Capítulo VI - I Liked

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Desculpa pela demora!

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P.O.V Mare

Assim que eu estacionei o carro na frente da minha casa as minhas lágrimas irromperam os meus olhos. Eu sentia que a qualquer momento eu iria sufocar com tudo aquilo, eu ia sufocar com o turbilhão de sentimentos dentro de mim; parecia que o meu peito explodiria em algum momento.

Deixei que a minha cabeça encontrasse as minhas mãos sobre o volante, e não liguei para o fato das minhas lágrimas caírem sobre o mesmo. Eu precisava colocar tudo aquilo para fora de alguma maneira. E se fosse através de gritos e lágrimas, que fosse. Aquela não seria a primeira vez.

Eu não queria acreditar em tudo o que havia acontecido, e não queria me lembrar de nada. Eu só queria chorar. Chorar pelo fato de ter traido o Maven. Sim, eu havia traído o Maven com o próprio irmão. Eu sabia que me condenaria por aquilo durante semanas, talvez meses, e, provavelmente, jamais me perdoaria por aquilo. Eu permiti que aquilo acontecesse.

O pior de tudo era saber que eu havia permitido que aquilo acontecesse. Eu havia permitido que o Cal me beijasse. No momento que ele disse me desculpe, parte de mim soube o que ele faria, mas havia outra parte que queria acreditar que ele havia pedido desculpas por tudo o que havia acontecido no jantar, e não pelo que ele estava prestes a fazer. E quando ele o fez, quando o Cal me beijou...

— Respira, Mare... — Murmurei para mim mesma quando os meus pulmões começaram a reclamar pela falta de oxigênio, afinal os meus soluços estavam descontrolados, assim como as lágrimas em meu rosto.

Meu telefone tocou alguns minutos depois, me chamando atenção. Quando eu li o nome Farley escrito na tela, me obriguei a parar de chorar. Se a Farley estava me ligando aquela hora era porque algo havia acontecido, e eu havia feito uma promessa para o meu irmão. Não me perdoaria se o meu drama particular, atrapalhasse aquilo.

— Alô. — Atendi a ligação enquanto eu limpava as lágrimas que ainda teimavam em escorrer pelo meu rosto.

Mare? Te acordei? — A minha cunhada pareceu realmente preocupada com o fato de ter me acordado.

— Não. — Respondi enquanto olhava o meu rosto inchado no retrovisor.

Tem certeza? Está com uma voz esquisita?

— Não é nada. — Menti. — Aconteceu alguma coisa?

Pode vir até aqui? Eu preciso de ajuda?

— Farley, aconteceu alguma coisa? — Voltei a perguntar. — Você está bem? É o bebê? Precisa ir ao hospi...

MARE! — Ela me cortou. — Eu estou bem. — Garantiu. — Nós estamos bem. Só... Eu estou com uma vontade enorme de comer melancia com calda de menta, e o meu carro está na oficina. — Um pequeno sorriso se formou no meu rosto. — Pode ajudar essa pobre grávida?

— Tudo bem. Eu passo no mercado e já, já chego aí. — Ela deu um gritinho de felicidade do outro lado da linha.

Obrigada. Dirija com cuidado, eu não quero um suco de melancia.

— Okay, sua melancia chegará intacta. — Ela riu. — Agora vá descansar, eu não demoro. — Ela murmurou uma despedida e encerrou a ligação. — Onde eu vou encontrar uma melancia uma hora dessa?

(...)

— Deus, como eu te amo. — A loira deu passagem para que eu entrasse na casa. Assim que eu atravessei a porta a Farley passou correndo por mim até a cozinha, e sentou-se na cadeira da ilha como uma criança esperando o jantar.

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