Olá.
Duas coisinhas antes de começar o capítulo.
1ª - Quero agradecer às duas pessoas que comentaram nos últimos capítulos; e também quero dizer que os comentários me deixaram muito feliz. Obrigada!
2ª - O nome do capítulo tem mais a ver com o fato de eu estar ouvindo essa música enquanto eu o escrevia do que com o próprio capítulo, e eu estava um pouco sem ideia para o nome do capítulo. Peço desculpas por isso.
Ah! A música eu acho que se encaixa mais na parte do Shade, lá final, então... Fica aí a sugestão.
Bom capítulo!
*****
Fazia um mês que a minha vida havia dado uma cambalhota.
O primeiro passo foi doar as coisas do Maven; foi difícil nos primeiros dias. Entrar no meu closet e não ver as coisas dele, estava sendo mais difícil do que eu pensava. Mas eu sabia que não podia desistir, eu devia aquilo não só ao Maven, como também a mim mesma. Eu precisava continuar lutando.
O segundo passo foi voltar a correr. Eu sempre amei a corrida, a sensação do vento no rosto e a música estourando nos fones de ouvido. Naqueles momentos eramos apenas eu, o vesto, a música e o caminho. Nada mais importava. Com a minha reclusão após a morte do Maven, eu acabei parando de correr também. E, cerca de uma semana depois do meu jantar na casa dos Calores, eu ainda tinha aquela sensação de sufocamento, e achei que a corrida me ajudaria com aquilo. E felizmente eu estava certa.
E bom, o terceiro passo veio em decorrência da corrida.
Era uma manhã como outra qualquer, e eu estava fazendo o mesmo trajeto de sempre. Mas naquele dia eu tive uma companhia inusitada na corrida.
Duas semanas atrás...
— Eu não demoro. — Acariciei o meu gato antes de sair de casa. Mal havia amanhecido, mas eu preferia correr antes de ir trabalhar, me dava uma boa sensação durante o restante do dia.
Ao sair de casa parei sobre os pequenos degraus que antecediam a porta. Tranquei a mesma e levei alguns segundos observando os primeiros raios de sol sob a quietude presente na rua. Bem diferente do que estaria dali há algumas horas. Pelo tom do céu aquela hora, acreditei que o resto do dia seria nublado e com uma temperatura amena, um ótimo dia.
Encaixei os meus fones nos ouvidos, fiz alguns alongamentos — não levando mais do que alguns minutos — e só então coloquei os meus pés para se movimentar. Comecei com uma caminhada normal, e aos poucos ia aumentando a velocidade, até iniciar uma leve corrida. Vinte minutos mais tarde eu já estava no ritmo de corrida que me agradava.
O meu percurso não era muito extenso. Eu saia da minha casa, corria por alguns quarteirões até a parque e então dava algumas voltas no parque, e quando os primeiros carros começavam a transitar, eu voltava para casa. O que me rendia cerca de uma hora e meia de corrida, às vezes chegava a bater duas horas, geralmente ficava em torno de uma hora e meia.
Quando cheguei ao parque o suor já escorria pelo meu rosto e pescoço. Com certeza o moletom que eu usava iria direto para a máquina de lavar quando chegasse em casa. Por sorte eu lavaria roupa naquele dia, ou precisaria lavar apenas uma peça. Eu já conseguia sentir a minha blusa úmida sob o tecido grosso do casaco.
Quando eu estava para dar a segunda volta no parque uma figura me chamou atenção. Havia um homem correndo no parque, o que era novidade, afinal, eu já corria há quase duas semanas e não havia tido companhia durante a atividade. Diminui um pouco o ritmo da minha corrida para tentar descobrir quem era o homem. Ele ainda podia ser um assaltante, ou alguém que faria coisa pior comigo.
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FanficMare Barrow nunca pensou que a sua vida pudesse sofrer uma reviravolta tão grande quanto a que sofreu há três anos. Ela tinha uma vida estável, tanto econômica, quanto emocional, quanto psicológica, quanto matrimonialmente. Tomar a decisão de casar...