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Urik e o Mago conversavam sobre o que teria acontecido a Karik. Não escondiam sua preocupação em pensar que Karik poderia revelar o local da reunião para os Insubordinados. Apesar de não acreditarem que ele poderia fazer isso restava a dúvida de que todo homem tem um preço basta só saber o que ele realmente deseja, muitos revelaram a verdadeira natureza de seus sentimentos mais sombrios quando for descoberto seu preço. Muitos anões que durante longo tempo de sua vida eram verdadeiros bastiões da sabedoria e moral sucumbiram quando o preço das suas virtudes deixaram de ser importantes para dar lugar ao sentimento do poder, da luxúria e sentimento de fazer tudo aquilo que durante anos foi reprimido pela moralidade. Por isso o clã dos Insubordinados crescia a cada ano mais.

Medrik cavalgava logo atrás e escutava as divagações filosóficas de seus companheiros de viagem ,quando de repente em uma árvore próxima surgiu um brilho esverdeado no meio de seu tronco começou a surgir. Pequenas faíscas verdes saiam das folhas da árvore. Medrik pensou ser efeito da comida das criaturas da neve que estavam causando alucinações e falou para os outros:

– Ei, vocês dois vejam isso aqui ! Apontou para a árvore que saía faíscas e falou " Ou eu estou ficando maluco ou está acontecendo algo estranho com essa árvore?

Os dois anões viraram-se para trás e viram a árvore. O mago gritou:

– Afaste-se imediatamente desta árvore Medrik, eu sinto poderes incríveis desta árvore.

Medrik afastou seu pônei o mais possível da árvore e galopou uns vinte metros mais a frente Urik:

– Não precisa exagerar, volte aqui mais perto de mim seu medroso.

– Eu não vou ficar perto desta coisa, falou Medrik com a voz tremula

– Quietos falou o Mago e observem o que esta acontecendo.

A árvore começou a balançar e no meio dela abriu-se um pequeno portal, que foi se alargando cada vez mais até ficar da largura de um de diâmetro. De repente começou um vento muito forte que começou a empurrar os dois anões para o portal.O mago começou a gritar para que Urik achasse um lugar seguro para se segurar,mas o vento era muito forte e o portal sugava árvores e pedras ao redor e os dois anões foram puxados também.

Medrik que havia se afastado ainda mais. Viu a cena aterrorizado , seus dois companheiros de viajem serem sugados pelo portal e sumirem.

Urik segurava firme o arreio de seu pônei e o braço esquerdo segurava uma pequena árvore que não resistiu por muito tempo. Quando olhou para o portal ele foi sugado e de repente tudo ficou escuro ele não conseguia ver mais sua montaria e nem o mago. Luzes multicoloridas surgiram no meio da escuridão e de repente ele viu uma luz intensa que parecia atraí-lo cada vez mais perto. Ele escutou um barulho intenso e ele sentiu cair como em poço sem fundo e desmaiou.

Urik sentiu alguém cutucar seu corpo e quando abriu seus olhos vários macacos coloridos olhavam para ele e os mais atrevidos o cutucavam. Onde eu estou pensou,os ouvidos ainda doíam e a cabeça girava um pouco.Olhou ao seu redor e viu um pequeno riacho.Sereias assustadas se escondiam em meio as pedras. Quando os seus ouvidos pararam de doer ele escutou o ruído de uma batalha. Empunhou sua espada e o escudo e correu em direção ao ruído da batalha.

O lugar era deslumbrante mas se contrastava com a cena que ele viu.Em uma pequena ponte de blocos de pedras um grupo de homens lutavam com cipós cheios de espinhos e do outro lado da ponte em um pequena colina havia uma casa de tronco de madeira e um anão vestido de túnica verde que parecia um mago segurava um pergaminho na mão, conversava com um anão de armadura.

O anão de armadura olha em direção a Urik e quando vai falar alguma coisa o Mago de túnica verde ergue seu cajado e desfere um golpe mortal no rosto do anão com a armadura que cai ensanguentado no chão.

Neste momento aparece o mago do norte meio desorientado. Vê o anão da túnica verde e grita:

– Basik , meu grande amigo,sou eu o seu amigo mago do norte.

– Bertik?Como você chegou aqui tão rápido eu o esperava só na semana que vem.

O Mago do norte se aproxima do Mago chamado Basik e lhe dá um abraço.

­–Temos muito o que conversar meu amigo. Hoje está acontecendo coisas muito estranhas.

O mago do norte olha em direção a ponte e Urik pulando sobre os corpos dos anões mortos e com sua espada desferia golpes contra os cipós.

– Desfaça sua magia Basik ,para que o meu companheiro se junte a nós.

O mago do oeste fala alguma palavras e os cipós se afastam. Ele sutilmente enrola o pergaminho que estava em suas mãos e guarda dentro de sua túnica.

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