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                                  B CARTER

Ren não conseguia tirar os seus olhos de mim.

Não era luxúria ou desejo como todas as mulheres costumam me olhar, Ren era namorada de Colin há muito tempo, nunca teríamos esse tipo de envolvimento. Eu teria com a sua irmã. E é por isso que há tanta raiva em seus olhos escuros.

As suas pálpebras se apertam com um pouco mais de força quando seus olhos correm para perceber que meu braço está passando por volta dos ombros de... Rebecca? Rosie? Não.. Rwendy! Era Rwendy. A mãe dessas garotas é bem estranha. Ren não deveria se preocupar com a sua irmãzinha, ou com o coração dela que eu nunca iria quebrar. A garota me conhece há menos de duas horas e a cada cinco minutos arruma uma desculpa para tocar perigosamente o meu corpo, ela sabe o que está fazendo, principalmente quando me deu um sorriso cheio de intenções quando Ren nos apresentou.

Mas parece que isso não impede de Ren me lançar um olhar de: FIQUE LONGE DA MINHA IRMÃZINHA SEU BASTARDO!

Eu a provocaria mais um pouco antes de manter longe. Mesmo sendo um belo bastardo a maioria das vezes, eu não queria problemas com Colin, Ren encheria a sua cabeça caso eu realmente fosse como sou a maioria das vezes com as outras mulheres com a sua irmã, e Colin encheria a minha cabeça depois disso, nos envolvendo em um looping sem fim.

— Até que enfim nossa estrela chegou! — Carolyn, a gêmea de Colin murmura animada para toda mesa e todo meu humor vai embora.

Um sorriso cresce nos lábios de Ren e sua atenção não está mais em mim e sim na mulher que está se aproximando da nossa mesa com um sorriso fraco para os nossos amigos. Eu não preciso erguer o meu olhar para ela também, eu já havia notado a sua presença assim que ela passou pela porta do bar.

O meu braço não está mais em volta de Rwendy e então procuro um jeito mais confortável de ficar.

— Olá pessoal. — a sua voz doce e irritante chegou aos meus ouvidos. Meus amigos sorriam e eu queria revirar os olhos, mas eu apenas fico em silêncio.

Nós estávamos em cinco pessoas, Luke ainda não havia chegado, então quando seus olhos passaram pelo lugar vago do meu lado, fiz questão de sorrir para ela e abrir as minhas pernas, a deixando sem espaço para se sentar.

Barbara revirou os olhos para mim, e depois me encarou como quem dizia com os olhos: é claro que não iria sentar ao seu lado, bastardo. E talvez adicionou em seus pensamentos mais algum comentário ofensivo sobre doenças sexualmente transmissíveis que estaria exposta ao meu lado.

Dois homens na mesa ao lado, ofereceram uma cadeira da mesa deles, sugestivamente, o que fez ser a minha vez de virar os olhos. Com um sorriso contido, a cretina aceitou e se sentou na ponta do lado oposto da mesa, bem longe de mim.

As garotas começaram uma longa pauta sobre a vida de Barbara, fazendo até Rwendy que havia acabado de conhecê-la entrar no assunto. Colin também parecia bastante interessado em prolongar minha tortura de longas horas onde o único assunto era: Barbara, Barbara e Barbara. Eu ainda não entendia como nós dois poderíamos ter Colin como melhor amigo. Esse cara é um traidor.

Dean se aproxima com os todos os seus músculos, bronzeamento artificial e clareamento dental para anotar o pedido da garota. Eu ainda não entendia como os meus funcionários sorriam tanto para ela e a tratavam melhor do que eu. Eu sou a porra do chefe deles e pago a porra do salário deles. Eles não deveriam tratá-la como a rainha da Inglaterra porque ela tinha peitos e um rostinho bonitinho.

— Hoje você pode adicionar Jack na minha Coca, Dean, por favor.

Barbara pede quando Dean pergunta se será o mesmo de sempre, Coca-Cola com limão. Barbara sempre se habilita a ser a motorista da vez, então o seu pedido chama atenção de todo mundo. A fazendo dar de ombros.

Meant To BeOnde histórias criam vida. Descubra agora