O Escolhido

Capítulo 27

Erick

A praia hoje não saiu como planejei. Me aproximei da Laura mais do que deveria. Percebi que ela também estava sentindo algo por mim e isso me deixou feliz. O que não era para acontecer.

Tenho que cortar o mal pela raiz.  Esta na hora de arrancar esse sentimento enquanto é tempo. Isso acaba hoje.

Resolvo nadar um pouco para clarear as idéias. Hoje irei sair com outra mulher, quem sabe com outras... 

Assim que saiu da piscina, com objetivo de por meu plano em prática, vejo Laura saído de casa toda arrumada, muito gata.

Ela pega um taxi e fico parado só olhando uns 2 minutos. Nossa ela estava lindíssima.  Para onde será que foi? Com quem? aiiaiaia....

E foi assim que o meu plano acabou antes mesmo de começar. Tomei um banho e vesti uma roupa comum.  Não queria sair e sim saber onde Laura foi, com quem saiu e o que ela está fazendo.

Cada minuto que passava minha aflição só crescia. e assim foi passando o tempo.  Uma hora. .. duaas.... três.. QUATRO horas e eu enlouqueci.  Resolvi ligar para maluca.

- Aalooooouu - grita bêbada do outro lado da linha.

- Laura onde você está?

- Estou no mundo das maravilhas - diz rindo do outro lado.

- Está bêbada.  Irei te buscar.  ONDE VOCÊ ESTÁ?

- Não sei.  Não quero que venha. Você não. Não podemos mais nos ver. Não podemos não. - ela estava falando comigo e sozinha. Tava muito bêbada mesmo.

- Para de falar maluquice e passa para alguém esse telefone AGORA.

- Aaiii que sacooo , INEÊEEEES, FALA COM ESSE IDIOTA. - a sua amiga pega o telefone.

- Oi estamos em um barzinho 5 quadras da sua casa. Vem buscar ela logo que eu ja não guento mais.

- Estarei ai em alguns minutos.

Desligo o telefone com pressa e arrasto o carro rápido para o maldito barzinho. Chego em menos de 5 minutos .

Meus olhos encontram os dela. NÃO ACREDITO no que vejo. Laura estava em um altar com microfone na mão bêbada cantando para todos homens do bar. E eles estavam babando por ela. 

Aquilo me deixa furioso.  Entro no bar como flash,  pego ela e jogo nas costas arrancando-a daquele local.

- Me solta agora seu imbecil - diz batendo as pernas sem parar.

- Pode continuar, não estou sentindo nada. Você vai pro carro agora.

- QUEEEMM VAI ME OBRIGAR ???

- Eu . - coloco-a no banco do carro com pouca dificuldade e a prendo no cinto. Ela me encara feio mas não me importo.

- Porque veio me pegar? Não queria que eu fosse mais divertida. Estou sendo, seu babaca.

- Irresponsabilidade não é diversão.

- Aaah sério e você sabe a diferença? ? - tenta me insultar e depois ri.

- Agora sei. Fica quieta que vamos para casa- começo a dirigir.

Então ela resmunga.

- Pra que merda tem que se preocupar comigo ?

- Eu prometi que cuidaria de você pro meu irmão.

- Então sou uma porcaria de tarefa chata pra você - sinto tristeza em sua fala. Decepção. Droga quem dera fosse isso..

- Não. Você sabe que não.

- Então o que eu sou para você Erick? - nesse momento penso, merda, nem eu sei essa resposta.

Ela se tornou tão importante em poucoss dias. Poderia dizer por exemplo que ela é uma alegria em meu pequeno coração. Mas resolvi afastar isso, então digo.

- Minha cunhadinha. Eu cuido de você agora como uma irmã. - sinto decepção novamente em seus olhos.

Então ela finalmente cala a boca e fica seria.  Aquilo claro que me machuca. Fico preocupado.

Assim que chegamos em casa ela sai do carro as pressas andando torto.  Eu sigo mas ela se vira me encara de uma maneira que nunca vi antes.  Causa medo.

- Não sou sua irmã.  Não sou criança e nem problema seu. Nós nem gostamos tanto um do outro então se afaste de mim e pare de fingir que se importa. - ao se virar ela perde o equilibro e cai.

Sou mais rápido e seguro antes que chegue ao chão.  Aperto-a eu meus braços e sinto o cheiro do seu cabelo. Seguro firme contra mim e digo alto.

- Eu me importo tanto com você. Gosto de você mais do que queria gostar. -ela fica em silêncio por um tempo até que implora

- Não me toque assim Erick. Por favor não me toque mais assim. - fala com olhos fechados e então eu a solto dos meus braços e ela anda torto para cozinha. Merda.

Sigo e guio para entrada da cozinha tocando só o necessário para que ela não bata nas paredes. Coloco ela na cadeira e tiro os seus saltos.

- Isso aqui não está facilitando as coisas.- coloco os saltos no chão.  Então ela diz com vontade.

- Aaah está sim.  Facilitando outras coisas. Coisas erradas.

Finjo não entender o que ela disse mas claro que sei exatamente o que ela insinuou. Tiro seu casaco e dobro em cima da cadeira.

- Se continuar me despindo assim eu sairei de mim Erick - não acredito no que acabei de ouvir.

Me bate uma onda de tesão e sinto vontade imensa de despi-la todinha. Mas é claro que não faço isso.

- Você não está consciente.  Bebi isso aqui.- dou comprimidos com água para ajudar a ficar sã mais rápido .

- Se eu estivesse consciente você me despia Erick?  Tiraria minha roupa toda? - Fala pegando em minha blusa. Fico mais duro ainda e louco com sua provocação.  Afasto-a de mim e digo.

- Laura pare com isso. Você não é esse tipo de mulher.  Só está bêbada agora. Venha vamos levar você pro seu quarto.

- Eu sou um tipo de mulher bem safada. Você vai pro meu quarto comigo - Aquilo acaba com meu auto controle. sinto vontade de devora-la em cima da mesa ali mesmo na cozinha.

- MEU DEUS MULHER pare por favor com isso.- pego-a nas costas de novo e levo para seu quarto. Jogo na cama e ela ja está dormindo.

GRAÇAS A DEUS. Ligo seu ar condicionado e enrolo um cobertor nela.

Saiu do quarto correndo e sigo para o meu. Preciso URGENTE de um banho FRIO.

Assim que entro tranco a porta e jogo a chave em baixo da cama. Para ter certeza que não sairei do quarto.

Caiu na água fria ainda de pau duro e tento pensar em qualquer besteira que me faça esquecer as palavras de tentação daquela mulher que está me tirando do sério.

E amanhã?  Como será?  Tomara que ela não lembre de nada. Tomo um comprimido para dormir e não pensar naquela tentação, desabo na cama.

"  O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda oportunidade. "
- Laurence Peter