CAPÍTULO DOZE: "LOVE ME"

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Coautora: AngiieCS

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Depois de algumas horas, a reunião se finaliza e pude assegurar que fiz um bom trabalho e usei boas palavras. Estou orgulhoso disso, não irei negar de jeito nenhum.

Me despeço de Ruy com um breve abraço e uns tapas nas costas como de costume, e também de meus colegas, com a excessão de Ciro. Talvez seja coisa da minha cabeça pensar isso, mas ele me olhou de um jeito estranho durante a conversação, um tanto surpreso e eu não sei se isso é bom ou não...

Saio da sala com uma pequena dor de cabeça, apesar que foi um dia tranquilo, mas minhas paranóias acabam comigo. Espero estar errado em achar que para Ciro fui um completo bobo na reunião.

Vou andando a procura de um toalhete para que eu passe uma água no rosto, pois estou um pouco tenso... Ser um ativista não é nada fácil.

Encontro um e entro nele. Fico alguns segundos me olhando no espelho, na frente de uma pia e acabo adentrando em meus pensamentos miraculosos.

Após um tempinho, acabo acordando e vendo que Ciro está perto de mim, olhando-me com um sorriso estampado no rosto e com as duas mãos dentro dos bolsos da calça.

— Admirando a pessoa incrível que é, cabra? — brinca ele como se eu estivesse babando por mim mesmo.

— C-Ciro? Você por a-

— Se acalme, meu homem. — Ciro me corta, dando suporte. — Estou aqui justamente para parabenizar seu ótimo trabalho há um tempo atrás. Sabia que podia confiar em você.

— Obrigado. — começo a corar com suas palavras. - Você parecia surpreso com minha fala... Pensei que havia algo de errado...

— Claro que não, Nando. — ele se aproxima mais de mim e me abraça por trás. — Você foi digno, e foi justamente isso que me surpreendeu.

Ciro envolveu meu rosto em ambas as mãos e trocamos um breve sorriso antes dele encontrar os lábios com os meus, cheio de ternura.

Encosto meu quadril contra a pia e envolvo seu pescoço num abraço, intensificando o beijo abruptamente. Sempre existe uma saudade não dita quando estamos juntos, uma ansiedade que nunca passa.

Sinto uma mão curiosa dele alisar minha coxa esquerda, me puxando ainda para mais perto. Inevitamente quebro o beijo com um sorriso, recostando minha testa a dele.

— A-Acho que deveríamos ir pra casa... — suspiro, tentando disfarçar meu rosto corado.

— Também acho que seria uma boa ideia. — Ciro me olha com perversão, mas logo desmancha seu olhar e vai até a porta do banheiro. — Até daqui a pouco. É melhor tu sair um pouco depois de mim, pois o povo daqui é danado de esperto e acharia estranho.

— Até mais, então... — abro um sorriso ansioso.

Ele acena, piscando para mim e depois sai do toalhete, provavelmente se preparando para ir embora comigo. Deve ter ido resolver algumas coisas aqui na UNE, já que era um cara confiável e de extrema importância.

Diante disso, passei uma água no rosto para aliviar-me junto com minha dor de cabeça. Passei minhas mãos em meus bolsos também, a procura de um Dipirona, antes que essa dor piore, e por mais milagroso que seja, há uma cartela comigo. Sorte a minha.

Ponho um comprido na boca e saio do sanitário, indo direto a um bebedouro perto do local onde há o banheiro para tomar um pouco de água e fazer com que o remédio faça efeito.

Depois me encontro com Ciro na saída da UNE. Ele estava encostado na parede de fora do prédio, olhando para o céu e maravilhado.

— Linda noite, não? — o homem desvia o olhar e foca em mim.

— S-Sim... — gaguejo e me aproximo dele, dando um beijo em sua bochecha.

— Eu te amo muito, sabia? — Ciro disse, sorrindo e se aproximando de meu rosto.

— Eu também...

Trocamos um longo olhar e não pude evitar um suspiro. Há sempre tanta ternura nas palavras dele, mal parece o mesmo Ciro que é áspero e brigão com outras pessoas.

Me penduro em um de seus braços e seguimos juntos até sua casa. Por mais que eu saiba muito bem o que me espera quando chegarmos lá, sinto um familiar frio na barriga, como se nunca tivessemos estado juntos antes.

***

Logo quando atravessamos sua porta, Ciro a fechou atrás de mim e pressionou meu corpo contra ela, forçando minha coluna contra a madeira, enquanto a trancava.

Ele nada diz, apenas sorri pelo canto dos lábios antes de forçá-los sobre os meus, com suas mãos afrouxando minha gravata.

Minhas mãos vão rapidamente até suas costas, fazendo com que o beijo se tornasse mais intenso. Está claro o quanto estamos loucos um pelo outro e, que apesar de nos vermos todos os dias, sentimos falta desse toque mais selvagem.

Ciro tira meu paletó e o joga no chão junto com minha gravata, e logo tenta também arrancar minha camisa, desabotoando-a desgovernadamente, enquanto focava em minha boca. Minha mão vai até o meio de sua calça, já sentido que está duro. Provavelmente Ciro estava se segurando na última vez que nos beijamos.

Logo após, ele joga minha camisa no chão e passa a mão pelo meu peitoral, como se quisesse arrancar minha pele; totalmente desajuizado.

Quebro o beijo e o empurro para a parede. Começo a distribuir chupões em seu pescoço, passando uma de minhas mãos em seu cabelo, enquanto a outra aperta sua nádega esquerda. Acabo tirando seu paletó também, facilitando para o homem que já estava quente.

— Podemos fazer algo diferente hoje... — ele para o beijo, ofegante, acariciando o meu membro dentro da calça que já está duro. Seguidamente, ele desafivela meu cinto aos poucos, querendo me seduzir. — Que tal? Não é uma boa ideia?

Me mantenho quieto, tentando entender o que ele realmente queria dizer entrelinhas.

Enquanto apenas ofego, sem lhe dar resposta, Ciro desliza as costas pela parede até estar de joelhos, puxando facilmente minha calça até os joelhos, envolvendo meu membro na mão esquerda.

Solto um suspiro pesado e fecho os olhos pesadamente. O escuto rir baixinho, debochado.

— Vamos, me diga... O que acha? — ele repete a pergunta com a voz suave, antes de usar a boca para me envolver. Sinto meu corpo tremer num arrepio e solto um gemido grave, apoiando uma mão contra a parede e outra em seus cabelos.

Amor Recíproco | Ciro & HaddadOnde histórias criam vida. Descubra agora