos submissos mais obedientes, o espírito de brat de Taeyong sempre gritava na sua mente e ele tornava a errar dentro de casa.

Nunca imaginei que estaria com os dois justo hoje, era para ser um jantar legal, em que vocês se divertiriam com os outros submissos. De quatro, agora – eles o obedecem e ouvem as tiras de couro se desenrolarem – mas alguém aqui não sabe me obedecer não é? – o barulho alto do chicote batendo na coxa de Taeyong e logo depois seu gemido de dor completa a frase de Jaehyun – eu investi tanto para vocês me obedecerem, mas parece que foi tudo em vão, um me desobedece e o outro mente – dessa vez a chicotada é em Chittaphon ele reprime seu gemido de dor por culpa da surpresa.
Desculpa senhor – Chittaphon fala com o fiapo de voz que havia lhe sobrado.
Cala a porra da boca – Ele recebe outra chicotada e percebe que não deveria ter falado absolutamente nada – eu mandei você abrir a merda da boca? Me responde.
— Não senhor – Jaehyun ri atrás dos dois.
Jaehyun carregava raiva no tom de voz, apenas raiva, era ríspido até demais para Chittaphon, ele queria chorar apenas com as palavras do mais velho. Por outro lado existia Taeyong, este balançava sua bunda de um lado para o outro esperando por mais chicotadas.

Você é péssimo e ridículo – o estalo do couro na bunda de Taeyong não foi o suficiente para fazê-lo parar, ele riu na cara de Jaehyun – não dificulte as coisas docinho, você nunca sabe o que eu posso fazer com você.
— Aposto que vai ser algo que eu vou querer depois – Taeyong tinha um sorriso no rosto enquanto falava, por isso, recebeu mais duas chicotadas.
Vamos ver até onde você aguenta. De joelhos.

Eles voltam para a posição inicial e Chittaphon pragueja quando apoia a coxa sobre a panturrilha. Jaehyun coloca uma coleira roxa no tailandês e uma rosa no coreano, logo depois encaixa a guia em cada uma delas. Para testar, ele da um puxão em cada guia, rindo em seguida dos dois.
Como eu não quero ninguém me incomodando, pois já basta o jantar, trouxe algumas coisinhas para vocês.

Jaehyun separa as duas cordas pretas que trouxe, eram as únicas dessa cor e as únicas que machucavam, todas as outras eram feitas de algodão e apenas deixavam marcas.
Com uma das cordas, Jaehyun começou a amarrar os braços de Chittaphon, os colocando para trás e amarrando firme o suficiente para deixar boas marcas e bem preso. Coloca o anel peniano e o manda ficar de quatro, apoiado apenas em sua bochecha e joelhos. Jaehyun abre um pouco mais as pernas de Chittaphon, fazendo sua entrada ficar totalmente exposta, ele estapeia a pele do garoto antes de o lubrificar. Um vibrador ligado na velocidade média é encaixado em Chittaphon e da garganta do tailandês sai um fino gemido.
Cala a boca.
Jaehyun faz o mesmo com Taeyong, mas nele as cordas apertam mais e o vibrador está numa velocidade maior, além do anel peniano.
Você deve estar adorando isso, hm? – Jung pergunta enquanto passa a ponta dos dedos pelas marcas do chicote.
N-Não sabe o quanto – Lee sorri enquanto responde.

Novamente o chicote vai para a destra do mais velho e o barulho alto do couro contra a pele do coreano preenche o quarto. Taeyong, em resposta, balança o quadril de um lado para o outro, esperando por mais chicotadas.
Era impossível discipliná-lo, apesar do rostinho de anjo quando estava em público, era a encarnação do diabo quando queria e nem Jaehyun poderia controlar isso. Inúmeras vezes ficou de castigo, até que Jung perdeu a paciência de vez e o arrastou até aquele quarto, segurou forte em seus cabelos e o jogou na cama. Foi ai que o coreano mais velho aprendeu como o outro funcionava, ele ansiava por mais punições, fazia coisas erradas apenas para que Jaehyun o leva-se para aquele quarto.
Por outro lado, Chittaphon era um santo, nunca fez coisas erradas por querer mas por culpa de Taeyong, sempre o encobria mesmo que o coreano quisesse ser punido por Jaehyun.
O tailandês sentia seu ponto sensível ser maltratado pelo dildo, sentia vontade de gemer em alto e bom som para que seu dominador escutasse como sua voz ficava linda quando ele gemia seu nome, mas como não podia, marcava as mãozinhas com as próprias unhas fazendo-as ficarem vermelhas. Recebeu mais duas palmadas de Jaehyun, por cima das marcas do chicote.

Será que agora vocês vão aprender alguma coisa e dar ouvidos ao que eu digo? Respondam.
— Sim, daddy.
— Claro que não, senhor.
Taeyong queria testar os limites de Jaehyun, queria que ele "perdesse as estribeiras", queria ser maltratado até ter que usar sua safeword, mas o outro sabia exatamente o que ele queria e por isso seria o mais vanilla possível naquela punição, seria o que nunca foi com aqueles garotos.

Aposto que quer muito apanhar, certo?
— Demorou pra pensar nisso?
Jaehyun queria marcar a cara de Taeyong com um tapa, odiava quando era respondido da maneira errada, por isso respirou fundo contendo a vontade de marcar não o rosto mas todo o corpo do menino.
E se eu não te batesse?
Durante o tempo em que Taeyong pensou numa resposta, os murmúrios de Chittaphon ficavam cada vez mais rápidos e finos.
Eu ficaria muito decepcionado, daddy.
— Poxa, então não teremos chicotadas para você – Jaehyun sai de perto do coreano e vai até o tailandês, antes observando a feição incrédula do garoto – acho que para você já está de bom tamanho, hm? Você não estragou o jantar como aquele outro ali.

Chittaphon rolava os olhos constantemente em puro prazer, mas quando ouviu a voz rouca e baixa do dominador ele teve vontade de pedir para que este o fodesse até perder a força do corpo. O tailandês era bem fofo, comportado, doce, mas quando não conseguia o que queria ele se transformava numa criança birrenta, já pegou castigos de um mês sem qualquer contato sexual com Jaehyun.

Jung tira o anel peniano do garoto e bombardeia seu membro com a mão, não demora muito para Chittaphon venha em jatos fortes e em gemidos altos presos na garganta, sujando o lençol da cama abaixo de si, ele retira o dildo e o coloca na mesinha de cabeceira, o tailandês ofegava e ainda choramingava pelo recente orgasmo.

Enquanto fazia o mesmo com Taeyong, ele pensou em torturar o garoto psicologicamente, responderia apenas o necessário e de forma curta, sabia que o coreano odiava não ter a atenção que queria.
Ao terminar com os dois, Jaehyun puxa a guia de cada, os fazendo ficar de joelhos novamente, com paciência ele desata os nós das cordas de cada um, vendo os braços com marcas fortes em vermelho e com alguns cortes.

Ele leva cada um para o banheiro, colocando-os juntos na grande banheira.
Espero que tenham aprendido a lição, não gosto de usar aquelas cordas em vocês.
Chittaphon não tinha um pingo sequer de energia para responder, sentia seu corpo completo de exaustão, com cada músculo doendo imensamente.
Jaehyun massageia os dois usando a água morna da banheira, e quando terminou, o tailandês cochilava.

O primeiro a sair da banheira é Taeyong, foi enrolado na sua toalha felpuda e teve os cabelos penteados, logo depois um pijama curto e fino foi colocado no seu corpo, até ele que sempre tinha respostas prontas estava cansado demais para isso.

Dadda – Chittaphon o chamou baixinho, atraindo a atenção do submisso que estava na bancada da pia e a do dominador – eu estou cansado.
— Eu já vou levar vocês pro quarto.
Jaehyun faz a mesma coisa que fez com Taeyong, depois, leva um de cada vez para o seu quarto, os deixando na cama espaçosa.
Eu quero minha paci – o tailandês falava com um único fiapo de voz, ganhando o que queria logo depois, Jaehyun achava que ele tinha entrado em seu little space.
Papai – foi a vez de Taeyong o chamar – eu quero a minha também.
— Não é como se você merecesse.

Ele liga o ar condicionado e coloca uma coberta por cima dos dois, deixando o quarto com um Chittaphon dormindo sereno e um Taeyong chorando baixinho.

yes sirOnde histórias criam vida. Descubra agora