Catarina

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"Você pode pegar tudo o que tenho. Você pode quebrar tudo o que sou como se eu fosse feita de vidro; Como se eu fosse feita de papel, oh, oh. Vá em frente e tente me derrubar, eu vou me levantar do chão como um arranha-céu." Skyscraper- Demi Lovato

Depois das refeições resolvi atualizar os relatórios, me colocando a par do que tinha acontecido nos últimos dias

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Depois das refeições resolvi atualizar os relatórios, me colocando a par do que tinha acontecido nos últimos dias. Havia mensagens de semideuses, espíritos da natureza e sátiros de todas as partes da Grécia contando recentes atividades de monstros. Eram bastante deprimentes, o que não estava ajudando em nada melhorar o meu dia.

Pequenas batalhas estavam sendo travadas por toda parte. O recrutamento de novos meio-sangues estava reduzido a zero. Os sátiros estavam tendo dificuldades em encontrar semideuses e trazê-los até onde estávamos reunidos por causa do número de monstros que vagavam. Bianca, que liderava as Caçadoras de Ártemis, não dava notícias fazia meses, e se Ártemis sabia o que acontecera a elas, não partilhava a informação.

"Estou com medo." Brice falou ao meu lado, passando a mão por sua barriga. "Sabe, as coisas estão ficando piores a cada dia. Eu não temo por mim Cat, mas meu filho."

Eu não tinha nenhuma palavra de consolo, uma previsão, nada que pudesse lhe trazer alívio, apenas uma certeza.

"Eu não posso prometer muito, mas daria a minha por você. Sabe disso." Disse sincera, encarando minha melhor amiga.

Quando cruzávamos a área comum, começou uma briga entre as casas de Ares e de Apolo. Alguns filhos de Apolo armados com bombas atacaram o acampamento de Ares em uma carruagem puxada por dois Pégasos. Eu nunca vira a carruagem antes, mas me pareceu boa para um belo passeio. Logo o acampamento onde os filhos de Ares ficavam estava pegando fogo, e náiades do lago próximo do local corriam até lá para jogar água.

Então, os campistas de Ares lançaram uma maldição, e todas as flechas dos filhos de Apolo se transformaram em borracha. Os filhos de Apolo continuavam a atirar contra os de Ares, mas as flechas batiam e quicavam.

Dois arqueiros passaram correndo, perseguindo por um filho de Ares furioso, que gritava em versos.

"Maldição, pois sim! Vocês vão me pagar/ Não quero passar o dia todo a rimar!"

Encarei toda aquela confusão sem realmente acreditar naquilo.

"Isso de novo, não. Da última vez que Apolo amaldiçoou uma casa, levou uma semana até que terminassem as parelhas de versos." Resmunguei aborrecida. "Por que eles estão brigando, afinal?" perguntei.

"Aquela carruagem voadora." Brice me explicou. "Eles a capturaram em um combate enquanto você estava fora. Alguns semideuses de Gaia estavam lá com essa carruagem. O chalé de Apolo apoderou-se dela durante a batalha, mas foi o chalé de Ares que liderou o ataque. Por isso, eles estão brigando desde então."

Encarei a carruagem com os dois Pégasos, e dei um alto assovio. Em questão de segundos uma mancha preta desceu pelo céu, vindo em nossa direção.

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