Capítulo 11 [NOVO]

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Enrolo a toalha na cintura ao sair do banheiro

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Enrolo a toalha na cintura ao sair do banheiro. Alguns minutos debaixo d'água, me fizeram pensar e chegar a conclusão de que o aniversário da minha mãe surgiu em um bom momento. Posso estar sendo insensível, mas foda-se, estou lidando com um caso sério; uma garota fugitiva que, nesse momento, está machucada no quarto ao lado, e que não faz a mínima ideia que seu maldito pai está mais perto que nunca de acha-la. Sei que para um homem como Herodes, espalhar homens para encontra-la não é nada, então farei de tudo para dificultar. Como já disse, me sinto responsável em protegê-la.

Depois de vestir uma calça de moletom, vou até seu quarto, encontrando-a acordada, olhando para o teto.

"Se sente melhor?" sento na beirada da cama.

"Ainda dói meu tornozelo, mas nada que eu não suporte." Ela diz em tom suave.

Encaro seu rosto, balanço a cabeça e comprimo os lábios sem saber o que falar. A realidade é que essa garota tem mexido de muitos formas comigo. Eve chegou trazendo um mar de complicações e responsabilidade consigo, responsabilidades essas que eu nunca tive e nunca pensei que teria.

Eu não sei agir da forma como ela merece e quer, tento ser educado à minha maneira, mas paciência nunca fez parte de mim e eu não vou tentar mudar para agrada-la, sem chance alguma de isso acontecer, hipocrisia nunca foi meu forte.

Só precisamos estabelecer algumas pequenas regras, válidas para ambos. Conviver com uma mulher que não é sua, estar longe de ser fácil, eu não sei seus gostos, o que quer fazer ou não para um bom convívio, por isso depois da festa da minha mãe, ao voltarmos conversaremos de maneira séria e objetiva.

Levo ambas as mãos ao meu cabelo, bagunçando-os em um gesto nervoso,  apoiando os cotovelos nos joelhos e olhando para a parede decido falar a verdade. Eu sou a favor da sinceridade, se todos fossem verdadeiros e honestos, o mundo seria outro. Eve precisa estar ciente de tudo que seja ao seu respeito, não posso deixá-la sem saber de nada, não podemos saber quando seu pai irá agir.

"Sejamos francos Eve, sua atual situação não é boa." revelo sério, então olho-a quando suspira.  "Está machucada, e sei que não é burra para não se dar conta de que seu pai uma hora dessas, já deve estar em território americano."

Ela se encolhe e seus olhos imediatamente ficam marejados quando engole em seco.

"A minha família tem uma propriedade afastada da cidade, longe da civilização," continuo "em alguns dias é aniversário da minha mãe e quero levá-la para lá, bom, isso despistaria seu pai e nos daria tempo; para você se recuperar e eu ver o que posso fazer com ele."

"O que vai fazer com ele?" pergunta rapidamente. Sua voz saindo receosa.

Levanto, olhando para o outro lado antes de responder:

"Nada demais..."

Depois de ponderar por um instante ela inquere:

"E que dia nós sairemos, é..." encaro-a  observando mexer nos lençóis. "Para a casa da sua mãe?" acrescenta tão baixinho, que sou obrigado a me aproximar para ouvi-la melhor.

Um Segundo Para Se Apaixonar © [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora