Capítulo 2

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Narração de Key

/quebra de tempo/

Chegando no Reino de Camerlot, desci da carruagem e fui em direção ao castelo. Pisei meus pés no chão e observo mais um pouco a paisagem.

Árvores enormes e verdes balançavam com a força do vento, flores e gramas verdejantes se espalhavam pela minha visão. Escuto um barulho de porta ser fechada e vejo que era somente a porta da carruagem, nada de mais. Suspiro fundo e decido seguir meu caminho pela estrada pavimentada de areia cinza.

O caminho foi tranquilo, e acompanhava a visão do muro enorme do castelo, feito de tijolos e madeira rústica, bem medieval.

Adentro o jardim imenso do castelo e fico maravilhada! Quem diria que em um lugar tão distante teria tantas coisas bonitas pra se ver? Viajei quase 5 horas pela estrada e pensava que eu encontraria só um matagal e uma cidade fantasma, mas vejo que aqui está em quase nas mesmas perfeitas condições que a minha casa.

O jardim acompanhava rosas de variados tipos, vermelhas, brancas, laranjas e amarelas. Realmente admirável.

-Abram as portas para a Princesa Key do Reino de SpringField!

Me curvei em referência e fui ao trono. Até lá, o caminho era feito por um tapete vermelho imenso, que parecia não ter fim. O salão era bastante vasto e claro, sua iluminação era feita por pequenas lâmpadas movidas a querosene. Cheguei em frente ao trono e me curvei para minha tia, a Rainha Liz.

-Olá minha querida sobrinha, oque você faz aqui?- A morena dos fios iluminados fala.

-Olá tia, A rainha Cely me mandou para conferir o banco real e o cofre.

-Sua mãe não tem jeito mesmo! - ri

Ela desceu do trono e me segurou pelo braço esquerdo e me acompanhou até o cofre.

Passei por um corredor extenso e com um ar denso, esse castelo era estranho, mas com um ar familiar que já me acostumei de ver.
Chegando no cofre peguei a prancheta e comecei à conferir as moedas e cédulas.

Estava tudo certo, talvez foi apenas um engano da parte de minha mãe, espero que minha tia não leve essa pra o coração.
Confiro tudo mais uma vez para eliminar a margem de erro e entrego a prancheta para um servo que passava por alí, pedindo que ele devolvesse ao escritório.

Fecho as portas do cofre e tranco com a chave que me foi dada.

O castelo é bastante grande, eu levaria muito tempo para explorar cada canto daqui. Ele é uma herança do meu falecido avô, que contruiu os dois reinos; o de Camerlot e o qual eu moro. Por sorte minha mãe e minha tia eram um tanto pacíficas, não precisaram brigar para terem suas terras. Então dividiram e construíram seus próprios castelos para si.

Sei que mesmo não pedindo diretamente, minha mãe não goste que eu demore fora de casa, existem deveres e afazeres para eu ajudá-la, então preciso voltar o mais cedo quanto. Além de que, convenhamos, eu mesma odeio sair de casa por muito tempo...

Divago meus pensamentos enquanto admiro um quadro de família, nesse retrato eu ainda era uma pequena criança, ergo meu olhar para a esquerda e observo meu avô, sorrindo. Isso me deixa um pouco melancólica, ele era um homem de bom coração e honrado, alguém para se seguir de exemplo.

Mesmo que eu não tenha muitas memórias dele, sempre escuto que ele era um homem bom e leal ao reino, o que fazia dele um rei muito amado. Nunca me lembro como era seu abraço ou como agia, apenas recordo de seus sorrisos e risadas, coisas que me marcaram nas memórias.

Continuo alí, vendo aquele retrato, até que foi possível escutar passos, silenciosos, mas eu escutei. Já sabendo que alguém se aproximava, tratei de mudar minha cara de enterro pra uma mais alegrezinha, não estava afim de trocar muitas palavras com a pessoa.

Me viro um pouco devagar e encontro minha tia, menos mal.

-Obrigada tia por esse dia! - Agradeço gentilmente e sorrio cordialmente.

Ela chega perto de mim e me abraça forte, também exibindo um sorriso no seu rosto.

-De nada minha linda! Volte mais vezes tá?

-Certo! - Rio

Decido ir embora, como eu previa, pelo caminho recebo um recado de algum servo que trabalhava lá, me falando que minha mãe já estava me esperando para concluir alguns afazeres pela cidade.
Subi na carruagem e voltei pra casa. Até porque, o caminho seria longo.

OS SETE PECADOS CAPITAIS |BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora