O Misterioso Livro do Senado

Destino

A casa dos Haddad estava cheia de policiais tentando entender o desaparecimento do bebê de apenas seis meses.

Estela explicava pela décima vez que a casa estava toda trancada, e que não entendia o porquê de não ter nenhum sinal de arrombamento e como a criança simplesmente desapareceu. Não, ela não se esqueceu da sombra que viu, comentou isso também.

— E se levaram ele por ele ser um guardião, Fer? – Ela comentou com Fernando quando teve paz dos investigadores.

— Mas nem sabemos o que ele irá proteger, Tê? Como alguém pode saber sobre Enrico ser um guardião?

— Não sei. – Ela tentava não voltar a chorar. – E se fizerem mal ao nosso bebê, Fer?

Fernando abraçou sua esposa tentando a confortar, o que seria bem difícil.

— Não vamos pensar no pior.

— E se o livro que o Lula nos deu tiver alguma coisa sobre o rapto do nosso filho? – Ela levantou sua cabeça do peito dele o encarando.

— Naquele livro...?

— Lula tinha dito que se caso um dia... – Estava em lágrimas. – Se acontecesse algo com nossos filhos...

— Acha que tem a resposta no livro?

— Não sei, Fer... – Fernando voltou a abraçar Ana Estela.

Quando a casa ficou vazia, tendo somente a família Haddad, Fernando e Estela foram ver o que tinha no livro, e porque Lula disse que aquele livro era muito importante para a vida dos dois e de seus filhos.

Ana Estela pegou o livro de capa grossa e escura com uma palavra escrita em latim. Ao ler a palavra, seus olhos ficaram num tom lilás. Ana Estela sentiu poder correr por seu corpo, e por uns segundos ficou imóvel.

— Estela, você está bem?

Com seus olhos ainda com aquele tom de lilás, Ana Estela olhou para Fernando séria.

— Você precisa saber da verdade, Fer.

⭐🌟⭐

Estava escuro, parecia ser noite e ela se via numa floresta que sentia já ter estado a muito tempo atrás. Lúcia França tentava se encontrar naquela floresta escura, uma aura conhecida se aproximava, ela se lembrava daquele poder.

— Luz? – Disse baixo. – Luz!? É você? – Perguntou, mas para sua surpresa apareceu Juliano.

— Perdão te decepcionar, sou apenas eu, Juliano. – Ele disse com um sorriso. – Quem é essa Luz?

— Ninguém de especial. Ela morreu a muitos anos, nem sei porque achei que ela poderia estar aqui.

— Sabe onde estamos? Estou aqui a algum tempo e não reconheço este lugar, nem sei como vim parar aqui.

— Este parece ser o caminho pelo qual ajudei a Luz a fugir. Ela me disse que o acordo de casamento não tinha funcionado como o pai dela esperava, e como ela estava grávida, temia pelo filho, porque provavelmente era a criança da profecia.

— Profecia?

— Isso já não tem importância agora. Luz já está morta e a criança nem nasceu.

— Mas você achou que eu poderia ser essa Luz antes de me ver. Por que?

— Sua aura. É tão poderosa quanto a dela. Praticamente idênticas.

— Isso tem haver com a tal estrela e o anjo?

— Como sabe disso?

— Porque ele é o anjo que a estrela predisse, Lúcia. – Disse alguém surgindo do nada em meio a mata. Era Dilma.