CAPÍTULO DEZESSEIS: "LÁGRIMAS SOFRIDAS"

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Coautora: AngiieCS

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HADDAD'S POV

Acordo 8 horas como de costume para fazer alguns trabalhos, além do mais, tenho que ir para a faculdade mais tarde.

E pois bem... Já acordei pensando no infeliz incidente com Ciro ontem. Desejava que aquela encenação de drama tivesse sido apenas um pesadelo, mas infelizmente foi mais real do que pude imaginar.

Levanto mesmo com tudo isso me consumindo por dentro, já que tenho prioridades, que seria a minha faculdade que lutei tanto para chegar. Eu não quero meramente abandonar toda essa trajetória que trilhei.

Ainda dói onde Ciro me machucou. Digo isso tanto de forma literal quanto figurada. Tudo dói. Não sei onde, só sei que dói.

Tento ignorar tudo que me consome por dentro, porém minha expressão desaba quando vejo Manuela me esperando. Só ela sabe tudo que se passa comigo do começo ao fim, então me é impossível esconder o que me aflinge.

— O que aconteceu, Nando? Parece que levou uma surra!

— Bem, teria sido menor pior. — suspiro com a voz quebrada.

Manu abre os olhos e ergue as sobrancelhas com preocupação, me segurando pelo braço e me levando para um lugar mais vazio. Ela obviamente sabia que eu precisaria desabafar.

Entramos pela escada de incêncio e nos sentamos nos degraus, aproveitando o silêncio.

— Vamos, me conte tudo.

— E-Eu não sei o que aconteceu... O C-Ciro e eu... Acabou...

Me derramo em lágrimas e ela alisa uma mão em minhas costas, tentando miseravelmente me consolar.

— Mas como assim? Vocês estavam em lua de mel não tem nem uma semana!

— E-Eu não sei! Depois que ele foi preso ele simplesmente parece outra pessoa... E-Ele me empurrou e m-me disse para nunca mais procura-lo.

Manuela franze as sobrancelhas sem entender e solta um suspiro fundo.

— Talvez ele queira te proteger...

— Fazendo isso comigo?! — questiono indignado. — Ele não tem o direito!

Me derramo em mais soluços e lágrimas. Apoio os cotovelos sobre meus joelhos e afundo a face nas mãos. Me sinto esgotado, drenado de toda força. Manu continua alisando minha coluna curvada, tentando me confortar, mas nada ajuda.

Levanto os olhos levemente por entre minhas mãos e sinto a pena pesando no olhar dela sobre mim, suas órbitas mareadas de pena.

M-Manu, o que vai ser de mim agora? — sussuro baixinho, quase como uma criança assustada.

Ela suspira fundo com agonia e me abraça, me deixando chorar em seu ombro pelo que pareceu uma eternidade.

— Fernando, tudo vai ficar bem... — Manuela me abraça mais forte, acariciando as minha costas.

— Não vai, Manu... — me desencosto de seu ombro e a olho diretamente ainda com as lágrimas descendo. — As coisas já não são as mesmas... Parece que a minha vida desandou do nada...

—Olha aqui, Fernando. Eu tô com você. — ela segura meu rosto carinhosamente com as duas mãos. — Enquanto eu estiver aqui com você ninguém o fará mal algum.

Respiro fundo e balanço a cabeça positivamente, dando um sorriso desanimado para Manu.

— Eu quero ver você bem, Fernando. — ela segura minha mão esquerda agora. — Agora vamos... Você tem que limpar esse rosto. Eu não gosto de te ver assim...

— Obrigado, Manu... — abraço ela novamente. — Eu te amo. Você é a melhor amiga quem alguém poderia ter...

— Eu só me preocupo muito com você. — ela se levanta e me chama para que eu faça o mesmo. — Vamos, por favor. Eu não tô aguentando ver você assim.

Então, ela me acompanhou e me ajudou como sempre fez.

Não posso refutar o quanto sua amizade é importante para mim. Nada poderá pagar o quanto ela me auxiliou todo esse tempo.

Apesar das coisas não estarem dando tão certo como eu gostaria, me sentia mais aliviado com a presença da Manu. Ela simplesmente fazia de tudo para me ver feliz e essa foi a maior prova de que uma amiga como ela nunca encontrarei novamente.

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Capítulo tristezinho e pequeno, né? É o luto do meu Ciddad separado. Calma que uma hora melhora, gente! Não percam a esperança! Kkkkkk

Até mais! ❤

Amor Recíproco | Ciro & HaddadOnde histórias criam vida. Descubra agora