Já estou no hospital à mais de uma hora a esperar que venha a minha vez para fazer o raio-x mas nunca mais me chamam. Mas o que é que eles fazem lá dentro? Se continuar assim vou acabar por adormecer.
Olho para o meu lado e deparo-me com uma Danielle adormecido com um fiu de baba a cair para a sua mala que está pousada nas suas pernas. Começo-me a rir que nem uma desalmada e as pessoas que lá se encontravam olharam para mim com reprovação. A Danielle começa a mexer-se e quando volta à consciência na totalidade apressa-se a limpar a baba.
- Não gozes. - ela reclama mas eu contínuo a rir. - Se eu não tivesse de estar aqui contigo isto não tinha acontecido.
- Aí agora a culpa é minha? - pergunto divertida.
- Óbvio. - ela acaba por também rir.
- Brianna Tomlinson.- uma médica chama e eu levanto-me.
- Fica com isto. - peço à D entregando-lhe a minha mala.
(...)
- Então priminha, o que é que tiveste afinal? - o Louis pergunta divertido sentando-se à minha beira no sofá.
- Tira essa merda de sorriso na cara sim? Foi um entorse e por causa desta porcaria vou ter de passar pelo menos duas semanas sem dançar e depois não posso fazer muitos esforços. - digo aborrecida, esta competição é muita importante para mim.
- Mas tu vais conseguir ir a L.A certo?
- Eu acho que sim, eu já sei a coreografia toda de cor. Mas não sei se vou poder fazer os solos.
- Vais ver que vais ficar boa rápido. - ele diz dando-me um beijo na testa.
- Eu já sou boa. - brinco.
- Parva. - ele faz-se de chateado e eu riu. - Bem, eu tenho de ir indo. Só vim mesmo ver como estavas.
- Ok, até amanhã. - digo dando-lhe um abraço.
- Até amanhã. - ele diz antes de sair.
Boa, agora não tenho nada para fazer. Não posso chatear o Jonathan porque ele saiu para ir comprar o jantar, na televisão não está a dar nada de jeito e deixei o meu tablet no quarto. Estou tão lixada.
Depois de mais uns quinze minutos a olhar para as paredes, que de interessante não tinham nada, finalmente ouço a porta de entrada ser aberta. Sinal que o meu tédio vai acabar pois vou poder chatear meu querido irmão.
- Ainda estás aí? - o Jona goza.
- Se a merda do médico não me tivesse dito que hoje basicamente não podia andar se calhar já não estava aqui. - resmungo, este idiota em vez de me ajudar anda para aqui a gozar comigo.
- Calma maninha. Vá, eu até te trago aqui o jantar e tudo.
- Digamos que essa idéia me agrada. Mas não te esqueças que eu também quero sobremesa. Hum...talvez um bolo de chocolate. - digo na brincadeira. Só a última parte porque eu gostei mesmo da idéia de ter o meu irmão a trazer-me comida sem eu ter de mexer uma palha. Talvez não seja assim tão mau estar assim.
- Não abuses, sim? - ele diz enquanto se dirige à cozinha para pôr a comida nos pratos para a podermos comer.
- A Rita anda com umas idéias malucas de fazer uma festa aqui. - eu comento com o Jona quando ele se senta à minha beira no sofá depois de me ter entregado o prato com frango e arroz.
- Se ela limpar tudo no fim, tudo na boa. - ele diz surpreendendo-me.
- Estás a falar a sério? - pergunto desconfiada.