Capítulo 18

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"Eu não posso

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"Eu não posso." murmuro afastando-a.

Eve abre o olhos atordoada, piscando repetidas vezes antes de mirar em mim, um rubor tomando seu rosto quando ela pega as muletas e sai do quarto me deixando frustado. Eu não sou daqueles homens "corações e flores", não sou meloso e não me imagino cuidando de alguém depois do sexo, eu me sentiria tão não eu, o meu jeito, quem eu sou não condiz com isso.

E por mais filho da puta que eu seja, ainda assim, eu sei que Eve merece algo bom, alguém que depois de tudo esteja ali por ela, para cuidar... E eu não sou esse cara, talvez ninguém seja esse cara. E, pensando por esse lado é bom, porque assim ela se manterá pura e inocente.

A quem eu quero enganar?
Eu daria tudo para ser esse a tirar sua inocência, ensina-la os prazeres da carne. Mas, não farei isso.

Abro a porta do quarto na intenção de ir respirar um pouco lá fora, porém, quando estou prestes a sair meu primo entra fechando-a em um baque estrondoso.

"Qual é a sua Frank?" Questiona com o semblante fechado.

"Não entendi. Seja claro." Digo impaciente e entediado.

Ele ri como se estivesse achando graça das minhas palavras, entretanto, o conheço bem para saber que ele está se segurando para não explodir.

"Que merda você está fazendo com a garota? Eu vi o jeito que você a arrastou, você está confundindo-a, porra Frank," ele soca o móvel ao seu lado "Ela é uma garota boa e ingênua e, eu não preciso conhecê-la muito para saber disso, se você está interessado diga, assuma, se não; não dê esperanças porque é isso que está fazendo com esse comportamento de quem se importa e está com ciúmes." se vira para sair, parando em seguida "E eu não sou uma ameaça, mas você sim."

Ele sai, me deixando parado e surpreso com suas palavras. Isso não pode estar nessa proporção gigante, não existe nada entre a gente, só fazem poucos dias que Eve entrou na minha vida, não pode ser tudo isso, eu me recuso a acreditar que até às pessoas estão percebendo algo que nem mesmo eu estou. Quer dizer, existe um desejo que parece ser mútuo, mas nada além dos limites, nada que deixe a imaginar que sentimos algo. Teve aquilo de mentir que somos namorados mas... Porra!

Com ambas as mãos na cabeça, suspiro exasperado, saio do quarto disposto a chamar Eve e voltar para casa. Já deu, esse foi o fim de semana mais longo da minha vida. No entanto, ao chegar na sala a imagem que encontro me deixa extasiado, duro...

Quero grunhir, joga-la no ombro e levá-la para um lugar onde esteja apenas nós dois. Eve está dançando, mexendo o corpo na batida perfeita da música italiana, minha mãe do outro lado junto, mas meu olhar é só nela, mesmo com o pé engessado ela consegue mexer o corpo, o vestido rodado subindo, revelando suas coxas esbeltas mas ela parece não se importar.

O sorriso. Ah, esse maldito sorriso que parece está impregnado em minha mente. Desde quando ela chegou! A cada vez que fecho os olhos esse sorriso frouxo me desarma.

Um Segundo Para Se Apaixonar © [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora