Nem todas as garotas querem ser rainha, Catarina de Lurton é uma dessas. Sacerdotisa de Apolo, ela prometeu sua vida a servir ao deus do oráculo e com isso se manter pura. Entretanto uma ordem do rei muda totalmente seu destino e depois disso sua vi...
*Se você não deixou sua estrela no capítulo passado, favor voltar lá, deixe sua estrela e depois volte aqui. Beijos de luz. HAHAHA*
"Você me fez experimentar algo que não posso comparar a nada que eu já conheci, e tenho esperança que depois dessa febre eu sobreviverei. Sei que estou agindo feito louca, estou presa, tudo meio nebuloso. Com a mão no coração, estou rezando para sobreviver a isso tudo." The Heart Wants What It Wants
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Eu conseguia ver o seu doce sorriso, seus olhos verdes me encarando, e se me concentrasse o suficiente poderia tentar lembrar da doce sensação que era ter suas mãos percorrendo meu corpo. Não entendia como eu ainda podia ficar me infligindo tamanha dor, mas temia que se não fizesse isso eu pudesse esquece-lo.
Virgílio.
Nos dias que se passaram eu tomei coragem para enfrentar o que estava por vir. Me fiz de forte, e sabia que enfrentaria qualquer coisa que surgisse. Quanto ao que tinha ficado para trás, meus pais, amigos, o amor da minha vida. Como deixar isso? Abandonar? Não, o palácio seria o meu refúgio, mas nunca deixaria de pensar neles, nele. Eu sabia que seria muito mais fácil se apenas seguisse a minha vida aqui, se não pensasse mais nele, não falasse seu nome. Afinal, mesmo ele sendo filho do primeiro ministro, agora eu era uma propriedade do imperador. Odiava esse termo, mas essa era a nossa realidade.
E como tal, ele não tinha autorização para ir até onde eu estava. Por mais que isso fosse o que eu mais desejasse no mundo, que de alguma forma ele conseguisse burlar a segurança e eu pudesse sentir uma última vez seus lábios.
Acabou Brice! Dê adeus a Virgílio.
Respirei fundo, eu não iria chorar. Era uma regra que eu tinha estabelecido, mas que falhava quase todas as noite. Abri os olhos e me sentei na cama, precisava me distrair.
"Eu mesma vou matá-lo. Como ele ousa?"
Catarina falou ao meu lado, e acabei rindo. Ela já tinha repetido essa frase diversas vezes na última meia hora, seguida de 'que o tártaro o leve' ou 'vou banhar ele no rio Lete e assim apagar todas as suas memórias.'
"Você passa muito tempo olhando para essa lâmina." Alertei minha amiga e encarei seu rosto. Há alguns dias peguei ela no jardim com um soldado chamado Zayn, aparentemente ele veio da Grécia por causa dela, alguma terrível profecia a envolvia e ela precisava ser treinada. Preciso assumir que talvez eu tenha um pouco de empatia por ele, afinal ele é o primeiro semideus que eu conheço, além do fato de ter salvado Catarina de um cão infernal dos campos de punição. Isso é motivo suficiente para que eu goste dele, mas eu vejo a maneira que ele olha para Catarina e é isso que me incomoda.
"Ele está olhando os mapas novamente." Catarina resmungou e largou o punhal ao seu lado, eu peguei e analisei o mesmo. Eu apenas conseguia ver o meu reflexo, mas claro que Catarina via além disso. Aparentemente ela via no reflexo coisas do presente ou flashes que ela não entendia, mas sabíamos que de alguma forma estavam ligadas a ela.
