Carol e o seu tio ficaram conversando por um bom tempo, acho que eles colocaram o papo de família em dia, porque misericórdia eles demoraram demais.
— Eles vão demorar mais? — José sussurrou para mim.
— Eu não sei — Eu sussurrei de volta. — Agora são três horas da manhã, quando a gente sair dá pra aproveitar um pouco mais! — José concordou com a cabeça e logo endireitou a postura quando o tio de Carol começou a falar.
— Crianças, eu vou liberar vocês! E não é por conta da minha sobrinha, é que temos casos mais importantes do que adolescentes tentando subir no trio elétrico!
— Ufa! Eu não vou ser preso. — Luís sorriu e soltou o ar parecendo estar mais aliviado.
— Mas eu ia, por assassinar você, se eu fosse condenada por algo que não fiz. — Carol retrucou.
— Podem sair agora!— Um outro policial mais alto e mais forte disse.
Eles destrancaram a salinha, mas antes da gente sair eles soltaram "não tentem subir em um trio elétrico novamente!", acenamos com a cabeça e saímos da sala.
— Tchau. Bom trabalho!— Luís falou para o policial que tinha pego a gente.
— Vão embora logo!— Ele retrucou.
— Que isso! Que grosseria. — Luís respondeu, mas antes que ele falasse mais alguma besteira eu mandei ele calar à boca.
Saímos da delegacia, e quando nos entreolhamos demos muita risada. Aquela situação em que estávamos há poucos segundos era deprimente, mas ao mesmo tempo engraçada.
— Eu ainda não acredito que a gente quase foi preso por conta de uma aposta do Luís e do José. — Falei tentando recuperar o fôlego.
— Imagina a manchete "Adolescentes são presos após invadir o trio elétrico da cantora Ivete Sangalo"— Leo dizia enquanto tentava para de rir.
— O que a gente pode fazer agora? — Perguntei.
— Ir pra casa. — Ana respondeu como se fosse óbvio.
— Mas agora são três e meia! Está cedo ainda. — José falou
— Verdade, a gente sempre fica até às seis da manhã. — Giovana concordou.
— Humm...Que tal irmos até algum lugar para comprarmos algo para comer? Eu estou morto de fome. — O Gabriel soltou.
— A questão aqui é, quando você não está?— José falou e Gabriel mostrou o dedo do meio para ele.
— A gente pode ir naqueles quiosques da praia. —Mafe sugeriu e todos nós concordamos.
Fomos em direção ao quiosque, e o mesmo estava muito cheio. Parece que não foi só a gente que teve essa brilhante ideia, mas mesmo assim nós sentamos nas cadeirinhas e pedimos porções de batata frita, camarão e alguns pasteizinhos.
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365 dias para se apaixonar
Teen FictionDatas comemorativas são feitas para serem comemoradas, certo? Ou quem sabe, encontrar algum novo, ou velho, amor? Segure firme, e, acompanhe um Carnaval eletrizante, uma doçura de Festa de Junina, um Halloween maluco, e um sonho de Natal, juntamen...