Capítulo 17

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Laura

Que filho da mãe cretino. Ele acha que me conhece. Não sabe nada de minha vida para sair falando assim. Ainda por cima na minha cara. Não acredito que por um dia gostei dele, imaginei que ele fosse um cara bom. Imaginei que nos pudéssemos se dar bem. Mas me enganei. Apenas um idiota metido a besta.

Tomo um suco, vou pro quarto. Tiro um longo costilo. Quando acordo ja são 11 horas da manhã. Meu corpo está bem melhor. 

Tomo banho e visto uma roupa simples de ficar em casa. Peço a empregada que prepare uma sopa reforçada pois meu nariz está todo intupido. Maldita chuva.

Ao sair para respirar na varanda. Observo como o dia está lindo. O sol forte. Ótimo para tomar um banho de piscina que eu adoro e nadar um pouco. Uma pulada rápida não pode fazer tão mal assim. Pode?

Esses dias só choveram e agora que sai um solzao desse eu fico doente?  Ah é só um resfriado.  Não vou morrer se der um mergulinho rápido. Meu corpo precisa. Quer saber, vou dar.

Tomo a sopa e coloco meu biquíni. Passo protetor e sigo pra piscina. Pulo de cabeça e ao entrar na água aquela sensação de liberdade invade meu corpo. Aii que gostoso.

O sol bate em meu rosto e posso sentir o calor corando minha pele. Começo a nadar tranquila até que sinto uma mão me puxando com força para fora da água.

- Maldição mulher você pirou de vez ?  Não lembra que ta doente. - Erick diz furioso apertando meu braço.

- Me solta.- digo furiosa. Que menino insuportável.

- Quem está doente não pode ir pra piscina, nunca te ensinaram isso? - quem ele pensa que é? Meu pai?

- Faço o que eu quiser. Era só um mergulho rápido idiota. - molho minha cabeça de novo.

- Agora vai ficar mais doente. Vem, vamos pegar uma toalha pra você. - me arrasta pra dentro de casa parecendo um ogro.

Ele tenta me enrolar com uma toalha grande mas tomo da sua mão antes e me enrolo.  Começo a torssi sem parar e ando atraz dele.

- Vai tomar um banho e colocar uma roupa quentinha. Eu te espero aqui em baixo. - sua voz sai mais calma. Esta preocupado?

- Me esperar para que ? Agora você que está louco. - mais discussão. ai ai pirou.

- Não vou deixar a garotinha aprontar de novo. O Jonas me pediu pra cuidar de você e é isso que vou fazer. Querendo ou não. - Realmente parece meu pai.  Aquele final de frase faz a raiva subir em minha cabeça. 

- Se você nao percebeu ja não tenho mais idade para ser cuidada.  Principalmente por você, sei me virar sozinha. - me aproximo e praticamente cuspo as palavras nele.

- Sei que você é orgulhosa e não vai querer minha ajuda. Mas não se trata de uma escolha. Vou ficar na sala esperando. Não demore. - droga,  o merdinha está certo. Mas claro que não vou assumir.

Não resisto então faço o que ele mandou. PEDIU. Ele não manda em mim, só está se sentindo culpado ou com pena. Homens são duros com tudo mas não aguentam ver mulheres doentes e nem chorando.

25 minutos ja estou na sala e ele está comendo no sofá.

- Ai não é lugar de comer . - cruzo os braços.

- Eu sei. - fala sorrindo.

- Então por que ta comendo onde não deve? - agora eu que me sinto uma mãe.

- Acho que para te irritar.... Brincadeirinha. Vamos assinar um acordo de paz pelo menos pelas últimas 24 horas, ok? - ele estende a mão para mim.

- Talvez 12 horas - Digo brincando e aperto sua mão enorme e quente.

- Será nosso tempo recorde. Então vamos aproveitar essa trégua e nos divertir em casa mesmo. - Oi?? nos divertir?  Só rindo.

- Como assim? - pergunto confusa.

- O que gosta de fazer quando está em casa? - na verdade eu nunca to em casa.

- Não sei. - no momento não aparece nada em minha mente.

- Aann.. sendo assim eu escolho. 

- E sugere ??

- Sugiro um jogo, pode ser xbox. Se você souber jogar.

- Só se for de tiro, daqueles que um caça o outro até matar - digo animada e ao mesmo tempo rindo.

- Seria covardia.  Você iria perder. - ele ri. Aaah maldito não me conhece.

-  Cometeu um erro agora. Não me desafie. Sou boa em matar pessoas.  - tento afronta-lo.

- Então vamos apostar alguma coisa. - assim fica ainda mais interessante.

- Combinado. 

- Quem ganhar tem direito a um pedido. E o outro tem que obedecer. - eu com certeza irei ganhar depois disso.

- Pensarei em um pedido bem cruel - digo determinada.

- É o que nos vamos ver. - ele ri e eu também.  Pela primeira vez estamos nos desafiando e rindo juntos.

" São as imperfeições de uma pessoa que a tornam perfeita para alguém."
- (Lola e o Garoto da Casa ao Lado)

O EscolhidoOnde histórias criam vida. Descubra agora