Nem todas as garotas querem ser rainha, Catarina de Lurton é uma dessas. Sacerdotisa de Apolo, ela prometeu sua vida a servir ao deus do oráculo e com isso se manter pura. Entretanto uma ordem do rei muda totalmente seu destino e depois disso sua vi...
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"Generais reunidos em suas massas como bruxas em missas negras. Mentes malignas que tramam destruição, feiticeiros da construção da morte. Nos campos os corpos queimando, enquanto a máquina de guerra continua girando. Morte e ódio à humanidade. Envenenando suas mentes lavadas. Oh, Senhor, sim!" War Pigs
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Eu sabia que tinha algo de errado acontecendo, mas o sorriso de Amália era tão deslumbrante que me distraía. Seus olhos verdes eram lindos e o modo como os cabelos balançavam...
"Afonso!" A voz de Catarina parecia vir de um lugar muito distante. "Dê o fora daí!"
Precisei usar toda a minha força para desviar meus olhos e encarar Catarina, senti meu pescoço molhado e passei a mão nele, sentindo o sangue escorrer. "Afonso olhe para ela, olhe de verdade para ela!"
"Você realmente acha que ele vai ver através da névoa? Ele nunca tentou isso, mesmo sendo um meio-sangue como você." O sorriso de Amália tornou-se uma expressão de escárnio. Olhei para ela. Amália cheirava a rosas e a pelo limpo de animal. Um aroma estranho, mas de alguma forma intoxicante. Olhe de verdade para ela, a voz falou no fundo da minha mente. Tentei ignorar a atração que ela exercia sobre mim e olhei atentamente para o seu corpo.
Então ela começou a ficar diferente. A cor se esvaiu de seu rosto e de seus braços. Os olhos completamente vermelhos. Os dentes cresceram e viraram presas,
"Uma vampira!" Balbuciei, tentando me afastar, mas estava zonzo demais para fazer qualquer coisa. Então notei suas pernas. "Hã, uma vampira com..."
"Não fale das pernas!" Disse Amália. "É grosseiro zombar disso! E eu não sou uma vampira seu tolo. Sou uma empousai, serva de Hécate."
Ela avançou com suas pernas bizarras em direção de Catarina. Sua forma tremeluzia. Às vezes um demônio, às vezes uma linda mulher. Eu tentava manter a mente focada, mas aquilo era muito perturbador. O mais estranho era, porque Catarina não estava apavorada? Ao contrário disso, ela parecia feroz. Como se soubesse com o que estava lidando.
"Pobrezinha" Amália riu quando Catarina se colocou na minha frente. "Você não sabe nem o que está acontecendo, não é? Logo você verá tudo sendo consumido pela mãe terra, seus amigos se tornarão escravos de seu mais poderoso filho. Ele vingará a sua mãe e destruirá os deuses. Seria até misericordioso dar um fim a sua vida agora, antes que tenha tempo de assistir a tudo."
Catarina rosnou e avançou novamente, dessa vez de forma mais precisa. Amália deixou seus dentes a mostra e voou, mas antes que conseguisse alcançar a pele dela, o punhal que Catarina carregava rasgou sua barriga, e com um gemido horrível ela explodiu em uma nuvem de pó sobre mim.
Olhei para tudo em choque, minha mente tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Foi quando guardas começaram a bater na porta. "Majestade! Vamos entrar, Majestade?"
