fifth shot

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Quando chegaram em casa só havia Jaehyun acordado, o que resultou nele tendo que estacionar o carro na garagem coberta para levar cada um para seu quarto. Decidiu por levar Chittaphon por último, já que Taeyong estava totalmente entregue ao sono e nem se importou muito com o fato de ser carregado até seu quarto. Ele teria de trocar a roupa de cada um e limpar ao menos um pouco da maquiagem que os dois usavam, estaria ocupado por quase uma hora.
Trancando a porta com certa dificuldade por culpa do garoto em seu colo, Jaehyun se encaminha para as escadas.

Sério que ainda não me viu? – a voz inconfundível de Minseok faz o Jung se virar para a sala.
Não é só porque eu deixo a chave reserva para emergências na porta que quer dizer que você pode entrar assim.

Obtendo um resmungo de Chittaphon, Jaehyun coloca sua mão livre sobre a cabeça dele, fazendo um leve carinho.

Temos que conversar... Sobre o Lee.
— Posso pelo menos arrumar eles dois?
— Claro, não tem ninguém te impedindo.

Revirando os olhos, o coreano leva Chittaphon até o quarto que dividia com Taeyong. Separou um conjunto de pijama para cada um, trocando primeiro o tailandês que até colaborou com a ação, depois se dirigiu para o coreano, era difícil trocar alguém que estava no décimo terceiro sono. Com esse processo finalizado, Jaehyun retira a maquiagem do rosto dos dois, os cobre pois havia ligado o ar condicionado e por fim da a chupeta de cada um.
Descendo as escadas ele encontra Minseok revisando alguns papéis.

Pronto, agora pode falar.
— Nunca que eu vou ter dois submissos, só o Jongdae já me gasta o suficiente. Só você mesmo. Bom, a mãe do Lee está atrás dele.
— Ela voltou dos mortos?
— Talvez nossa papelada esteja errada, mas só talvez.
— Ele é maior de idade e pode decidir se quer ou não encontrar essa mulher.
— Aí está o problema. Ele não lembra dela, foi dado como órfão porque ele achava que a mãe estava morta. Quando você o trouxe pra cá junto, ele já havia passado por todo o estresse pós-traumático e por isso essa parte meio que foi apagada da memória dele.
— Puta merda...

Minseok entrega todos os documentos que ele tinha referentes ao submisso mais velho de Jaehyun.
O Jung o encontrou a mais ou menos três anos, ele estava ao lado do tal orfanato e como estava chovendo ele estava ensopado. Ele não queria entrar, de jeito nenhum queria voltar para aquele lugar, prometeu que se saísse nunca mais voltaria e Lee Taeyong não descumpria promessas. Claro, Jaehyun se sensibilizou com o garoto e o levou para sua casa, o deu um teto, comida e bastante atenção já que estava trabalhando com as coisas da empresa em casa. Com o tempo eles foram se envolvendo e criando mais do que uma relação simples de abrigo, havia algo a mais crescendo ali. Depois de explicar o tipo de relação que ele tem, tudo o que ele podia de BDSM, Taeyong aceitou na hora. Jaehyun sempre achou que o fato dele ser um brat vinha de toda experiência que ele teve no passado.

Eu não posso impedir que ele veja a mãe, posso levar um processo dela, mas eu sinto que isso não vai dar certo.
— Também acho que não, mas sabe, talvez ele ainda tenha pequenos lapsos de memória com ela. O jeito é esperar, se ela contatar alguém bem próximo de nós eu te aviso.
— Não vou falar nada com ele, por enquanto.
— Melhor assim, bom, Jongdae queria que os meninos fossem lá em casa de novo, ele gosta muito deles. Depois me avisa se for levá-los.
— Tudo bem, obrigado Minseok.

Com um aceno de cabeça o Kim vai embora, deixando Jaehyun com o rosto entre as mãos pensando em todas as opções possíveis e em todas as consequências possíveis. Uma parte de si queria contar à Taeyong sobre isso, queria saber se ele se lembrava de sua progenitora. O quanto isso poderia dar certo ou errado?

yes sirOnde histórias criam vida. Descubra agora