q u a t o r z e

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                                            B CARTER.

— Carter...

— Sim, Colin?

— Que merda ela está fazendo atrás do bar? — ele pergunta tentando controlar a raiva que está escorrendo de seus lábios. Ele é um péssimo ator. Eu posso vê-lá. E senti-la também. Eu só não entendo o porquê. Barbara sempre trabalhou em bares em seus anos em Nova Iorque, não é um surpresa.

— Trabalhando, Colin. Não vê? Ela largou o último emprego por conta do babaca do namorado dela. Ela pareceu aceitar a oferta que fiz algumas semanas atrás.

Falar no namorado da Bárbara me deixa curioso. Muito. Não que não tenha pensando sobre isso nas últimas semanas e desejado algo bastante ruim pra esse cara. Mas caramba, ela largou o último emprego por conta dele e eles acabaram voltando, que merda ela estava fazendo aqui? Eles terminaram? Inferno, eu soltaria fogos, se sim. E outra questão importante: o quão Bárbara Elizabeth Hall está desesperada para acabar me procurando?

Bem neste momento, ela está sorrindo para os meus clientes. Não de um jeito natural. E é exatamente o que me preocupa. A garota está mesmo desesperada. Ela é tão simpática noventa por cento do seu tempo — os dez por cento de mau humor são guardados para os nossos encontros, é estranho assista-lá tão tensa.

Assisti-lá. Você percebe? Estou assistindo Bárbara Hall em meu bar. Isso era uma realidade totalmente paralela hoje de manhã. Ah, eu amo essa coisa. É estranhamento bom, por mais que ela pareça desconfortável e pronta para entrar em combustão.

— Que tipo de brincadeira sádica vocês estão jogando, tipo, sério? Isso em entre vocês está rolando há vinte e seis anos, por favor, dá um tempo!

Meu olhar deixa Bárbara exatamente por dois segundos, apenas para esclarecer para Colin minha total confusão.

— Do que você está falando, cara? Ela só me pediu um emprego e eu dei. Nada de jogos sádicos.

Apenas o qual estou jogando mentalmente comigo mesmo. É sobre o tempo que consigo ficar observando-a sem ir à total loucura. Ou ficar duro. Ou ir até ela e beija-lá na frente de todo mundo. Tanto faz. Estou ganhando dos meus desejos, isso que devemos dar atenção.

— É sério? — ele pergunta. Parece chocado.

— Ahn... Sim? — tomo um gole do uísque com Coca-Cola em meu copo, deixando me distrair mais uma vez na minha nova garçonete. Foi o primeiro pedido que Bárbara atendeu, isso mesmo, o meu. Acho que posso me acostumar com isso.

Colin resmunga, alto, mas não dou atenção. Estou em meu maldito show particular.

— Cara... Você parece um pouco estressado. Está com problemas com a Ren?

Mais um resmungo alto.

— Estou com um enorme problema, mas se chama Bill E Bárbara Não Sabem Resolver Seus Próprios Problemas. Me conta, babaca, o que aconteceu exatamente quando ela apareceu aqui?  — ele cospe, em tom de ameaça. Que merda está acontecendo aqui?

Mas decido lhe responder. Quem sabe ele se acalma um pouco.

Bom...

Eu percebi que amo ela, mesmo depois de tudo. Depois dela ter machucado com meu coração e ter me deixado ir quando meu desejo era ficar. Para sempre.

— Ela chegou. Estava horrível, preciso dizer. Com os cabelos sem pentear, uma roupa ridícula e um óculos com estampa brega. — mas ainda sim linda, linda pra caralho. — Ficou me olhando e depois me pediu um emprego. — e atendi seu pedido, por quê não consigo negar nada que ela me peça. — E eu fiz.

Meant To BeOnde histórias criam vida. Descubra agora