Amor Recíproco | Ciro & Haddad

CAPÍTULO VINTE E SEIS: "O Children"

Coautora: AngiieCS

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CIRO'S POV

Descemos as escadas, indo ao parque do prédio de Fernando para ver seus filhos. Estava ansioso para poder conhecê-los, e tanto que poderiam ser uma ótima companhia a Yuri. O menino milagrosamente estava quieto, porém provavelmente isso não duraria muito após encontrar-se com Ana Carolina e principalmente com Frederico.

Na caminhada, pude perceber o quanto Nando estava inquieto, incomodado. Gostaria de poder perguntá-lo agora sobre, mas a presença de Yuri não me deixa. Esse garoto é esperto demais... Não posso deixar nenhuma pista sobre a minha suposta relação com Haddad.

Fernando avança na frente e logo consigo escutar as crianças brincando.

Quando o alcanço, sua caçula já estava em seu colo, lhe abraçando o pescoço.

— Queridos, temos visitas hoje. — Fernando se vira para mim e Yuri logo toma a frente, abanando uma mão no ar. — Fred? Venha cá!

O garoto mais velho estava escondido atrás de um dos brinquedos que estava montado no fundo, nos olhando discretamente.

Fernando se ergue a cabeça para ver o filho, e quando o encontra e ele vem correndo abraçar o pai que ainda segurava a criança.

— Pai! Que saudade!

— Eu também! Me perdoe por ter ficado esse tempo fora. — ele acaricia as costas do garoto, olhando-o. — Em compensação trouxe um novo amigo para você, o Yuri.

Timidamente, Frederico olha o menino, porém não se aproxima, desviando o olhar, sem dizer nada.

— Por que vocês não vão brincar? Precisa ficar com essa timidez toda não, rapaz... — coloco minha minha mão esquerda sobre o ombro de Fred. Ele balança a cabeça positivamente, se aproximando de Yuri e o chamando para brincar. Os dois vão andando, conversando baixinho, se distanciando de Fernando e eu.

— Logo estarão correndo por aí. — cruzo os braços, sorrindo e cutuco Haddad.

Fernando sorri pelo canto dos lábios e dá com os ombros, uma mão passando pela própria nuca. O garoto realmente se parecia muito com ele. Quieto, tímido e, aparentemente, reservado. Se bem conheço Yuri, ele se dará bem com Frederico.

— Espero...

— Ele é a sua cara, Nando.

— Isso é bom? — ele brinca e acabo rindo.

Enquanto isso, a menina ainda nos observa de longe, curiosa. Ela parece muito esperta e tem os mesmos olhos atentos de Ana Estela. Isso, ao mesmo tempo que é encantador numa criança, consegue me deixar cabreiro.

— Sua filha é uma graça. — digo enquanto obervava ela correndo alegremente pelo pátio.

— A Ana é um amor, mas muito sapeca, sabe? — Fernando abre um sorriso, olhando a filha perambulando. — Uma criança elétrica, o que não me é um problema.

— Yuri também era assim, porém deu uma aquietada com o passar dos anos. — paro um momento de falar e depois encaro Haddad. — Aí vai ficando mais tímido, né, cabra...

Fernando suspira, me olhando de lado, sorrindo de forma envergonhada. Eu adorava quando ele agia assim... Parecia mais estável com o nosso relacionamento.

Ele olha seu relógio e, logo após, interrompe nossas risadas com um aviso.

— Ciro, é melhor subirmos com as crianças. — ele olha o céu, que já estava ficando nublado e continua. — Vai chover agora, e as crianças devem estar com fome.