O Escolhido

Capítulo 12

Erick

Acordo 4:40 da manhã e não consigo dormir mais, sempre tenho insônia e resolvo fazer uma breve caminhada como de costume, onde aproveito para refletir um pouco.

Ficaria esses dias aqui com Laura e não podia continuar dessa forma, brigando e discutindo futilmente. Daquela forma tão besta. Eramos adultos e teríamos que agir como tal. Não somos obrigados a se gostar, mas sim a se respeitar, a conviver um com o outro e se tolerar.  Não vai durar muito tempo mesmo.

Tomo café mais cedo e um longo banho. Me preparo para mais um dia de trabalho. Os afazeres de Jonas vai me manter bem ocupado.

Peço um táxi, no caminho tomo a decisão de conversar com a Laura hoje, temos que dar um fim nessas briguinhas idiotas. Não da pra ficar o mês inteiro assim. Nem eu e nem ela merecemos isso.

Chego no mesmo horário que Aline e aproveito para subirmos juntos. Ela até que é uma moça interessante e bem humorada.

- Bom dia Senhor. – seu sorriso sempre é doce agora.

- Bom dia, pode me chamar pelo nome mesmo. Não gosto dessa formalidade, tudo bem?

- Desculpa, Erick.- Ela sorri um pouco constrangida.

- Quando Laura chegar você me avisa ta. Por favor.

- Sim senhor, ops Erick. – rimos então eu saiu.

Vou pra sala e começo adiantar o trabalho. 25 minutos depois Aline aparece na sala informando a chegada e que ela se encontra na sala do Marcos.

Me dirijo até lá e assim que entro encontro Laura em pé observando a paisagem. De costas ela era maravilhosa, estava linda, sensual, quase parecendo outra pessoa.

Bato na porta alertando minha presença e ela vira sorridente. Assim que me ver sua cara se transforma e seu sorriso cai.

- De manhã cedo e você já estraga o dia com sua presença. - Diz ríspida.

Naquele momento todo meu pensamento de fazer as pazes some. Afinal estava claro que ela queria ser tratada mal.

- Eu só queria pedir uma trégua, mas já percebi que com você as coisas só funcionam na ignorância. Uma pena.- falo seco.

- Uma pena mesmo é ser obrigada a te aturar todos esses dias. - ela estava com toda a garra.

E é assim, nesse momento que eu resolvo criar "GUERRA" entre nos, já que ela insistiu tanto. Eu fui fazer a minha parte, tirei meu orgulho para ire desculpar com ela e acabei recebendo grosseria de graça. Você tenta ser correto, ser cavalheiro, maduro, mas algumas mulheres gostam mesmo é de serem tratadas mal. Incrível que Laura é desse tipo.

Saiu deixando-a sozinha mais uma vez. Ja tendo idéias mirabolantes na minha mente. Eu era ótimo em pirraça. Fui conhecido por isso quando garoto era o que mais sábia fazer.

Passo na frente da sala dela e percebo o celular jogado na mesa. Um plano incrível surge em minha mente, e de repente voltei para o jardim 3. Acabo não resistindo pego o aparelho, desligo e levo pra minha sala. Guardando na gaveta.

Hora vai e hora vem já está próximo ao almoço. Ligo para o motorista.

- Senhor Erick. – educado como sempre.

- Oi Miguel, Laura me pediu para avisar que vai sair com umas amigas hoje e não ira precisar do seu serviço até amanhã, autorizando seu descanso o dia inteiro.

-Nossa,é mesmo? Humm... ta. Agradeça a ela por mim. - Ele parece desconfiado mas feliz demais para dizer alguma coisa. Não posso julgar, eu faria o mesmo no seu lugar.

- E não precisa incomoda-la ligando, Ok?

- Sim senhor.

Desligo o telefone satisfeito e vou almoçar no  mesmo restaurante de ontem, mas dessa vez sozinho.

Na volta tenho uma reunião importante que me toma 1 hora e meia. Saiu exausto e descanso na minha sala.

O tempo resolve soprar ao meu favor e começar a chover muito forte. Peço meu táxi , pego o celular De Laura e sigo pra casa. 

Ao chegar dispenso todos empregados mais cedo e tranco todas as portas , não deixando nenhuma entrada para casa. Acredito que minha cunhada vai pegar um pouco de chuva. Que bobagem.

Sento no sofá e assisto TV enquanto ela não chega. Aguardo ansioso. Não vejo a hora de ver seu surto.

'A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.''

- Charles Chaplin