Uma Nova Bruxa

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Como estou sem WhatsApp resolvi revisar logo esse capítulo e postar. Não estoy certa dele, mas vamos lá.
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— Como assim você está grávido? Por um acaso é... – Gleisi começou, mas França a cortou.

— Do Alckmin. Com essa coisa da maldição estávamos tomando todos os cuidados, mas acho que algo deu errado.

— Falou com seu marido?

— Temos gêmeas. Não está sendo fácil, mesmo as Lucia's nos ajudando. E se eu estiver esperando outro bebê... Tenho diabetes, Gleisi. Seria uma gravidez de risco... Geraldo ficaria só com as crianças.

— Por que depois de termos passado uma noite juntos, você me procurou para falar do seu relacionamento com Alckmin? Achei que fossemos resolver sobre o que aconteceu. Achei que tivesse falado ao Alckmin sobre nós... Não quero ser sua amante.

— Não quero que seja. Estou com medo. Se eu estiver esperando um bebê, é outro motivo para resolver o que tivemos. Me sinto mal por ter traído Alckmin, não sei o que me deu que de repente me senti fortemente atraído por você, Gleisi. Queria me desculpar com você, por isso queria ajudar com o filho do Lula.

— Ajudar como?

— Assim como você, sou advogado também, posso ajudar na facilitação da guarda do Júnior para o Lula.

— Se era isso, porque começou a falar sobre sua possível gravidez? Achei que fosse dizer...

— Não. Peço desculpas por te confundir. Estou preocupado e com medo. E aproveitei para dizer a você. – Tocou a mão dela. – Queria que me ajudasse a contar ao Alckmin.

— Seu filho não é do Alckmin. – Ela disse puxando sua mão. – Por que está mentindo pra mim?

— Do que você está falando?

— Eu vi seu futuro, você e uma criança loira. Era sua filha, essa que você espera. Não é do Alckmin. Porque está mentindo?

— Como viu isso?

— Porque tenho controle sobre demônios.

Ele a encarou surpreso.

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— Existe uma feiticeira mais poderosa que você, Lindbergh. – Marcela disse. – Ela quem me expulsou das convenções de bruxos. Era sua irmã. Ela tinha controle sobre tudo, e era a vidente mais eficaz da época, podendo ver o futuro e o passado de quem a tocasse.

— O que aconteceu com ela? – Ele se sentiu curioso.

— Ela morreu na fogueira. Nem resistiu. Ela era uma feiticeira do bem, o que não entendo, já que ela tinha um grande poder.

— Se você disse que vou morrer se me lembrar dessa vida, por que está me contando isso?

— Porque o grimorio dela sumiu, e nele tem o feitiço para impedir sua morte.

— Só tinha o seu livro no senado. Onde estava o grimorio dessa feiticeira?

— Temer também o deixou no senado. Se ele sumiu, é porque outro senador ou senadora o encontrou. Pode ser um feiticeiro ou a própria dona do livro, porque se você voltou a vida, ela também pode ter voltado.

— Mas você não sabe quem é? Se me reconheceu...

— Sua alma viaja entre épocas. Soube seu nome quando te vi no santuário do Padre Alessandro. Você disse se chamar Lindbergh, mas o você daquela época tinha outro nome. Você não mudou nada.

— Você não sabe quem é a outra bruxa mas me reconheceu?

— Tenho limites, Lindbergh. Não posso ver tudo ou lembrar de tudo. Sua irmã restringiu minha mágica. O que posso fazer, é controlar vocês através da maldição, porque só durante este período sou mais forte.

— Deixa eu ver se entendi. Você quer o controle de tudo, por isso quer os dois livros?

— Proteção de vocês. Eu juro que não quero fazer mal a ninguém.

— Por isso de um livro de maldições? – Lindbergh a questionou. O celular dele tocou, a salvando de responder, pois ele atendeu. – Eu estou bem. Não me aconteceu nada, fiquem tranquilos. Tá, já vou. – Desligou o celular.

— Você vai comigo procurar o livro? – Marcela perguntou. – Pode salvar sua vida.

— Vou. Mas não te garanto que deixarei você ficar com o livro. Agora eu tenho que ir.

— Já se sente melhor pra sair?

— Sim. E preciso ir, Marcela. – Ele se levantou do sofá ainda com a mão no peito e saiu do apartamento dela.

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— O que você quis dizer com poder controlar demônios? – Márcio perguntou curioso.

— Sei que é um, igual o Molon, que saiu do PT quando descobriu que era um demônio. Mas não vim falar disso, e como você está mentindo pra mim sobre algo tão importante, melhor encerrar nossa conversa aqui. Sobre o filho do Lula, fale disso com ele. – Ela disse e tentou se levantar, mas perdeu o equilíbrio de seu corpo e voltou a se sentar.

— Gleisi? Aconteceu algo? Você ficou pálida de repente. – França se preocupou.

— Eu... Só me senti um pouco tonta. Já vai passar. – Respondeu.

— Quer que eu te leve até onde você está ficando?

— Não! Eu posso ir só. – Ela se levantou devagar dessa vez, e o deixou só.

O Misterioso Livro do SenadoOnde histórias criam vida. Descubra agora