Afonso

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"Bem-vindo à sua vida, não há volta. Mesmo enquanto dormimos, nós encontraremos você. Comportando-se da melhor maneira, dê as costas à mãe natureza. Todos querem governar o mundo." Everybody Wants To Rule The World


"Não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei essa ideia de vocês!" Meu tom deixava claro minha irritação e desgosto, mas Gregório como sempre apenas manteve a calma, enquanto acompanhava meus passos furiosos

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"Não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei essa ideia de vocês!" Meu tom deixava claro minha irritação e desgosto, mas Gregório como sempre apenas manteve a calma, enquanto acompanhava meus passos furiosos. "Seria muito mais fácil apenas chamar Ariel de volta, não existe mulher mais bonita que ela em todo o reino, e ambos sabemos disso."

"Ariel era apenas um rosto bonito meu senhor, sabemos que ela nunca se importou com questões que envolvesse o povo ou questões políticas."

Respirei fundo, andava com uma raiva excessiva esses dias, e mesmo sem saber o motivo, isso estava começando a me consumir. Era algo incontrolável, sentia vontade de simplesmente puxar minha espada e matar a primeira pessoa na minha frente, devia ser a guerra. Eu precisava, mais do que isso, existia uma necessidade em mim, de declarar guerra contra a Grécia. Isso permeava meus pensamentos dia e noite. 

"Talvez você esteja certo, mas eu tenho conselheiros suficientes para que ela não tivesse que se preocupara com isso. Cancele essa seleção e a chame de volta."

"Foi um decreto real, com o seu anel. Nem mesmo o senhor pode voltar atrás rei dos reis. E mesmo tendo conselheiros para isso, como Imperatriz é importante mostrar interesse para com os súditos."

Entrei em meus aposentos, sentando na cadeira de frente à mesa, com vários mapas da Grécia. Minhas mãos formigavam apenas com o pensamento de enfim destruir aquele reino.

"Eu sonhei Gregório, sonhei que eu ganhava essa guerra. Uma voz falou para mim. Se eu invadir a Grécia agora, sairemos vitoriosos." Fechei os olhos relembrando do sonho, ele era um pouco confuso, no início vi minha mãe quando estava grávida, ela estava tão nova, radiante. Não podia ser uma memória, pois sabia de alguma forma que eu era a criança que ela carregava. Um homem estava de costa para mim, e passava a mão em sua barriga carinhosamente. Era alto, com músculos fortes e evidentes, certamente não era o meu pai. Quando ele ia virar o rosto, para que eu pudesse ver quem era, o sonho mudou. Estávamos invadindo a Grécia, eu liderava um dos grupos de ataque, eles não tiveram chance.    

"Um sonho?" Gregório perguntou pausadamente, e percebi que seu corpo estava tenso. O que era incomum para ele, que sempre escondia bem suas emoções.

"Eu venho tendo sonhos estranhos todas as noites." Passei a ponta dos meus dedos nas minhas têmporas, massageando levemente. "Apenas um se repete. Não sei o que significa. E nem o porque sonho com ela."

"E como é esse sonho?" Gregório puxou uma cadeira e se sentou de frente para mim, seus olhos estavam curiosos, e sua testa franzida de preocupação. 

"São apenas sonhos."

"Que vem lhe perturbando meu senhor, talvez compartilhar lhe ajude." E novamente me sentia compelido a falar, antes que pudesse mandar o meu cérebro parar, as palavras estavam saindo pela minha boca.

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