Zayn Malik

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*Capítulo especial para conhecer um pouco do Zayn, não se sabe quase nada dele e nem o seu passado. Sei que estão desesperadas para saber o que aconteceu no barco e o próximo capítulo será do Afonso contanto um pouco antes de chegarem ao socorro deles e o que aconteceu. Mas por enquanto, peguem esse capítulo lindo e com spoiler*

A última coisa que eu ouvi foi o resmungo da filha de Ares, Milena

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A última coisa que eu ouvi foi o resmungo da filha de Ares, Milena.

"Hum, isso não é bom!"

Me perguntei o que tinha acontecido de errado, mas eu acreditava que ter desmaiado a caminho do acampamento não tinha sido uma boa ideia. Mesmo assim pretendia aproveitar ao máximo de minha inconsciência.

Sonhos e mortes eram velhos amigos. Era acostumado a viajar pela sombria fronteira entre ambos, assim, aproveitei para enviar meus pensamentos à procura de Bianca Grace - Líder das caçadoras.

Passei depressa pelos habituais fragmentos de lembranças dolorosas: Minha mãe sorrindo para mim, o rosto iluminado pelo sol; minha irmã rindo enquanto me puxava pela mão, pulando pelas ruínas de uma cidade antiga da Grécia; Também vi Catarina parada petrificada de frente para um cão infernal; Vi novamente minha irmã na frente de uma Quimera, protegendo uma versão infantil minha que murmurava com os olhos marejados que estava com medo – Essa foi a última vez que vi minha irmã com vida. Então a voz de Gaia falando em meus sonhos: Não se preocupe, filho de Hades. Você morrerá sozinho.

Era impossível evitar que as recordações aflorassem, que inundassem meus sonhos como os fantasmas de Asfódelos, uma multidão triste e sem destino implorando atenção. Salve-me, eles pareciam sussurrar. Lembre-se de mim. Ajude-me. Conforte-me.

Eu não me atrevia a parar e ficar remoendo lembranças, não podia perder tempo. De que me serviriam? Só me deixariam arrasado, imerso em desejos e arrependimentos. O melhor a se fazer era manter o foco e seguir em frente.

Sou o filho de Hades, pensei. Vou a qualquer lugar que desejar. As trevas são meu direito inato. Com isso em mente segui, penosamente, por um terreno cinza e negro, procurando os sonhos de Bianca Grace, precisávamos saber de alguma informação do que íamos enfrentar. Em vez disso, porém, o chão se dissolveu a meus pés e cai em um lugar distante.

Meus olhos foram atraídos para uma capela em cujo interior brilhava uma luz dourada lúgubre. Havia uma inscrição gravada acima da porta: Nós que aqui estamos por vós esperamos.

"Alto astral" murmurei antes de entrar na capela. No altar, lá na frente, um fantasma chamejante rezava ajoelhado, mas eu estava mais interessado no local em si. Em vez de tijolos, as paredes eram de ossos e crânios, milhares e milhares deles, cimentados juntos.

Colunas de ossos sustentavam um teto abobadado decorado com imagens da morte. Pendurados em uma parede viam-se os restos esqueléticos de duas pessoas, um adulto e uma criança pequena, como casacos em um cabide.

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