Eu, João Vitor Ferreira, ao longo dos meus dezenove anos nunca tinha visto uma menina tão linda quanto a amiga da garota da batatinha. Eu confesso que fiquei um pouco extasiado com a sua beleza. Ela me encarou, mas quando percebeu que eu a fitava acabou virando o seu rosto.
— Como você pôde passar o seu número errado? — Luís perguntou a garota que até então o encarava com uma cara de deboche. Pela dignidade do meu amigo eu acabei intervindo.
— Desculpa, o meu amigo não sabe o que diz! — Eu disse para a menina. Luís ia falar algo, mas tampei a boca dele com a minha mão.
— Tudo bem, a gente já estava de saída mesmo! — A loira falou.
— Posso pelo menos saber o nome de vocês? — O Luís perguntou na cara dura, mas confesso que gostaria de saber o nome da menina de beleza angelical.
— Maria Fernanda. — A loira respondeu.
— Caroline — A menina de pele bronzeada falou e o Luís obviamente ficou babando por ela. Como sempre.
— Ana Vitória. — A outra garota respondeu.
— Bom saber o nome da menina dos meus sonhos! — Luís disse para a menina de pele bronzeada. — A gente se vê por aí qualquer dia.
— Eu espero que não! — A menina respondeu e seguiu o seu caminho junto com as suas amigas. A Maria Fernanda deu um sorriso na minha direção, e eu acabei sorrindo de volta como um bobo.
— Ela tá caidinha por mim, e tá até se fazendo de difícil.
— Cala à boca, idiota! Vamos lá ajudar os nossos amigos — Eu disse dando um tapa em sua cabeça.
Ajudamos os meninos e esperamos um pouco até que todos estivessem relativamente bem.
— Olha que ótimo jeito de começar o carnaval! Tendo que ajudar o amigo cachaceiro — Falei comigo mesmo.
E foi nesse exato momento que eu reconheci uma pessoa que virava a esquina, mas na mesma hora não acreditei que era mesmo quem eu estava imaginando.
— LÉO! — José gritou antes de todo mundo. — Você não tinha ficado em casa?
Foi quando eu vi a sua boca toda suja de batom vermelho, o seu cabelo todo desgrenhado, e logo atrás uma menina de cabelos enrolados com o batom todo borrado, que eu entendi o que estava acontecendo. Eu dei risada comigo mesmo, já que o Léo era considerado o mais santo de todos, e ele ao invés de ficar em casa como falou, estava ficando com uma menina.
— Você não era lésbica? — José perguntou para a menina. Eu não tinha entendido a pergunta, mas logo depois eu entendi.
— Para meninos chatos e insistentes como você eu sou sim!
— Nossa! Depois dessa eu me jogava do trio elétrico. — Gabriel que até então não tinha falado nada soltou a frase.
— Cala à boca aí, bebum! — José aumentou o seu tom de voz.
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365 dias para se apaixonar
Teen FictionDatas comemorativas são feitas para serem comemoradas, certo? Ou quem sabe, encontrar algum novo, ou velho, amor? Segure firme, e, acompanhe um Carnaval eletrizante, uma doçura de Festa de Junina, um Halloween maluco, e um sonho de Natal, juntamen...