Moro entrou na cozinha e lá estava Aécio preparando a mamadeira de Tancredo. Parou e ficou o observando, até que disse:
— Eu nunca imaginei que você fosse do tipo que se dedica tanto a um filho, Aécio. – Moro disse.
Aécio o olhou como que procurando as palavras certas.
— Tancredo é especial. Eu estaria disposto até mesmo a ser uma pessoa honesta, por ele. – Respondeu. – Afinal, é meu filho.
— De verdade, não entendo. Você se dedica tanto a um filho que não queria ter, porque sei como foi quando você descobriu, eu estava com você. E agora... O que torna Tancredo especial?
— O Amor, Sérgio. Mas e você fez o exame? – Mudou de assunto. – Está ou não... – Foi cortado por Moro.
— Não quero falar sobre isso. Aquele resultado é inaceitável! E aliás, onde você esteve hoje que não atendeu as minhas ligações?
— Ho-Hoje? Estive passeando com Tancredo. – Disse metade da história.
— Recebi uma mensagem anônima dizendo que você estava com a Dilma. Eu livro você da prisão, e você se mistura com esses petistas?
— Você tem que deixar de surtar com os petistas. Qual o seu problema com eles?
— Livrar esse país deles, meu único objetivo. Por isso me aliei ao Bolsonaro.
— Me parece mais um amor reprimido pelo Lula.
— Que? Jamais! De onde tira essas coisas?
— Do mesmo lugar que você insiste em achar que vou voltar para Dilma.
— Por que a gente não para de brigar por esses petistas? – Moro se aproximou de Aécio o segurando pela Cintura. – Vamos falar sobre nós dois lá no quarto.
— Hoje não, Sérgio. Estou cansado. – Aécio se afastou. – Vou ver como está Tancredo e vou dormir.
...
Moro foi ao hospital ver Gleisi, mas não tirava da cabeça a conversa que teve com Aécio na noite anterior. Gostava dele, e sentia o ódio lhe consumir ao pensar que uma petista poderia lhe tirar ele, mas apesar disso, pensava no fato de ele próprio estar indo ver uma petista, aquela que ele jurou amor séculos atrás. Se ao menos eles soubessem a verdade...
Entrou no quarto sabendo que ela estava sozinha, pois a enfermeira lhe havia dito. Viu Gleisi serena, parecia uma princesa, aquela que ela havia se recusado a ser séculos antes, ao fugir levando seu filho no ventre. Isso se parecia um pouco com um conto de fadas, e Gleisi seria nessa história Aurora, até mesmo eram semelhantes em muitos aspectos, inclusive o coma incomum, o qual ele sabia do que se tratava, um feitiço.
No conto adaptado para as crianças dos dias atuais, Aurora despertava com um beijo de amor, ele poderia tentar, mas sabia que isso era apenas uma história infantil modificada, pois ele sabia a verdadeira história deste conto.
— Mesmo que eu consiga te acordar, você nunca será minha, Gleisi. Então por que não encerrar esse conto de fadas de maneira trágica? – Ele disse acariciando os fios loiros dela.
A porta do quarto se abriu e Moro voltou seus olhos para quem entrava, era Dilma.
— O que você faz aqui? – Dilma perguntou sem demonstrar nenhuma reação.
— Alguém tem que eliminar os petistas. – Respondeu. – Vocês se multiplicam como um vírus que não acaba.
— Melhor você sair daqui agora, Moro. – Dilma mandou.
— Sabe uma coisa que acho engraçada? Que é tão fácil entrar na sua mente, enquanto que na do Aécio, tem uma forte barreira, e você é uma bruxa, e Aécio não, ele é só um bebê que precisa de drogas para se manter. – Moro foi dizendo andando em direção a Dilma. – Por que suas defesas estão baixas?
Dilma se manteve em silêncio olhando para o homem que queria eliminar seus aliados.
— Mas sabe que isso é bom, Dilma. Assim posso te levar presa, sem que ninguém conteste nada. – Moro continuou a falar.
— Me levar presa por que? Você não pode fazer isso.
— Como terminou seu relacionamento com Aécio, Dilma?
Parecia uma pergunta boba, mas paralisou Dilma, ou pior, a trancou em suas lembranças, o que deixava a parte externa dela respeitar a qualquer comando de Moro.
— Você vai vir comigo, Dilma. – Ele falou e ela o seguiu como se fosse de sua vontade.
⭐🌟⭐
Nas mais profundas lembranças de Dilma...
Dilma esperava por Aécio para mais um encontro às escondidas. Mesmo ela tendo sido reeleita, eles não deixaram de se ver apesar de ser proibida a relação entre eles.
Era dia 4 de dezembro de 2014, quinta-feira. Dilma tinha arrumado tudo para receber seu amado, tinha até mesmo dispensado todos os funcionários, iriam poder se amar a noite toda sem interrupções.
Faltavam poucos minutos para Aécio chegar, quando Dilma recebeu uma mensagem que dizia: "Aécio não te ama. Quer lhe aplicar um golpe e lhe roubar a presidência. E ele te trai com Michel Temer."
Dilma não queria acreditar, Aécio não parecia querer lhe dar um golpe, mas e se fosse verdade.
Quando Aécio chegou Dilma resolveu tirar satisfações com ele.
— Eu jamais faria isso com você, Dil. Eu te amo. – Aécio se defendeu.
— Já não sei. – Dilma disse. – E aliás, Lula ficou sabendo sobre nós.
— Então a história da mensagem anônima era só para chegar até Lula?
— Não. Eu realmente recebi essa mensagem, e pouco depois recebi uma ligação de Lula dizendo que recebeu um e-mail dizendo que estávamos juntos.
— Quem pode ter feito isso com a gente?
— Não sei, mas de todas as formas devemos terminar isso que temos. Se mais gente descobrir e cair na mídia... – Dilma não terminou sua frase porque os lábios de Aécio nos seus a impediu, e à partir dali as únicas palavras que seriam ditas, seriam apenas entre seus corpos colados pela última noite que passariam juntos.
⭐🌟⭐
Sérgio Moro observava atentamente a Dilma. Tinha a levado para uma penitenciária de Brasília, realizando seu desejo de prender Dilma, sem ao menos um protesto dela.
— Então esta foi a última vez que vocês estiveram juntos? – Moro disse sem obter resposta de Dilma que estava sentada imóvel na cama de sua cela. – E eu me preocupando com Tancredo ser seu filho. – Riu sentindo-se aliviado. – Eu odiaria criar um petista. Mas isso não explica porque Aécio chamou o menino de Tancredo Inácio. Mas bem, duas já foi. Agora vamos em busca dos outros.
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Sumi porque estava lendo um livro maravilhoso que me deu uma visão diferente até mesmo sobre minha fanfic (o que as coisas aqui não seriam exatamente impossíveis acontecer) explicar seria meio complexo rsrs mas é isso.
Não se esqueçam de dar suas opiniões ou sugestões e suas estrelinhas rsrs
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O Misterioso Livro do Senado
FanfictionApós toda Brasília aparecer com seus políticos homens grávidos, surgiu o livro das maldições parlamentares escondido no senado, o qual tinha um segredo, no qual Lindbergh Farias sentiu a curiosidade de desvendar. Mas o que ninguém sabia, que que exi...