CAPÍTULO I
A Árvore do Portal dos mil Mundos
A cada mil anos uma árvore nasce no planeta dos anões com poderes místicos, no seu tronco se abre um portal para os mil mundos, somente um mago de cada clã sabe qual árvore é a árvore do portal, os quatro se reúnem e escolhem um valente guerreiro de cada clã para atravessar o portal, o objetivo dos quatro é buscar conhecimento nos outros mundos e voltar para trazer o conhecimento ou o objeto que servirá para ajudar na tecnologia deste povo primitivo que tem sua ciência limitada, na última vez que portal se abriu os anões enviados trouxerem o conhecimento de como fazer o fogo, até então desconhecido neste planeta, que permitiu os clãs fabricarem armas e usarem na sua culinária, mas até hoje o segredo de como fazer fogo é passado de mago para mago através dos tempos. Os insubordinados desejam a todo custo ter o conhecimento do fogo, para fazer mais armas e assim dominar os clãs.
O portal não fica aberto por muito tempo, um mês para ser exato, se os anões não voltarem enquanto durar o portal ficarão para sempre no mundo que o portal abriu, a escolha do planeta é aleatória, dificilmente ela abrirá mais de uma vez em um mesmo planeta. A árvore é de difícil localização porque como mais de sessenta por cento do planeta é de floresta a árvore passa despercebida para os leigos da magia somente os magos tem o dom de encontra-la. Desta vez o mago do norte achou a localização da árvore do portal e ele tinha pouco tempo para reunir os outros magos, porque a qualquer momento o portal poderia se abrir e eles deviam agir rápido para escolher os quatro anões que atravessariam o portal, eles deveriam voltar antes do portal fechar do contrario ficariam para sempre no outro mundo.
O clã do norte estava localizado na região mais fria do planeta, cada ponto cardeal equivalia a uma estação, igual as nossas estações terrestres inverno, primavera, verão e outono, o clã do oeste vivia em uma primavera sem fim, o clã do leste o verão e clã do sul o outono.
Como a árvore portal fora achada no norte, ela nasceu em meio neve, os animais que passavam por ela como que por um sexto sentido inclinavam suas cabeças reverenciando e ao mesmo tempo fugiam de medo da árvore mágica que em menos de um mês havia crescido mais de cinco metros, os passarinhos não ousavam pousar em seus galhos e o que se atrevia a tentar pousar em seus galhos era misteriosamente engolidos por seus galhos para dentro da espessa folhagem.
O mago do Norte se preparava para ir dormir quando ouviu um tropel de pôneis e olhou pela vigia da porta e viu dois anões um todo coberto de sangue e outro com a perna quebrada descendo de um pônei todo arranhado e com alguns espinhos. O mago os conhecia eram Urik e Medrik anões guerreiros do clã do norte, abriu a porta depressa e os convidou para entrar.
Depois de cuidar dos ferimentos de Urik, mandou Medrik tomar um banho, e este saiu reclamando dizendo que estava muito frio e que ficaria assim mesmo sujo de sangue, o mago fez um movimento com sua mão e anão foi levantado do chão e suspenso no ar, uma tina de agua se arrastou sozinha e parou embaixo de Medrik e o anão caiu desajeitado na agua.
O anão soltou imprecauções de todos os tipos, o mago e Urik caíram na gargalhada e Medrik falou:
-Pelas verrugas peludas do nariz de minha mãe, não me lembro qual foi a ultima vez que tomei banho.
O mago olhou para Urik e perguntou o que havia acontecido, e ele respondeu:
- Quando recebemos a sua ordem para ir procurar os outros magos dos clãs, fomos atacados entrando na fronteira do oeste, alguns dos nossos ficaram encantados com a beleza desta terra, as muitas flores multicoloridas, de todos os tipos e tamanhos, as cachoeiras que desciam os morros e os pequenos lagos de aguas verdes com as sereias brincando e cantando nas sua margens.
O clima era de descontração, paramos para nossos pôneis beber agua em uma fonte e o capitão falou:
-Temos que tomar muita atenção agora porque vamos entrar na parte da floresta que tem mais espinhos, alguns são mortalmente venenosos, se algum de vocês tocarem ou suas montarias podem morrer ou ficar mortalmente ferido, mas se tiver sorte pode só se arranhar mesmo, pois nem todos são venenosos.
Tínhamos que andar com cuidado no meio dos espinhos a trilha era em algumas partes estreitas e em outras ela se alargava, quando de repente os pôneis começaram a ficar inquieto e difíceis de controlar, eles estavam pressentindo algum perigo. As árvores começaram a chacoalhar como se muitos macacos estivessem pulando em seus galhos e quando vimos foi tarde demais os insubordinados pularam em cima de nós como uma matilha de lobos cai sobre um rebanho de cordeiros. Eles estavam com a vantagem da surpresa e também da quantidade numérica era pelo menos quatro para cada um de nós, mas lutamos bravamente, fomos caindo um a um. Só restava cinco de nós em pé, fizemos um círculos dando as costas um para o outro para proteger a retaguarda, o capitão gritava dizendo que com cinco guerreiros do clã do norte eles não teriam chance, ele ergueu a sua espada e disse– Eu sou Karik "O Matador de Insubordinados", quem de vocês quem morrer primeiro? Houve um murmúrio entre os insubordinados e logo o anão de Tapa Olho, gritou– Palavras vazias de um homem, que um dia já foi um grande guerreiro e que hoje só vive de fama do passado. Não tenham medo valorosos guerreiros Insubordinados, o lobo apenas rosna para não mostrar que já perdeu as presas– Dizendo isso o anão do tapa olho correu em direção a nós com sua turba de guerreiros ansiosos por mais sangue, eu fui o primeiro a cair com o golpe do anão do tapa olho. E quanto ao resto da história Medrik pode contar para o senhor.
– Estou curioso para saber como Medrik, escapou ileso sem nenhum ferimento.
Medrik apareceu neste momento e contou toda a história que havia contado para Urik, o velho mago escutou com atenção e depois fez um minuto de silencio olhando para o vazio e falou:
– Não o reprovo Medrik por sua atitude, apesar do seu ato de covardia vejo a mão do destino na sua atitude, pois só assim nós fiquemos sabendo o que o anão do tapa olho queria, se ele está querendo saber sobre a reunião é porque já sabe que a árvore do portal dos mil mundos vai abrir o portal, precisamos correr contra o tempo e torcer para que Karik resista e não conte nada. Partiremos ao amanhecer eu irei com vocês desta vez.
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O Planeta dos Anões
FantasyEm uma galáxia a milhares de anos luz da Terra existe um planeta de cor esverdeada. A sua cor esverdeada se deve por causa da sua imensa floresta que recobre 60% do planeta, os outros 40% do planeta e coberto pelo mar de cor verde. Os seus habitante...