CAPÍTULO IV A Prova dos Mil tormentos

30 1 0
                                    

 CAPÍTULO IV

A Prova dos Mil tormentos

Na ilha dos Insubordinados, anões corriam por todos os lados logo nos primeiros raios de sol. Os preparativos para a prova dos mil tormentos era um grande evento para aqueles homens sanguinários. Era uma das poucas diversões que eles se permitiam aproveitar, pois a maior parte do tempo eles estavam em guerra com os clãs.

Em uma  arena, o espetáculo estava sendo armado, mil armadilhas e provas estavam aguardando o prisioneiro.

Karik acordou quando um guarda lhe jogou um balde de agua fria e gritou:

-Levanta matador de Insubordinados- soltou uma gargalhada.

Karik levantou-se do chão sujo da cela e lançou um olhar de ódio para o guarda que desfez a risada sarcástica. Era bom saber que a sua fama ainda o precedia, pois o homem demonstrou medo e falou mais calmo:

- Hoje só é permitido eu te dar pão com agua, coma porque você vai precisar para a prova que te aguarda.

O guarda saiu da cela e Karik ficou sozinho novamente. Tomou a água da jarra e comeu o pão que por sinal era gostoso. Escutou o alvoroço do lado fora e por curiosidade olhou pela pequena janela com grossas barras de metal e viu um grande grupo de anões animados apostando sobre até que prova o prisioneiro aguentaria.

Um anão com uma cicatriz na testa falou:

– Eu acho que ele não chega à trigésima parte da prova, dá ultima vez que alguém  enfrentou esta prova, não passou da vigésima segunda.

–Eu discordo falou um anão com o corpo todo tatuado - O capitão Karik vai até a prova do poço dos crocodilos e aí será o seu fim.

Neste momento todos começam a gritar ao mesmo tempo, e não demorou em o primeiro dar um soco nos rosto de alguém. A confusão estava garantida, socos e pontapés para todos os lados até apareceu Malik com os seus homens e a confusão foi controlada.

Karik esboçou um sorriso apesar do que ele iria passar ele conseguiu achar graça no que havia visto. Estava ansioso para o que o levassem de uma vez para fazer a prova, pois a ansiedade o estava matando. Olhou par seu ferimento e viu que não estava tão ruim, não o impedia de movimentar seu braço e se preciso fosse poderia empunhar uma arma tranquilamente. Escutou passos no corredor e ouviu a voz de Malik.

-Abra a cela do prisioneiro.

Malik entrou na cela e olhou para Karik com olhar de desprezo e falou:

- O chefe me mandou reforçar a oferta para você se tornar um dos nossos, ele oferece um lugar de comando em seu exército, é claro que subordinado a mim. Basta-me você dizer onde será a próxima reunião dos quatro Magos.

Karik olha para Malik e cuspe para o lado em sinal de desprezo da proposta.

Malik espumou de raiva e deu um soco no rosto de Karik.

- Já vi que sua irritante moral, vai te impedir de fazer o que é certo, então eu desejo que você sofra muito hoje – falando isso Malik virou as costas e falou ao guarda– Não deixe ninguém entrar aqui e quando for tocado o corno de Bode, leve-o até a arena.

Malik saiu pisando forte em direção à casa do chefe. Quando entrou na casa o chefe estava colocando seu traje de guerra e falou:

– Vejo que pelo modo que entrou o nosso nobre capitão não aceitou a oferta.

– Aquele miserável esta irredutível, eu já sabia que ele não iria aceitar, eu o conheço o bastante para saber que ele não mudaria de ideia.

O Planeta dos AnõesOnde histórias criam vida. Descubra agora