Capítulo 6

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Olho desconfiado para essa garota que agora está sentada em meu sofá, de frente para mim

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Olho desconfiado para essa garota que agora está sentada em meu sofá, de frente para mim. Estou com um pé atrás, não confio nela, não ainda, seu rostinho de anjo e o jeitinho tímido, é capaz de deixar qualquer um a sua mercê. Porém sinto afirmar que, não sou qualquer um. Eu preciso que ela me convença. Porra, como uma garota que nem ela, estava lá, justo no horário da operação? Talvez seja uma vítima? Ou cúmplice?

Grunho exasperado. Eve brinca com os dedos, nervosa, e não olha nos meus olhos, isso é uma coisa que eu não suporto. Quando você for contar uma verdade, pelo menos a sustente olhando nos olhos de quem irá escutar.

"Bom, quando se sentir pronta comece, tenho a noite toda." Ironizo cruzando os braços.

"Obrigada." Agradece baixinho.

Reviro os olhos.

"Eu vim da Grécia." Dessa vez ela tem minha atenção. Toda ela. "Estava sendo obrigada a me casar." Murmura.

"Obrigada? Ninguém hoje em dia é obrigado a nada, Eve." Digo-lhe.

"Eu sei, mas meu pai não pensa assim." Levanta a cabeça. "Eu tinha que cumprir o meu papel pelos negócios dele e por dinheiro."

"Você só pode estar brincando!" Falo sem acreditar. É a história mais absurda que eu já ouvi.

"Não é, senhor."

"Certo, então continue." Gesticulo.

"Eu não quero viver presa em um casamento no qual não existe amor. Eu não teria liberdade para nada, teria que ficar imposta a fazer todas as vontades do meu..." Faz aspas "Esposo."

Com o maxilar rígido, eu caminho até ela, sentando-me no sofá a sua frente. Eu sinto que fica Eve fica tensa e imediatamente deixa a postura ereta. Olhando agora para mim, vejo o brilho triste em seus olhos, os mais bonitos que já vi, sua feição caída causa um estranho sentimento de pena em mim.

"Então você fugiu." Digo querendo saber um pouco mais.

Ela balança a cabeça afirmando.

"Fugi, a minha mãe passou anos sofrendo por ter se casado sem amor e eu não queria isso para mim, e sei que também não era a vontade dela." Aperta o colar em volta do pescoço. "Eu quero poder fazer o que ela não pôde, por isso fugi, senhor." Explica.

Caralho, a cada vez que ela me chama de senhor, me sinto um velho caquético.

"Frank. Meu nome é Frank, prefiro que me chame assim."

"Oh! Claro, me desculpe." Parece envergonhada. "Frank, como eu estava dizendo, se você me levar para a delegacia, será fácil o meu pai me achar, visto que não sou daqui... Eu realmente quero recomeçar aqui, longe da minha família, me mantendo escondida eles não vão me achar, o senhor entende agora? Eu só estava ali na igreja porque não tinha lugar para ir, afinal não conheço ninguém aqui."

Um Segundo Para Se Apaixonar © [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora