Capítulo 8

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Eu odeio ser tão sensível! Odeio chorar com facilidade e me sentir ofendida com tudo, mas eu não posso evitar

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Eu odeio ser tão sensível! Odeio chorar com facilidade e me sentir ofendida com tudo, mas eu não posso evitar. Acho que isso veio de herança da mamãe, ela era assim, doce, meiga e sensível, infelizmente puxei a aparência do meu pai, e por sorte nasci mulher, dizem que mesmo o homem sendo feio e sua filha se parecer com ele, ela tem chances de ser bonita, por ser menina. É bem engraçado isso. Por sorte também, eu não herdei seu gênio forte e mau.

Entro para o quarto de hóspedes fechando a porta e me jogo na cama entre soluços. Eu apenas quis fazer uma gentileza, o apartamento podia não estar bagunçado, mas estava com poeiras alojadas pelos cantos.

Coloco meu rosto entre as mãos e as molho com lágrimas, sei que há muito mais por trás delas e eu apenas estou aproveitando o momento para descarregar tudo que guardei nesses três dias. Estou tão triste que quase não me importo com nada mais nesse momento.

Eu poderia simplesmente pegar minhas coisas e sair daqui, voltar a me esconder na rua, entretanto tem a ameaça de ir para a delegacia, adicionando ao fato, que o policial Frank pode me achar em qualquer lugar, já que vive aqui e eu apenas sou uma imigrante fugitiva, não há jeito.

Será que sai de uma furada para entrar em outra? E se a cadeia não for tão ruim assim? Afinal, eu terei onde dormir e terei comida, sem chance de ser obrigada a me casar com um homem egocêntrico. Mas ainda terei de aguentar as grosseirias dos policiais, será que todos são assim?

Limpo minhas lágrimas e levanto-me da cama, vou em direção ao banheiro onde lavo o rosto e seco-o, em seguida arrumo minha mochila e sento-me novamente na cama abraçando a mesma, pensando em qual será meu próximo passo agora. Nesse momento meus pensamentos são interrompidos por duas batidas na porta.

"Pode entrar." Falo em baixo tom e ouço a porta se abrir.

"Você nunca deve dizer isso. É o mesmo que dar passagem para qualquer tipo de pessoa entrar no seu quarto." A voz de Frank me adverte. Uma leve vontade de revirar os olhos me atinge. Porém não o faço

"E como tenho que dizer, então?" Pergunto não olhando para ele ainda.

"Primeiro pergunte quem é, se conhecer a voz, mande entrar, mas se não, simplesmente não abra." Responde sentando-se ao meu lado.

"Anotado." Falo com resquícios de sarcasmo.

"Precisamos conversar." Ele diz suspirando.

"Pode falar, estou aqui esperando apenas isso para que eu possa ir embora." Digo e não sei soei  grosseira, ainda estou chateada, mas longe de mim ser uma pessoa assim.

"Eu pesquisei sobre você, estava mesmo prestes a se casar contra sua vontade." Diz ele afirmando o que já disse.

"Foi o que eu disse para o senhor." Respondo secamente.

"Frank, por favor." Corrige.

"Foi o que eu disse, Frank, mas pelo que pude notar, a palavra aqui não tem muito valor como na Grécia." Retruco.

Um Segundo Para Se Apaixonar © [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora