Capítulo 8 - Pervertido

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   - Como vamos ficar?! Eu não quero ser um amante! - Matheus arregalou os olhos e eu vi o desespero nos seus olhos. - Não vamos deixar esse assunto para depois,Matheus!

   - Qual é Biel? Você não pode esquecer isso pelo menos agora? - Olhei para ele incrédulo. Ele queria mesmo que eu aceitasse isso?!

   - Matheus,eu já falei o tipo de pessoa que eu quero para um relacionamento e se você não consegue fazer isso então...vai embora. - O olhei sério e Matheus me olhou com os olhos marejados.

   - Por favor... - Ele sussurrou mas eu impedi ele de continuar.

   - Se você acha que vou aceitar ser o que VOCÊ quer,você 'tá muito enganado! Ou você termina com a sua namoradinha e me assume,ou você pega suas roupas AGORA e some da minha casa! Foda-se se está chovendo! - Eu levantei da cama e peguei um moletom grande e uma cueca,me vestindo.

   Peguei as roupas de Matheus e apontei para porta.

   - Então,qual é sua escolha príncipe encantado? - Perguntei cínico e Matheus mordeu o lábio inferior.

   - E-eu vou terminar com ela,eu j-juro - Matheus gaguejou e me olhou desesperado. Suspirei e larguei suas roupas. - Eu adoraria te assumir Gabriel,mas minha família...eles não aceitaria,meu pai principalmente.

   Vi desespero e medo nos olhos de Matheus. Então era por isso que ele tinha medo,sua família era homofóbica e não aceitariam ele...

   - Ok... - Suspirei - Matheus,no momento em que você ficar comigo você sabe que vão descobrir,né? Não adianta me pedir relacionamento escondido! Olha...não sei como sua família é mas...você não pode tentar? Por nós?

   Fui até o maior e sentei em seu colo,limpando as lágrimas que manchavam seu rosto.

   - Estou com medo... - Matheus sussurrou e deu uma risada forçada,levantei seu rosto e beijei ele.

   Mexia meus lábios com calma e lentidão,segurando no rosto do maior enquanto o mesmo rodeava seus braços em minha cintura e retribuía o beijo salgado por conta das lágrimas.

   - Não importa o que acontecer ou o que falarem,se você escolher ficar comigo,Matheus,eu juro que vou te ajudar a superar as coisas e sempre vou ficar do seu lado. - Sussurrei quando separei nossos lábios. Estava prestes a dizer "Eu te amo",mas meu celular começou a tocar.

   - Alô? - Atendi a ligação e logo escutei a voz da minha mãe - Oi mãe! Tudo bem por aí?

   - Está tudo ok meu anjo,pegamos um engarrafamento aqui e chegaremos tarde. - Ela disse e fiz um bico. Odiava quando meus pais chegavam tarde - Faça algo para comer e tome cuidado com os trovões,ok? Se precisar de alguém pode chamar a vizinha,você sabe que ela vai para casa se você precisar. Não tire os tampões de ouvido se estiver trovejando!

   - Não se preocupe mãe. - Minha mãe odiava me deixar sozinho quando chovia e sempre me prendia em casa quando ouvia um trovão. - Na verdade...Eu trouxe um amigo para casa para fazermos um trabalho e começou a chover forte,eu ouvi um trovão e acabei me machucando mas ele cuidou de mim e...Como a chuva ainda esta muito forte,ele pode dormir aqui?

   - A-ah! Meu deus! Claro filho! Claro que ele pode,se acontecer algo me ligue ok? - Eu concordei e me despedi,desligando a ligação.

   - Então? - Matheus apertou minha cintura e mexeu o quadril como se estivesse me estocando - Aguenta um segundo roud,babe?

   - U-uhm - Gemi mas logo levantei de seu colo e fui até a porta,dando um pulo e quase chorando quando escutei um trovão.

   - Calma aí,little boy! - Matheus levantou e se vestiu,indo até mim e me abraçando.

   - Va-vamos descer e comer algo. - Falei puxando ele até a cozinha - Quer comer algo específico.

   - O que você fizer está ótimo. - Acenei com a cabeça e fui pegar algumas coisas no armário enquanto Matheus sentava na cadeira. - Eu vou limpar esse vidro...

   Olhei para onde havia caído e vi os cacos de vidro manchados de sangue,eu ia mandar o Matheus sentar e deixar que eu limpasse,mas o maior foi mais rápido que eu.

   - Você tem jornal? - Ele perguntou e acenei com a cabeça - Preciso de um pano também para...limpar o sangue.

   Fui pegar o que ele pediu e o ajudei a limpar.

   - Ainda está doendo muito? - Matheus perguntou e passou a mão em meu braço.

   - Não... - Murmurei corado pela preocupação do maior - Obrigado por limpar,pode se sentar,vou fazer panquecas.

   Matheus beijou minha testa quando levantamos e foi se sentar. Peguei os ingredientes e fui pegar um pote no armário,mas ele estava muito no alto! Bufei e senti o corpo de Matheus atrás do meu,roçando seu pênis em minha bunda e pegando o pote.

   - O-obrigado! - Disse corando e pegando o pote de sua mão,correndo para pia e ouvindo uma leve risada vindo do idiota.

   Comecei a misturar os ingredientes e me apoiei na bancada da pia,consequentemente deixando minha bunda empinada.

   - Mas que porra Gabriel! - Me assustei e senti Matheus atrás de mim segurando minha cintura com força e se esfregando em mim - Você 'tá pedindo para ser fodido nesse instante!

   - E-eu... - Não conseguia dizer nada e sabia que estava totalmente vermelho - M-me fo-fode...

   Senti minha cueca sendo abaixada apenas ficando de moletom e minhas bandas foram apertadas com força.

 

Continua...

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