O silêncio dentro da picape se mantinha desde que Blane e eu saímos da casa dos nossos pais com destino ao lago Tahoe, para passarmos alguns dias na cabana dos McCain. Eu estaria mais animada e mais comunicativa em aproveitar um pouco das minhas férias se não soubesse que o irmão da namorada dele estará participando da nossa reunião. Susan McCain é uma pessoa doce, gentil e uma excelente profissional na área da fisioterapia. Foi durante uma sessão, após meu irmão se envolver numa briga com dois caras em um pub e acabar com o ombro detonado, que acabou se apaixonando por ela, uma bela mulher com uma alma ainda mais bela. Ele pagou inúmeras sessões até que Susan deixasse a ética de lado e aceitasse o convite do bonitão. Não estou dizendo porque sou irmã. Seu corpo musculoso e cheio de tatuagens realmente chama a atenção de qualquer mulher que se preze.
Já cansei de ver garotas darem em cima dele em seu estúdio de tatuagem e de me tratarem como inimiga ao suporem que sou sua namorada. Agora o trabalho de cuidar do território era da querida Susan, que não tem vergonha nenhuma de mostrar que está com ciúme, mesmo sabendo que desde o primeiro beijo Blane só tem olhos para ela.
Observei o perfil do meu irmão enquanto dirigia usando seus óculos escuros, o cabelo castanho bagunçado por causa do vento e os braços cobertos de tatuagens expostos pela camisa de manga curta. Aparenta estar relaxado, apesar de sempre ficar irritado quando me comporto desse jeito, com a grande chance de magoar sua namorada com o meu mal humor. Ele percebeu que eu o fitava e perguntou:
- Você finalmente vai acabar com o silêncio? Sabe que temos um longo caminho a percorrer e eu odeio viagens silenciosas.
Ignorei a sua reclamação.
- Eu ainda acho uma péssima ideia colocar aquele cara no mesmo ambiente que o meu, vai estragar as suas curtas férias.
- O Nathan não é um monstro, você encontrou com ele só duas vezes!
- E foi o suficiente para chegar à conclusão de que o mataria por conta de toda a arrogância e preconceito que existe naquele ser, isso sem mencionar a pomposa noiva. - Retruquei sentindo a mesma raiva que senti nos infelizes encontros.
- Isso já faz meses, hoje aceita meu relacionamento, minha profissão e a noiva já está fora da jogada.
Meu problema com o advogado Nathan McCain era justamente esse, ao contrário do Blane, ele é o tipo de irmão metido e controlador, que não hesitou em deixar claro que não achava a carreira de tatuador promissora e para piorar, disse que nossos irmãos eram opostos, de diferentes mundos. Sim, ele teve a coragem de despejar toda essa merda na minha presença. Enquanto isso a sua fútil noiva não parava de falar em roupas, novo carro e Paris.
- Eu nunca vou gostar desse cara, nem se virasse o Papa. Ponto final.
- Talvez essas miniférias te façam...
Imediatamente interrompi seu momento de guru e neguei com firmeza:
- Não. Nunca.
Blane não conseguiu se conter e riu alto, mostrando as covinhas que tanto conquistaram as meninas que estudaram com ele e as nossas tias, que adoravam apertá-las para o irritar.
- Nathan está fodido.
- Se ele entrar no meu caminho, com certeza. - finalizei sorrindo de maneira angelical antes de ligar o rádio da sua picape.
O som de "Do I Wanna Know?" nos fez esquecer logo da conversa e começamos a cantar alto umas das nossas canções favoritas.
Olá, leitores! Tudo bem?
Os meus planos eram começar a publicar essa história aqui só depois de finalizá-la na outra plataforma, porém, como sou um ser humano comum, que adora mudar de opinião, resolvi começar a postar aqui também. (Risos)
Aos poucos vou tentando ir atualizando o Wattpad. Minha meta é deixar o wattpad com todas as histórias que tenho na outra plataforma que uso desde que comecei a escrever. <3
Espero que gostem desses personagens, do enredo e seu desfecho, que comentem comigo o que gostaram e o que esperam que aconteça. Enfim, não tenham medo de interagir.
Beeeeeeijos
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Primeira Má Impressão
RomanceKay Blackwood é uma revisora de 26 anos que assume que é casada com o seu trabalho, ou seja, nada de relacionamentos. Conheceu alguns homens legais, mas tudo chegava ao fim a partir do momento que percebiam que não importava o quão parecesse envolvi...