As Escritas

7 1 0
                                    

Duas horas depois que Thomas chegou no hospital, Rachel retorna a sua consciência e rapidamente percebe que ele estava dormindo ao seu lado, foi tão difícil olhar para ele depois do que Meredith havia dito “Thomas não foi e nunca será o seu pai de verdade.”, aquela frase ficou na sua cabeça por minuto e isso levantou muitas dúvidas sobre a sua vida, “Agora eu não sei quem eu sou!” pensou ela, enquanto chorava e olhava para Thomas.
O relógio marcava oito e meia da manhã, o horário do café matinal, então uma enfermeira entrou no quarto com uma bandeja que contia um pão, um pote de manteiga, bolacha salgada, iogurte e uma maçã. A enfermeira coloca a bandeja sobre a mesa, ocasionando um leve barulho que faz Thomas acordar.
Ao olhar para Rachel, ele percebe que algo não estava certo, pois Rachel estava chorando, a princípio ele pensou que fosse por conta dos cortes, mas logo percebeu que não se tratava de uma dor física, mas sim mental.
—O que foi, querida?—Perguntou ele.
Nesse momento o choro de Rachel aumenta, agora o que era apenas lágrimas percorrendo o seu rosto tornou-se soluços insesantes. Com a você trêmula Rachel olha lá no fundo dos olhos castanhos claros de Thomas e diz:
—Como pôde fazer isso comigo? Esconder isso de mim por tanto tempo, mas eu sei... Eu sei de tudo, pai.
Thomas arregalou os olhos, ele parecia não saber do que Rachel estava falando, então ele pergunta:
—Do que está falando, Ray?
—Meredith me contou tudo. Ela disse que você não é o meu verdadeiro pai, você me enganou esse tempo todo.
—Olha, eu... Eu sinto...
—Por que não me contou? Minha vida agora é uma mentira. Eu te odeio. EU TE ODEIO! Eu odeio todos os Darry, eu preferia ter ido morar na rua do que dividir a casa com vocês. Sai daqui, eu nunca mais quero te ver.
—Rachel me escuta! Meredith me disse que iria te machucar, ela... Ela buscava vingança pelo que você vai fazer a ela.
—Mas o que eu vou fazer?—Perguntou ela.
—Sinto muito, mas eu não posso te contar.
—Então todo esse tempo você sabia? Você sabia que ela sempre quis me machucar. Quem garante que você não a ajudou? Por isso você saiu no dia do sequestro, para que eu não desconfiasse de você.
—Não, não é nada disso! Eu te amo, eu nunca iria deixar ela te tocar.
—Eu não acredito em você! Você mentiu para mim a minha vida toda, aposto que isso é só mais uma das suas mentiras. Vai embora.
Nesse mesmo momento, a raiva o consumiu por inteiro, ele queria mais que ninguém espancar Meredith     por ter contado a verdade para Rachel. Ele então se levantar da cadeira e sem falar uma palavra, vai embora.
A menina respira fundo, enquanto sentia o cheiro agradável das flores que estavam ali, ela tenta pegar o pão que estava na bandeja, mas devido a fraqueza, ela deixa o pão cair. A partir daí, uma série de coisas estranhas começam a acontecer com o seu corpo: Seu corpo se mexe sozinho, deixando-a sentada na cama, depois ela se levanta, o que lhe deixa muito assustada, seu corpo parecia está sendo controlado, como um fantoche. Ela anda em direção aos materiais de desenho, seu braço faz um movimento lento e pega o lápis. Com o lápis em mão, ela lentamente começa a escrever na folha, letra por letra, até formar a frase “Qual é o seu nome?” ela se assustar e recebe de volta o controle do seu corpo. Ela dar um rápido sorriso de lado e rapidamente associa aquilo com o garoto que as semanas a estava causando várias dúvidas. Ela não pensa duas vezes e no mesmo instante escreve “Rachel”.

Ben ainda estava dormindo, sonhando que era um grande cientista, quando literalmente do nada ele acorda, e sem ter controle do seu corpo, se levanta da cama, pega o lápis e escreve embaixo da frase que tinha escrito no dia anterior “Rachel”. “O nome dela é Rachel.” pensou ele, com um grande sorriso no rosto. Ben rapidamente liga para Liam, pedindo para que ele venha o mais rápido possível:
—Liam, o meu plano... E-ele deu certo.—Disse ele—Vem aqui! Agora!
—Eu estou indo.—Respondeu Liam—Chego aí em três minutos.
Ele realmente chegou em três minutos e logo se assustou com que estava vendo.

—Escreve outra coisa!—Disse ele—Escreve... o seu nome.
Ben então escreveu “Meu nome é Benjamin. Onde você está?”
Rachel novamente escreveu o mesmo que Ben, e responde:
“Eu estou no Hospital John Hopkins. Eu moro no Bairro Santa Clarita, Rua Becker número 7. Por favor, vem aqui!”
Ao terminar de escrever, Ben se sente obrigado a ir lá, ele então completa: “Se algo dar errado e eu não conseguir ir ao seu encontro, venha até o meu: Bairro Alameda dos Anjos, Rua Morgan Dayers número 28. Eu estou indo, eu prometo que vou te encontrar!”
—Isso foi assustador.—Comentou Liam.
—Eu tenho que ir!—Disse Ben.
—Eu vou com você.—Fala Liam.
—Não, eu vou sozinho! Eu já te coloquei em muitas confusões, esse problema é meu.—Responde Ben.
Liam então respira fundo e com um sorriso diz:
—Tá bom, mas já que eu não vou com você, eu posso te ajudar!
Ben olha para ele com a cara de quem não estava entendendo e depois de quarenta segundos ele pergunta:
—Mas como?
—Ai, meu Deus. Pensei que não iria perguntar!—Exclamou Liam—Temendo que esse momento chegasse, eu desenvolvi esse rádios (ele então os tira da sua mochila) bem semelhantes aos do Mike, Lucas, Dustin e Will em Stranger Things. Através dele, nós iremos manter contato e eu ficarei sabendo o que está acontecendo com você, talvez até posso te ajudar a se comunicar com as pessoas que você pode conhecer, já que você é péssimo nisso... Eu...
—Eu vou para longe, o sinal não vai ficar fraco?
—Calma, eu ainda não acabei. Como eu vinha dizendo, eu também estarei ciente do que está acontecendo com você, e até posso te salvar indo atrás de você, caso você seja sequestrado ou algo do tipo, e o melhor, nós podemos conversar com a distância de até cinquenta e quatro quilômetros.
—Cara, você é um gênio!—Exclama Ben—Vou arrumar as minhas coisas para partir.

Thomas estava voltando para casa, ele só queria uma coisa: que Meredith pagasse pelo erro que havia cometido. O seu telefone então toca, Thomas percebe que Meredith estava ligando e dominado pela raiva ele atende.
—Oi, querido... Não vai voltar para casa?—Perguntou ela.
—Sua vagabunda, você vai pagar pelo que fez!—Prometeu Thomas.
Logo depois de responder, ele imediatamente desliga e segue no caminho de volta para casa, onde ele sabia que Meredith estava.
Cinquenta minutos haviam se passado, até que ele chega em casa. Ele abre a porta através de um chute  e dar de cara com Meredith, ele então pega no seu pescoço e com a voz mais grave do que o normal fala:
—O que você fez, sua filha da... Agora Rachel sabe toda a verdade.
No mesmo instante Mike e Logan aparecem e com esforço conseguem o impedir de a sufocar e em seguida os empurram.
—Calminha aí, coroa.—Disse Mike.
—Era preciso, Thomas.—Disse Meredith, passando uma das mãos no pescoço—Eu não aguentava mais.
—Você prometeu... Prometeu ao Lucius que não iria contar nada até que ele determinasse o momento da concretização do "Melhor".—Rebateu Thomas—Mas você não cumpriu. O que ele vai pensar?
—Depois do que Lucius havia dito sobre o meu futuro, eu achei melhor impedir que ela vivesse, mas pelo visto não obtive sucesso. Então eu decidi contar tudo para ela, assim ela iria ficar com muita raiva de você e nunca mais voltaria. Pelo visto foi isso que aconteceu, não é?
—Você acabou com os planos de Lucius, a hora estava muito próxima, mas pelo visto ele terá que esperar, e sabe que ele odeia esperar.—Fala Thomas, demonstrando um pouco de medo.
—Ele nunca ficará sabendo disso se matarmos você.—Diz Meredith, num tom sério e sombrio.
Ela então dar o sinal para Logan e Mike o segurá-lo. Com muito esforço, Logan agarra o seu pescoço e Mike segura os seus braços, deixando-o imóvel. Nesse momento Meredith puxa um punhal de cabo azul e vermelho, e diz “Sabe esse punhal? Meu pai me dera quando eu tinha quatorze anos. Ele disse para mim matar qualquer um que colocasse a minha vida em risco, e é com ele que eu vou te matar e depois matar a Rachel.” e com apenas um movimento, trava o punhal na barriga de Thomas, que cai de joelhos no chão e com muito esforço diz:
—Não impor...ta o que f-faça, a Rachel vai acabar com você.
Logo em seguida seus batimentos cardíacos param e ele cai com o rosto no chão.

CONECTADOSOnde histórias criam vida. Descubra agora