Capítulo 3 - Ciúmes

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Ana Lúcia seguia com a sua vida e tentou não pensar mais no que sentia por Víctor Hugo.

Por outro lado, ele também tentava não pensar nela mas era impossível já que se viam todos os dias.

Víctor Hugo ganhou coragem e saiu da sua sala para convidar Ana para almoçar com ele.

Mas ao sair ouviu - a ao celular.

- Claro que aceito Marcos. Podes me pegar no escritório às 13 horas?

- Claro que sim. Estou ansioso para te ver outra vez.

- Eu também.
Até já. Bjos.

- Ana!?

- Sim Víctor. Precisas de alguma coisa?

- Sim.O processo do D'Angelo tem que ser revisado. Podes me ajudar por favor?

- Claro que posso. Mas apenas depois do almoço.

- Porque não agora? Estás com pressa?

Ana não respondeu e apenas tirou o processo e o entregou.

- Posso trabalhar para ti, mas não és o meu dono.

Víctor Hugo então soube que ela estava ansiosa pelo almoço com Marcos e a provocou.

- Ouvi - te ao celular. Vais almoçar com o Marcos não é?

- Sim. Ele é um bom amigo.
Algum problema?

- Não. Apenas não te quero envolvida com possíveis clientes.

- O pai dele é teu cliente Víctor. Eu não sou advogada.

- Eu sei mas...

- Mas não tentes mandar em mim.
Já disse que o Marcos é apenas um amigo. Não é ele quem eu quero.

- Não!? Então há outro na lista?

- Sim. Mas é idiota demais para perceber isso. Licença.

- Ana eu... Eu te peço desculpas.
As vezes esqueço que não és mais una menina..

- Pois é bom não esqueceres outra vez.

O celular de Ana apitou e ela sorriu após ler a notificação.

- Posso sair agora? O Marcos já chegou e não o quero deixar a espera.

- Já são 13 horas?

- Não.. Mas estou com fome e por isso vou mais cedo.

- Tudo bem. Podes tirar o resto do dia se quiseres.

- Obrigada chefinho. Até amanhã.

Ana Lúcia saiu e após as portas do elevador fecharem, Víctor reconheceu que estava morto de ciúmes.

Bateu com os punhos na mesa de Ana e Sofia da área de contabilidade apareceu no momento.

- Nossa Víctor. Tudo isso são ciúmes a Ana?

- Não digas besteiros Sofia. Porque eu teria ciúmes dela?

- Ora por favor Víctor Hugo. Achas mesmo que me consegues enganar?
Somos amigos ou não?

- Me desculpa. É verdade. Estou con ciúmes. Mas não posso admitir isso para mais ninguém.

- Porque não? Está claro que gostas dela e não apenas como amigo.

- Eu admito pois sei que em ti posso confiar. Eu a desejo como nunca desejei mais ninguém no mundo.

- Ela sabe disso?

- Claro que não. O Miguel me mataria se soubesse.

- Então é esse o problema? A tua amizade com o Miguel?

- Sim e... E tenho 12 anos a mais que ela.

- A idade não é importante. Mas ouve um conselho de amiga... Fala com ela e vê o que acontece.

- Não posso. Eu bem que gostaria mais não posso.

- Tudo bem. Mas só espero que não faças nenhuma besteira.

- Não farei.

- Certo. Vou agora sair para almoçar.
Vens comigo?

- Claro que sim. Estou mesmo a precisar de almoçar com uma amiga.

Víctor admitiu que estava morto de ciúmes e garantiu a sua amiga que não faria nada errado.

Mas será capaz de cumprir essa promessa?

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