O medo era completamente visível em nossas faces. Até mesmo porque, não conhecíamos o dono daquela casa. Em nossa frente, víamos Thalita seguir um extenso corredor, de que não fazíamos ideia onde daria.
Antes que começássemos à seguir a loira, que já estava alguns passos à nossa frente, João encostou a porta de entrada na parede do corredor, e colocou um de seus tênis ali, prendendo-a, só para que ficasse aberta.
— O que foi? — ele pergunta, assim que atrai todos os nossos olhares à si — Eu volto para pegar depois, calma.
Demos de ombros, e começamos a andar. Então, chegamos à um enorme quintal decorado com coisas "assustadoras". Tinham mesas de doces ali, assim como mesas de salgados. A decoração era impecável, se não fosse pelo vazio que aquele lugar continha.
Ali, também, o silêncio reinava. Começamos a nos entreolhar, e a nos perguntar, inaudívelmente, onde estavam as pessoas da festa.
A gente não pode ter entrado numa casa assombrada de novo.
E então, foi quando, de repente, mais de vinte pessoas surgiram de trás de coisas ou mesas, gritando "SURPRESA", bem em nossos ouvido, e estourando confetes, em cima de nossas cabeças.
— Aí gente, eu amo meu bairro. Meu aniversário nem é hoje, obrigada por tudo galera, de verda...— Thalita começa a falar, mas logo para, quando vê a cara de indignação das pessoas ali.
— O QUÊ VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI? QUEM SÃO VOCÊS? — uma mulher vestida de bruxa, com cabelos mal-pintados de branco com spray temporário, que aparentava ter quarenta anos, grita, fazendo com que eu me encolhesse atrás de Pedro.
— Atrapalhamos alguma coisa? — Arthur pergunta, coçando a nuca, enquanto a mulher, que explodia de ódio, batia os pés.
— Ronaldo, avisa a Renata que a surpresa deu errado. — ela pede a um homem, que hesita no começo, mas assente, e vai para dentro da casa, sumindo do quintal — Vocês... Claro que atrapalharam! Como ousam invadir a casa de alguém? Quem são vocês, afinal?
— Moça, olha, nós somos meros estudantes, e estávamos indo para uma festa. Nós não sabiamos que a sua casa estava preparando uma festa surpresa para alguém, nos desculpem. Nos confundimos com o lugar. — Diego começa a falar.
— Os adolescentes de hoje não procuram mais saber onde estão indo, e muito menos possuem algum pingo sequer de educação. — uma outra mulher diz, baixo, mas com que nós conseguíssemos escutar — O futuro está perdido.
— Mas também, né? Vocês decidiram fazer uma festa de aniversário em pleno Halloween? Muitas casas estão fazendo festas hoje. E outra, dona, a senhora deixou a porta da sua casa destrancada... Como você queria que nós soubéssemos que isso aqui não era mais uma festa comum? — Júlia põe as mãos na cintura — Faça-me o favor! Deviam conhecer a cidade em que moram.
VOCÊ ESTÁ LENDO
365 dias para se apaixonar
Teen FictionDatas comemorativas são feitas para serem comemoradas, certo? Ou quem sabe, encontrar algum novo, ou velho, amor? Segure firme, e, acompanhe um Carnaval eletrizante, uma doçura de Festa de Junina, um Halloween maluco, e um sonho de Natal, juntamen...